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Por:   •  11/10/2013  •  5.873 Palavras (24 Páginas)  •  719 Visualizações

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FAUC: FACULDADE DE CUIABÁ, AUM

GRUPO DE PRODUÇÃO ACADÊMICA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM - NOTURNO

7º SEMESTRE

DISCENTE: VILMA ALVES FRAGA

DISCIPLINA: TCC

HANSENÍASE

TRATAMENTO SUPERVISIONADO

CUIABÁ – MT

2012

DISCENTE: VILMA ALVES FRAGA

HANSENÍASE

TRATAMENTO SUPERVISIONADO

Projeto de pesquisa apresentado como um dos requisitos de aprendizagem da Disciplina trabalho conclusão do curso de graduação em enfermagem FAUC/AUM Faculdade de Cuiabá.

Orientador: Taisa

CUIABÁ-MATO GROSSO

2012

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4

JUSTIFICATIVA 7

OBJETIVO GERAL 12

METODOLOGIA 13

REVISÃO LITERATURA 14

Aspectos clínicos da hanseníase 14

O tratamento supervisionado 18

REFERÊNCIAS 22

INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença da pele e do sistema nervoso periférico causado pelo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. (GRANDE ATLAS DO CORPO HUMANO, FRAGA, 2007).

É considerado um problema de saúde pública no Brasil, por ter fatores de condição precária, de vida e de desnutrição. As condições de insalubridade do ambiente estão diretamente ligadas a sua propagação. Os seus agravantes sócio-econômicos e culturais, também são intensificados pelas deformidades físicas decorrentes do adoecimento do indivíduo (BRASIL, 2008,).

Segundo Vireiraet al (2008), o aparecimento da doença na pessoa infectada pelo bacilo e suas diversas manifestações clínicas, esta sujeito dentre outros fatores, dessa relação parasita/hospedeiro e pode ocorrer após um longo período de incubação, que pode ser de dois a sete anos.

Para Sobrinho & Mathias (2008) a ocorrência epidemiológica da hanseníase no Brasil é avaliada como sendo heterogênea em decorrência da ampla variação do coeficiente de prevalência nas várias regiões do país. Em 2005, a Região Norte foi a que apresentou o maior coeficiente, 4,02 casos por 10 mil habitantes, seguida da Região Centro-Oeste, com 3,29 casos por 10 mil habitantes. O Nordeste apresentou 2,14 casos por 10 mil habitantes; o Sudeste 0,60, caso; e o Sul, 0,53 caso por 10 mil habitantes. Os principais indicadores de monitoramento de eliminação da hanseníase assinalam para uma melhor situação da Região Sul em relação à Região Norte, entretanto, os coeficientes de detecção permanecem elevados no Brasil e América Latina.

De acordo com Pereira (2009), a hanseníase tem cura quando tratada no início e é de difícil diagnóstico. Entretanto, é imprescindível que a população seja informada a respeito dos sinais e sintomas da doença (manchas com perda de sensibilidade, dentro outros), e que tenha acesso ao diagnóstico precoce, assim como ao tratamento, que é oferecido pela rede pública de saúde: Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, quando diagnostica e tratada tardiamente pode trazer graves conseqüências par aos portadores e seus familiares, pelas lesões que o incapacitam fisicamente (BRASIL, 2002).

De acordo com Martins (2011), no ano de 1991, a poliquimioterapia foi introduzida (PQT) para o tratamento da hanseníase, trata-se de uma combinação de drogas, eficaz e segura, utilizada para evitar o surgimento de resistência aos medicamentos de combate a hanseníase.

O esquema que o Ministério da Saúde impõe para o tratamento da doença é o sistema de poliquimioterapia, conhecida como PQT, devendo ser realizado nas unidades de saúde. A PQT é constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, com administração associada. Essa associação evita a resistência medicamentosa do bacilo que ocorre com freqüência quando se utiliza apenas um medicamento, incapacitando a cura da doença. O esquema é variado de açodo com a classificação da doença: Multibacilar ou Paucibacilar. A alta por cura é apresentada após a administração do número de doses indicadas pelo esquema terapêutico (MARTINS, 2011).

A proposta da saúde pública na hanseníase é o diagnóstico precoce, tratamento adequado e supervisionado, onde o paciente da início ao tratamento recebendo uma dose de medicamentos, chamada de dose supervisionada, na própria Unidade de Saúde, na presença da equipe de enfermagem. Esse processo é efetivado até o período em que receber alta do médico responsável pelo tratamento (MARTINS, 2011).

O acompanhamento dos pacientes é realizado através da vigilância epidemiológica, trata-se, portanto da análise da demanda natural, população para os serviços da unidade de saúde em que poderão existir casos com sinais e sintomas dermatológicos e/ou neurológicos, e nos encaminhamentos feitos por outras unidades de saúde para confirmação diagnóstica da doença - casos suspeitos de hanseníase. Deve ocorrer à detecção ativa de casos de hanseníase, a procura sistemática de doentes pela equipe da unidade de saúde. Através da realização de exames periódicos dermatoneurológico para o diagnóstico da hanseníase (MARTINS, 2011).

Nos estudos realizados no Brasil e em outros países para verificar o efeito protetor a BCG na hanseníase é constituída da aplicação de duas doses da vacina BCG-ID a todos os contatos intradomiciliares dos casos de hanseníase, independente de ser em PB ou MB. Sugere-se a aplicação de duas doses da vacina BCG intra-dérmica (MARTINS, 2011)

A aplicação da segunda dose da vacina deve ser feita a partir de 6 meses da aplicação da primeira dose. Se já existir a cicatriz por BCG-ID, esta deve ser considerada como a primeira dose, independentemente da época em que foi aplicada (MARTINS, 2011).

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