A Influencia Da Musica Na Moda

Anos 20

Primeiros reflexos da música na moda

O Jazz era o principal estilo musical desse período. Para permitir os movimentos feitos pela sua dança era preciso usar vestidos de comprimentos mais curtos e soltos. Detalhes que valorizavam esse movimento como franjas e aplicações também eram muito usados. Antes do Jazz, a dança era formal e, o novo estilo trazia danças coladas de cabarés, as mulheres modernas da época (melindrosas), animavam os salões com o seu charme, traduzindo um comportamento e modo de vestir nas roupas e trejeitos de artistas famosas.

Anos 30 e 40

Carmem Miranda dita moda para o mundo

O que é que a baiana tem?

Maria do Carmo Miranda da Cunha, Carmen Miranda. Teve uma invejável carreira internacional, fazendo cinema, shows e participações em programas de televisão. .

A originalidade da artista ia além da sua voz e do seu jeito de cantar inconfundível. A baiana estilizada virou sua marca registrada, além de inspiração para os estilistas até os dias de hoje.

“Foi ela quem criou as plataformas, que podem ser vistas atualmente entre as tendências de moda”, lembra Paulo Borges, diretor do SPFW

Com seus trajes exóticos e sapatos plataforma, brilhava nos palcos dançando e cantando seu repertório de rumbas e marchinhas de carnaval.

Ditou moda nos anos 30 e 40. As frutas e roupas coloridas não eram o único destaque no guarda-roupa de Carmen seus turbantes e balangandãs foram copiados e expostos em vitrines nos EUA. Os balangandãs influenciaram também o mundo do design das joias nos anos 1940. Também arrancou elogios da crítica norte-americana, como nos comentários das revistas Vogue e Look.

“Com encantador sotaque português, uma alegria sincera e dedos como borboletas voadoras, Carmen Miranda é leve como uma bolha de sabão”

Revista Vogue

“Carmen Miranda veio da América do Sul cantar umas coisas que ninguém entende, mexe os braços e o corpo. Conquistou a Broadway”

Revista Look

Sua influência continua até hoje.

Em 2005, no cinquentenário de sua morte, foi lançada a coleção “Carmen Miranda H. Stern”.

Sem dúvida, Carmen Miranda é uma representante feminina de grande valor. É considerada precursora do tropicalismo e uma vanguardista. E uma notícia bacana é que seu estilo novamente está de volta.

Anos 50

Música e moda: Um casamento que deu certo.

Ao mesmo tempo em que a luxuosa alta-costura de Christian Dior conquistava espaço com o “New Look”, o visual rebelde também ganhava força entre os jovens, impulsionado principalmente pelo rock. Elvis fazia parte de uma constelação de estrelas do ritmo mais revolucionário da época: atuou em 31 filmes, tornou-se um ícone do cinema, da música e, claro, da moda. Em 1956, o cantor deixou de ser um sucesso local para se tornar fenômeno mundial e ganhou o apelido que o tornaria imortal: “Elvis, the Pelvis”. Sua atitude ousada o transformou em lenda. Seduziu o mundo e segue exercendo sua influência até hoje, 35 anos após a sua morte.

O Rei do Rock mexia o corpo como um demônio, segundo os padrões da época, e sua liberação melancólica e sexual atraía diretamente o público jovem, enquanto que horrorizava os mais velhos. Fez moda com seu estilo diferente. Todos queriam se parecer com o homem considerado o maior símbolo do rock entre 1956 e 1963. Seu topete e as grandes costeletas formavam seu estilo junto ao figurino diferente, marcado por suas jaquetas de couro e aplicações em evidência no mundo todo. Toda uma geração modificou a postura, a dança e principalmente o jeito de vestir ao ritmo do rock. Desde então nunca mais o visual foi o mesmo.

Anos 60

Moda comportada dos Beatles e ousadia da jovem-guarda

Beatles, os garotos de Liverpool revolucionaram o mundo do rock com seu estilo musical e mexeram com a moda dos anos 60. Faziam um estilo mais comportado, ternos, gravatas... Os cabelos mais compridos foram muito imitados. O quarteto influenciou jovens do mudo todo. Qual garoto não queria deixar o cabelo crescer como John, Paul, George e Ringo? Até hoje o beatles serve de inspiração para bandas como o Oasis, por exemplo.

Nas roupas, as mulheres investiam em peças masculinas (como o smoking), minissaia (para dançar), paletó cintado, jaquetas de couro, paletó sem colarinho, camisas sem gola, sapatilhas, franja, peruca era moda e na maquiagem os olhos eram bem marcados e batom em tons claros.

Enquanto, no Brasil..

Nos anos 60 a moda era usar a linha era reta, futurista, geométrica e erótica, pois grande parte do corpo aparecia desnuda. Se no início a moda era comportada, rapidamente absorveu os movimentos jovens que ditam a minissaia, incorporados no Brasil pela jovem guarda. As saias encurtaram mais que nunca, bem acima do joelho, e diminuíram até o tamanho da “Hot pants”, shortinho que virou mania na época.

A Jovem Guarda fazia sucesso na televisão e ditava moda. Wanderléa de minissaia, Roberto Carlos, de roupas coloridas e como na música, usava botinha sem meia e cabelo na testa [como os Beatles].

O grupo "Os Mutantes", formado por Rita Lee e os irmãos Arnaldo e Sérgio Batista, seguiam o caminho da contracultura e afastavam-se da ostentação do vestuário da jovem guarda. A banda, que também integrava o movimento, partiu para a contra cultura da Jovem Guarda e apostaram em vestuários psicodélicos, como os da América de Anne Klein. As roupas assemelhavam-se as do movimento hippie.O internacional também exporta suas tendências e bombardeiam o país com looks que penetram rapidamente na mente, hipnotizando o gosto dos brasileiros.

Anos 70

Ritmos Dace trazem brilho às roupas

O início da década de setenta foi uma continuação do pensamento e da estética hippie surgidos nos anos anteriores. As batas e os vestidos indianos, as calças boca-de-sino e todos os elementos que compunham o visual hippie se popularizaram cada vez mais, virando itens fashion. Apesar de grandes nomes desse movimento, como Janis Joplin e Jimi Hendrix, terem morrido justamente no ano de 1970,