A Concepção Espetáculo
Por: Jordan Maia • 16/7/2016 • Trabalho acadêmico • 781 Palavras (4 Páginas) • 324 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE ARTES
DEPARTAMENTO DE ARTE DRAMÁTICA
Disciplina: Teorias e Métodos de Criação Cênica Professora: Patrícia Fagundes
PROPOSTA DE ENCENAÇÃO – ENCENADOR E TEÓRICO
JORDAN MAIA
PORTO ALEGRE
O ENCENADOR
A proposta de encenação desenvolvida pelo grupo tem como referência a prática teatral do encenador Denis Marleau a partir do espetáculo Os Cegos, de Maurice Maeterlinck, na qual o encenador discute a presença do ator através do vídeo. Em sua encenação projeta a imagem de dois atores em doze máscaras, de tamanho real e em três dimensões, dando a sensação de presença de seus corpos ausentes. Em seu trabalho evidencia as novas possibilidades surgidas nas artes cênicas em função de novos recursos tecnológicos.
Nessa perspectiva construímos a cena a fim de gerar o mesmo efeito da presença ausente e o que gera sensação de realidade no espectador, salientando a importância do trabalho de Marleau frente às possibilidades digitais na cena e o uso de atores virtuais ou personagens-vídeos, assim designado por ele.
[pic 1]
(Encenação de Os Cegos – Maeterlinck – Denis Marleau)
O TEÓRICO
A encenação escolhido dialoga com a ideia Sánchez , no livro Prácticas de lo Real en la Escena Contemporánea, no qual discrimina nos diversos modos de busca do real no teatro e estabelece distinções conceituais necessárias entre as representações da realidade, comuns nas encena ções realistas, e as irrupções do real no teatro, fiéis à ordem do acontecimento e não da representação. Segundo Sanchéz, quando o real irrompe na cena observamos o deslocamento do eixo espetacular, isto é, do mostrar para o experimentar. Sanchez diz que:
La representación de la realidad es, en efecto, un problema muy distinto al de la irrupción de lo real. En algunos casos ambas acciones pueden coincidir y la presencia de lo real puede servir para garantizar la efectividad de una representación. Sin embargo, em muchos casos, la representación de lo real no es más que una excusa, incluso uma trampa, cuando de lo que se trata es precisamente de renunciar a una construcción de los hechos con sentido, es decir, de una realidad compartida o susceptible de ser compartida.(SANCHEZ, 2007, p.9)[1]
A ENCENAÇÃO
A cena aconteceria a partir de projeções dos rostos de dois atores numa tela de TNT . Nessa tela estaria sendo projetado o rosto do ator 1, já pré gravada. No outro projetor a imagem do rosto do ator 2, contudo imagens captadas no momento da encenação. Num exato momento, as duas projeções serão mescladas pelo tela de TNT, onde aconteceria a ilusão da realidade da presença do ator 2, assim tentando buscar o efeito de presença e ausência proposto por Marleu, provocar no espectador a sensação de observação pelo invisível. Atores substituídos por imagens vídeográficas projetadas sobre o seu próprio rosto, que dialogam com espectador quebrando as fronteiras entre o virtual e o real.
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