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A PRODUÇÃO DO EDIFÍCIO NA HISTÓRIA IDADE CONTEMPORÂNEA

Por:   •  27/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  7.005 Palavras (29 Páginas)  •  266 Visualizações

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 A PRODUÇÃO DO EDIFÍCIO NA HISTÓRIA

IDADE CONTEMPORÂNEA

Neogotico

Art noveaux

Eclética

Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção de nota em Arquitetura e Urbanismo do curso de Engenharia Civil pelo Centro Universitário de Patos de Minas, sob orientação do professor  Marcelo.

PATOS DE MINAS, MG

2015

INTRODUÇÃO

A Idade Contemporânea, também chamada de Contemporaneidade, é o período específico atual da história do mundo ocidental, iniciado a partir da Revolução Francesa (1789 d.C.).1

O seu início foi bastante marcado pela corrente filosófica iluminista, que elevava a importância da razão. Havia um sentimento de que as ciências iriam sempre descobrindo novas soluções para os problemas humanos e que a civilização humana progredia a cada ano com os novos conhecimentos adquiridos.

A Contemporaneidade está marcada de maneira geral, pelo desenvolvimento e consolidação do regime capitalista no ocidente e, conseqüentemente pelas disputas das grandes potências européias por territórios e mercados consumidores.

Com o evento das duas grandes guerras mundiais o ceticismo imperou no mundo, com a percepção que nações consideradas tão avançadas e instruídas eram capazes de cometer atrocidades dignas de bárbaros. Decorre daí o conceito de que a classificação de nações mais desenvolvidas e nações menos desenvolvidas têm limitações de aplicação.

Atualmente está havendo uma especulação a respeito de quando essa era irá acabar, e por tabela, a respeito da eficiência atual do modelo europeu da divisão histórica.

A divisão esquemática dos períodos da história entre Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea foi traçada por historiadores do início do século XIX logo após o processo revolucionário que se desencadeou na França. Desse modo, a expressão “Idade Contemporânea”, como sendo o último estágio do processo histórico vivido até então, referia-se aos acontecimentos que eram contemporâneos a esses historiadores do século XIX. Desde então, tornou-se corriqueiro adotar essa divisão. Assim como a Idade Moderna, simbolicamente, teve início com a conquista de Constantinopla pelos turcos-otomanos em 1453, a Idade Contemporânea teve seu marco inicial simbólico com a irrupção da Revolução Francesa em 1789.

Algumas fases que marcam a Idade Contemporânea:

Arquitetura: Neogótica, Arts e Crafts, Art Noveau, Ecletismo, Art decó, Moderna (Bauhaus, construtivismo, organico, Internacional) Pós-Moderno: desconstrutivismo, contemporânea Arquitetura moderna: designação genérica → conjunto de movimentos e escolas arquitetônicos Séc.XX Contexto artístico e cultural do Modernismo .

• Características e origens: Bauhaus (Alemanha), Le Corbusier (França), Frank Lloyd Wright (Estados Unidos), construtivistas russos Pré- história Antiguidade clássica Idade Média Idade Moderna Idade Contemporânea Arquitetura: Neogótica, Arts e Crafts, Art Noveau, Ecletismo, Art decó, Moderna (Bauhaus, construtivismo, organico, Internacional) Pós-Moderno: desconstrutivismo, contemporânea.

• Internacional Style: conceito usado pela primeira vez em 1932 - preceitos da arquitetura moderna seguiam uma linha única e coesa – princípios básicos de Le Corbusier.

            • Arquitetura orgânica: relacionada à Frank Lloyd Wright .

• O rompimento com a história, atitude do modernismo, foi criticado pelo pós-modernismo, que utiliza a revalorização histórica.

NEOGOTICO

O Neogótico foi introduzido no Brasil a partir do século XIX, junto com os outros “neos” que compõe o ecletismo. Surgiu timidamente nas ogivas das janelas de algumas casas25. Sendo também aplicado em igrejas, tais como os telhados íngremes, pináculos e torre axial única. Dentre as reduções formais do vocabulário da velha arquitetura gótica impostas à construção residencial, apareciam as platibandas ritmadas por merlões e ameias, além de vergas com tímpanos contornados por arcos ogivais ou lobulados, muito difundidos em todo o Brasil. (CASTRO, 1987, p. 213) .

De acordo com Patrícia Vasconcellos a primeira construção neogótica do Brasil foi projetada no Rio de Janeiro por John Johnston em 1812-1816 na Quinta da Boa Vista26. Em 1887, outro prédio foi concluído, o Real Gabinete de Leitura projetado por Raphael de Castro inspirado no Mosteiro dos Jerônimos em Portugal. É um prédio com referência neomanuelina e que certamente foi a primeira obra de estrutura metálica do Rio de Janeiro. O Gabinete de Leitura contava com o acervo de 52.000 exemplares, sendo em 1880 a segunda biblioteca mais importante do Rio de Janeiro, depois da Biblioteca Pública27. Outra referência neogótica é o prédio da Ilha Fiscal projetado pelo engenheiro Adolfo José Del Vecchio, que de início não tinha a intenção de fazer uma construção neogótica, somente com a visita do imperador ao local é que ficou decidido o estilo. Em um trecho de suas memórias Del Vecchio comenta:

Depois de ter percorrido em todos os sentidos e de ter apreciado o

 belo panorama que se descortina de todos os seus pontos,

o imperador de cabeça descoberta, recebendo o ar fresco que vinha do

lado da Barra, parou, e depois de alguns instantes de contemplação,

disse-me: Seu De Vecchi- era assim que ele costumava chamar-me,

confundindo meu nome com o de outra família que ele tinha

conhecido- isto é um delicado estojo digno

 de uma brilhante jóia. (Citado em DEL BRENNA, 1987, p. 45)

Ainda no Rio de Janeiro temos como exemplos da linguagem: a Capela da Piedade de 1862; a Igreja da Imaculada Conceição e a Matriz de Petrópolis. Em São Paulo, o arquiteto alemão Max Hehl projetou a Igreja da Consolação, a Catedral de São Paulo e a Igreja Paroquial em Santos. As referências ao gótico foram usadas em igrejas, casas, escolas e até em presídios (Victor Dubugras que esteve em São Paulo até 1902 construiu alguns). O neogótico no estado de Minas Gerais aparece “ora inspirado no modelo francês, ora interpretado de modo italiazante”e quando não se constrói um prédio para colocar tais referências, usa-se do antigo para inserir caracteres. Quando ocorre este tipo de intervenção, o prédio deve ser considerado eclético e não somente neogótico. Em Belo Horizonte temos a Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem (1911-1932), a Igreja Nossa Senhora de Lourdes (1916-1922) e o Centro de Cultura localizado entre Augusto de Lima e Bahia. A Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem foi denominada por Heliana Angotti Salgueiro (1987) em “estilo gótico lombardo”, porém há divergências em relação a classificação do estilo, outros autores a denominaram em estilo “manuelino” e em estilo “florido”.

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