ANÁLISE DE FILME ARUANDA
Projeto de pesquisa: ANÁLISE DE FILME ARUANDA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 91867701 • 5/1/2015 • Projeto de pesquisa • 2.662 Palavras (11 Páginas) • 534 Visualizações
ANÁLISE DO FILME ARUANDA
Gildazio Vieira C. Dias
Curso de Licenciatura em geografia
Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
Email: gildcaja@hotmail.com
Resumo: Este trabalho tem como objetivo apresentar e analisar o filme de curta metragem Aruanda de produção de Linduarte Noronha gravado na década de 1960. O documentário foi gravado em um momento de mudanças sociais no cenário brasileiro, proporcionadas pelo governo do Presidente da República Juscelino Kubschek que tenha o objetivo de fazer com que a economia brasileira crecesse. O filme retrata as dificuldades encontradas pelos sertanejos nordestinos em seu dia a dia como: falta de água, terras secas e a exploração do trabalho escravo por parte dos fazendeiros. O filme apresenta além da realidade vivenciada por nordestinos da época um contexto fictício, em virtude da tendência do cinema nacional daquele momento.
Palavras-chave:
Documentário, Aruanda, Multimídia
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos os recursos de multimídia têm tido uma ampla utilização nas escolas incluindo a disciplina de geografia, diversos são estes meios que variam desde o CD até meios mais sofisticados tais como, os recursos televisivos. Porém estes recursos sozinhos não funcionariam se não tivessem o auxílio de professores e educadores capazes de fazê-los garantir os bons resultados que são propiciados pelas fontes de multimídia como ressalta Lorena Lucas Puerta e Paulo Roberto Nishida:
Temos que ter consciência de que estes recursos não garantem, isoladamente a dinamização da aula, pois a tecnologia deve ser utilizada como meio. (multimídia na escola: Formando o cidadão numa “cibersociedade” pag. 124).
Neste sentido é praticamente impossível a não utilização de recursos mediáticos de multimídia em sala de aula, por mais simples que seja a escola haverá de estar inserida nesta realidade, caso contrário será superada por outras conforme alerta Peround (2000), professores que não se atualizam tecnologicamente, isto é, não aderem ao uso da multimídia, ficam em desvantagem em relação àqueles que delas se utilizam.
Como podemos perceber, é necessário que os professores adquiram uma familiaridade com estes recursos, capacitando-se, haja vista que este campo se renova, ou apresenta novidades com bastante freqüência, o que faz garantir uma sintonia entre ambos podendo assegurar uma melhor qualidade na educação.
Dentro dos recursos de multimídia que são utilizados nas escolas como facilitadores ou apoiadores no processo de ensino e aprendizagem dentro da geografia e em outras áreas, estão os recursos audiovisuais; dentre eles podemos destacar os documentários que podem ser de curta, média ou longa duração, esse tipo de recurso geralmente apresenta informações mais próximas da realidade do contexto que é trabalhado.
O nosso trabalho adentrará sobre o conteúdo do documentário Aruanda, que retrata o cotidiano de uma família sertaneja nordestina, que em virtude das dificuldades encontradas para sobreviver em uma em um lugar de condições típicas desfavoráveis a perspectivas de vida promissoras, saem em busca de outro que proporcione o conforto necessário capaz de suprir suas necessidades e consequentemente que gere liberdade.
SOBRE OS DOCUMENTÁRIOS
Podemos dizer após pesquisas, que os documentários começaram a ter visibilidade entre os anos de 1920 e 1930, na Inglaterra onde situava a escola documental Inglesa.
“A palavra documentário, usada para nomear um domínio específico do cinema, começou a se estabelecer no final dos anos 1920 e início dos anos 1930, sobretudo com a escola documental inglesa, embora já figurasse antes em um ou outro texto. Ela traz marcas da significação, surgida na segunda metade do século XIX no campo das ciências humanas, para designar um conjunto de documentos com a consistência de “prova” a respeito de uma época. Possui, desse modo, uma forte conotação representacional, ou seja, o sentido de um documentário histórico que se quer veraz, comprobatório daquilo que “de fato” ocorreu num tempo e espaço dados. Aplicada ao cinema por razões pragmáticas de mobilização de verbas, ela desde então disputou com a palavra ficção essa prerrogativa de representação da realidade e, conseguinte, de revelação da verdade.” ( História do cinema mundial, organizado por Fernando Mascarello, 2º edição, 2006, Papirus Editora, pg 253).
Os primeiros documentários de destaque segundo informações, foram os de Robert Flaherty que se tratava de registros de uma expedição própria que resultou no filme Nanook of the North (1922), com o intuito de aprimoramento dos documentários, o escocês Jonh Grierson fundou uma escola e através desta foi criada uma definição para o documentário clássico que teriam as seguintes características: imagens, música e voz, a sua função seria educativa, social e pretensão de formar opiniões públicas.
No Brasil, foi a partir da década de 1990 que os documentários começaram a ganhar campo, neste tempo, filmes como: “Nós que aqui estamos por Vós esperamos”, Santo forte e Notícias de uma guerra particular, essas produções, todas nacionais obtiveram grande número de expectadores, a partir daí esse tipo de produção cinematográfica ganhou corpo e várias foram as variações que ocorreram ao longo das duas últimas décadas.
Conforme informações no início da década de 1990 os documentários de longa metragem passaram por um momento de dificuldade, chegando quase a desaparecer, mas retomou à estabilidade com as Leis de incentivos criadas com essa finalidade, as referidas Leis baixavam os custos em uma produção documentária, o que proporcionaria o acesso maior de público nesse tipo de produção.
Nos anos 2000 houve um grande número de lançamento desse gênero, onde superou a comédia, a aventura e a animação, um dos destaques foi o documentário “Pro dia nascer feliz” com cerca de 50.000 expectadores.
O DOCUMENTÁRIO NA ESCOLA
Os documentários são uma das diversas fontes midiáticas que podem ser trabalhadas nas aulas de geografia e no processo educativo como um todo. O uso do documentário pelas Escolas brasileiras, têm a função de aproximação dos fatos trabalhados e correlação do cotidiano social com os conteúdos abordados em sala.
Tendo em vista que o conteúdo dos
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