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Visita Tecnica Abastecimento Agua

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Por:   •  19/6/2014  •  1.348 Palavras (6 Páginas)  •  838 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A Companhia Espírito Santense de Saneamento (CESAN) nasceu da necessidade de atendimento à demanda crescente de serviços que nos anos 60, o abastecimento de água. A empresa foi regulamentada pelo Decreto 2575, de 11 de setembro de 1967. O trabalho da CESAN consiste na captação, no tratamento e na distribuição de água e na coleta e tratamento de esgoto. Suas atividades compreendem ainda a realização de estudos, projetos e execução de obras relativas a novas instalações e ampliação de redes. O seu principal objetivo da empresa é melhorar a qualidade de vida da população do Espírito Santo.

A CESAN atua em 52 municípios do Espírito Santo, por delegação do Governo e de contratos de concessões com os municípios. Possui 88 Estações de Tratamento de Água (ETA’s), sendo 16 na Região Metropolitana de Vitória, que produzem uma média de 6200 l/s, e 72 ETA’s no interior, com produção média de 1.350 l/s. Seu sistema de esgotamento sanitário é composto por 82 Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s), sendo 45 na Região Metropolitana de Vitória, com capacidade para tratar 2.801 l/s, e 37 no interior, que podem tratar 450 l/s.

O seguinte trabalho visa relatar uma visita realizada no dia 11 de junho de 2014, pelos alunos do curso de Engenharia Civil, do turno noturno, da Universidade Vila Velha à empresa CESAN. A visita foi dividida em duas etapas: pela manhã os alunos seguiram para uma Estação de Tratamento de Água e, pela tarde conheceram uma Estação de Tratamento de Esgoto.

O objetivo da visita foi demonstrar, na realidade, como funcionam os tratamentos que foram apresentados aos alunos na disciplina de Saneamento Básico, ministrada pela professora Marisleide.

2 LOCAIS VISITADOS:

• ETA V – Estação de tratamento de água Mário Petrocchi – Carapina

• ETE – Estação de tratamento de esgoto Mulembá I

2.1 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

A Estação de Tratamento Mário Petrocchi (ETA V) é responsável pela captação, tratamento e distribuição da água proveniente do rio Santa Maria.

O rio Santa Maria possui 122 km de extensão e uma área de influência de 1.844 km2. Sua vazão no momento da captação varia de 16 a 20 m3.

Ao chegarem na ETA, os alunos receberam informações sobre a CESAN e suas estações de tratamento. Receberam, também, informações sobre o ciclo de tratamento completo e foram informados que, naquela estação, a água recebia um tratamento simplificado, que será demonstrado posteriormente.

A primeira etapa para o tratamento de água é sua captação. A água do rio Santa Maria é captada, passa por um tanque de concreto e em seguida percorre um caminho de 4 km por galerias de escoamento por gravidade, chegando a um posto, onde será bombeada por 12 km até chegar a ETA V. No momento da captação a água recebe sua primeira dosagem de cloro, na etapa chamada de pré-cloração. Essa dosagem é medida através de estudos laboratoriais que acontecem a todo momento com o intuito de melhorar as condições da água e evitar sua contaminação por resíduos provenientes desse próprio tratamento.

Ao chegar à estação, a água passa por um estudo laboratorial para determinar suas características. A principal delas é a turbidez, proveniente de colóides presentes na água. Após o teste será determinada a quantidade correta de sulfato de alumínio que será adicionada à água com o intuito de permitir a coagulação. Existem vários tipos de coagulantes no mercado, porém a CESAN utiliza o sulfato de alumínio por ser um material mais barato e eficiente.

O próximo caminho a percorrer pela água será determinado pela sua turbidez. Águas claras, com até 30 NTU de turbidez, após o processo de coagulação seguirá direto para o processo de filtração. Esse processo se dá através da filtração descendente. O leito filtrante é composto de um reator que contém areia , carvão ativado e pedras.

Caso a turbidez da água seja maior que 30 NTU, a água, após o processo de coagulação, será direcionada para o flotador e, depois para o filtro. Vale ser dito, que em dias de muita chuva, a água pode chegar a um nível muito alto de turbidez, impedindo o seu tratamento. Quando isso acontece a CESAN fecha as comportas de captação até que a turbidez atinja um nível de turbidez que permita seu tratamento.

Em dias de turbidez regular, o filtro é lavado de 13 em 13 horas para a retirada do material impregnado no leito filtrante. Essa limpeza se dá pela passagem de água de modo ascendente pelo leito filtrante. Para a limpeza do filtro são utilizados, em média, 400 m3 água, que irá escoar por uma tubulação, juntamente com o lodo, para uma lagoa licenciada. Na CESAN, a única ETA que trata o lodo retirado da água é a Estação de Caçaroca. Lá, o lodo é separado da água e direcionado a um aterro sanitário.

Durante a visita os alunos puderam presenciar a lavagem de um dos filtros da ETA V.

Após a filtragem, a água passará pelo processo de cloração, novamente, e pelo processo de fluoretação.

Ao longo do tratamento, o pH da água tende a diminuir e, para corrigi-lo utiliza-se a cal hidratada.

Vale lembrar que a CESAN possui um projeto para a ampliação da ETA V com o objetivo de introduzir o ciclo de tratamento completo.

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