A Lauda - Atividade
Por: Diogo Lisboa • 4/6/2021 • Resenha • 489 Palavras (2 Páginas) • 151 Visualizações
A infância nos atenta em inúmeras singularidades do aprendizado. O que Loris explícita de forma inócua, em forma de poema, é que a criança já nasce com suas “cem maneiras” e aos poucos essas porcentagens vão se deteriorando, talvez pela incapacidade de termos hoje, uma sistemática de ensino melhor.
Paulo Freire defendia sempre a educação na idade certa. Passado essa idade o estudo fica demasiado difícil à absorção.
As cem linguagens descritas metaforicamente por Loris, nos indica uma direção perpendicular ao estudo da linguagem. Por si só, a definição de linguagem tem em si, uma complexidade quase que etimológica.
Essas “cem” maneiras nos dão uma direção de como a singularidade de cada criança ainda pode se ramificar de acordo com a idade.
Na primeira infância, é fundamental um exercício para que se implante um sistema de aprendizagem voltado ao trabalho em equipe. Nessa idade, a criança tende a aprender com mais facilidade, além de desenvolver a capacidade de interpretar o senso de coletividade.
Deve-se levar em consideração o que a família possui papel importante na construção desta dialética.
Porém é importante salientar, que a prática do trabalho coletivo, cabe ao docente apontar um caminho para cada criança de forma independente.
A prática do estímulo-reposta, presente no Behaviorismo é outro ponto que podemos apontar na correlação ao poema de Loris. A forma como os dados devem ser coletados na primeira infância tem total subsídio ao “a criança nos aponta o caminho”. Cada dificuldade deve ser apurada de forma geral, mas cada criança deve ser acompanhada de forma personalizada.
A percepção das formas do apontamento são percebidas com oficinas de interpretação. “Criar com o corpo”, a utilização dos sistemas sensoriais referenciais, oficinas de arte, são métodos avaliativos de percepção dessas individualidades.
A interpretação dos rabiscos quando se deixa a criança livre pra criar, nos da outro viés sobre o entendimento dessas percepções, afinal todas essas formas de expressão se dão através da experiência de cada criança. Nessa fase, podemos correlacionar que a forma com que cada criança explícita sua vivência, está completamente atrelada a suas experiências vividas. E essas experiências se dão pela vivência de cada uma.
“As cem linguagens da criança” nos da uma visão mais ampla sobre o que fazer ou quais caminhos tomar tendo como referencial primário as diversas interpretações de como a criança tem a capacidade de escolher suas próprias vivências e tomá-las como processo primordial de aprendizagem.
Por falta de domínio de certas linguagens (escrita, fala...) a arte se torna primordial no reconhecimento dessas complexidades. Quando se deixa a criança livre pra criar, desenhar, atuar, a parte do aprendizado se torna mais fácil por parte do corpo docente. Lembrando que essas práticas devem estar alinhadas com os processos legais, família, e sociedade.
Portanto, Loris utiliza de suas próprias referências de vivência para nos demonstrar que é possível identificar cada singularidade de cada criança através de oficinas artísticas explorando das mais diversas percepções sensoriais para se obtiver um viés mais personalizado adaptado à vivência de cada criança.
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