A PRODUÇÃO TEXTUAL QUE ABORDA OS DOCUMENTÁRIOS: A CAVERNA DOS SONHOS ESQUECIDOS E O ATELIÊ DE LUZIA.

RESUMO:

Primeira produção textual do curso História da Arte I. De acordo com o solicitado, o texto sobre os documentários “A caverna dos sonhos esquecidos” e “O ateliê de Luzia” abordará os pontos mais chamativos dos respectivos documentários e trará discussões sobre as principais semelhanças e diferenças entre as produções artísticas da Arte Pré Histórica na Europa e Brasil.

ENTRE OS DOCUMENTÁRIOS “A CAVERNA DOS SONHOS ESQUECIDOS” E “O ATELIÊ DE LUZIA”:

No documentário “A Caverna dos Sonhos Esquecidos”, o diretor, junto com sua equipe, apresenta as Cavernas de Chauvet, onde “teoricamente” teriam as pinturas pré-históricas mais antigas da humanidade. Porém já foram descobertas pinturas rupestres mais antigas, por exemplo o desenho de um javali da espécie ‘Sus celebensis’ (imagem 1), pintado há pelo menos 45.500 anos na Caverna de Leang Tedongnge, localizada em uma ilha da Indonésia, que foi descoberta pelo arqueólogo australiano Adam Brumm. Por conta disso, já é possível enxergar o grande teor eurocentrista do documentário. Logo, no minuto 13:58 do filme este fato fica ainda mais escancarado quando um dos pesquisadores diz “É uma das maiores obras de arte mundiais”, pois ao colocar na posição de maior obra de arte mundial ele está claramente desvalorizando todas as outras descobertas como menos importantes, mesmo que de forma desproposital. Apesar disso, o documentário é muito bom. O ponto que mais me intrigou foi a conservação das pinturas, como os próprios pesquisadores apontam em diversos momentos durante o longa, os desenhos pareciam estar frescos, quase como se tivessem sido feitos no dia anterior. Isso se deve ao fato da caverna ter sofrido um desmoronamento e sua entrada ter sido tampada pelas rochas, assim criando um ambiente perfeito para a conservação das artes ali produzidas.

Destarte, outro momento que chamou bastante atenção foi o fato da única representação humana, em toda a caverna, ser feminina (imagem 2).

imagem1

imagem 2

A despeito de ser uma representação parcial, é muito significativa já que provavelmente envolve rituais de fertilidade, demonstrando o quão importante era considerada a figura “feminina” para aquela sociedade.

Já ao assistir o documentário “O Ateliê de Luzia”, é possível diferenciar diversos pontos entre as Artes Pré-históricas da Europa e do Brasil. O mais aparente é a representação das figuras humanas. Enquanto nas pinturas pré-históricas europeias os animais são mais valorizados e detalhados, no Brasil as figuras humanas são encontradas em quase todos os desenhos, além das representações de animais, bem como de símbolos geométricos e plantas. Aparentemente as figuras encontradas na Europa seriam voltadas para rituais, enquanto no Brasil, possivelmente, contavam histórias. Contudo isso é apenas uma especulação, não há como saber os verdadeiros propósitos de tais pinturas rupestres. Não obstante, é possível encontrar uma similaridade entre as artes europeias e brasileiras. Essa, seria a sobreposição de imagens. Tanto em Chauvet, quanto no Parque Nacional Serra da Capivara, as composições nas paredes são, muitas vezes, produzidas