ARTE DA FOTOGRAFIA: UM OLHAR ARTÍSTICO
Por: tcastilho • 16/6/2019 • Monografia • 3.617 Palavras (15 Páginas) • 210 Visualizações
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
TIAGO CASTILHO DE SOUZA
ARTE DA FOTOGRAFIA:
UM OLHAR ARTÍSTICO
SALVADOR
2018
TIAGO CASTILHO DE SOUZA
ARTE DA FOTOGRAFIA:
UM OLHAR ARTÍSTICO
Trabalhoapresentado junto ao curso de Artes Visuais, da Universidade Cidade de São Paulo como exigência parcial da disciplina Projeto
Experimental I
SALVADOR
2018
ARTE DA FOTOGRAFIA:
UM OLHAR ARTÍSTICO
Resumo
Neste artigo a arte da fotografia pode ser vista em diferentes espaços, abordando seus componentes técnicos, bem como descrições e instrumentos corretos para cada conveniência. As dicas criativas na arte da boa fotografia, tecem citações sobre composição, cor, perspectiva e modo de enfatizar a textura com a ajuda da luz, tudo isso ilustrado com imagens das mais diferentes regiões do mundo. Não é preciso ser profissional, porém os primeiros passos sobre como produzir retratos, fotografar cenas cotidianas e corriqueiras, vai além da arquitetura e a natureza. Sob o olhar mais apurado a fotografia se contém na arte visual, entretida na raiz do próprio conceito. Neste panorama dinâmico e lúdico, as suas expressões se vão entrelinhas que ultrapassam a realidade e também o imaginário, transpondo a barreira e indo além do dom artístico. A sua análise e interpretação exemplifica o que exatamente o leitor necessita saber. As impressões artísticas serão desenvolvidas através desta arte apresentada, como a de fotografar. As linhas a seguir serão discursadas de forma mais particular, caracterizando-se num universo variado, as diversas formas de manifestações artísticas até finalmente culminar nesta arte tão presente na cultura predominante de tudo que é considerado arte.
Palavras chaves: Cultura. Composição. Cores. Exposição. Iluminação. Imagem.
INTRODUÇÃO
A fotografia é possivelmente a mais acessível e gratificante de todas as formas de arte. Pode registrar faces ou fatos, ou simplesmente contar uma história. Poder chocar, divertir e instruir. Pode captar e provocar emoções, e registrar detalhes com precisão e velocidade (HEDGECOE, 2013). O material se propõe a ser um manual abrangente para arte de fotografar, misturando habilidades técnicas e criativas necessárias para fotografar praticamente qualquer objeto de um prisma artístico. A receptibilidade da fotografia pelo cenário artístico foi escrita por intensas polêmicas. Teóricos e artistas mais tradicionais consideravam que uma imagem produzida mecanicamente jamais poderia ser considerada uma linguagem artística e equiparada à pintura e, os mais radicais, que a nova tecnologia mancharia a própria arte, mais precisamente a pintura. Outros, mais visionários, viam a nova tecnologia como uma verdadeira aliada da pintura, e capaz de libertar de sua função representacional e a impulsionando-a a novas experimentações, alguns deles, aliás, assimilaram algumas características próprias da fotografia em suas pinturas. Enquanto as quentes discussões, sobre se a fotografia era ou não uma arte legítima sacudiam o panorama artístico, uma nova geração de fotógrafos procurava transcender a nova linguagem de seu caráter meramente técnico e funcional - o de documento, explorando o seu potencial para a expressão artística sob distintos enfoques, ora aproximando-a dos princípios das belas-artes, ora voltando-se exclusivamente para as características próprias do meio ou, ainda, inserindo-a em uma nova dimensão, a social. Uma nova abordagem essencialmente estética, livre das imposições de sua utilidade e focada em suas especificidades técnicas e/ou qualidades expressivas, inseria gradativamente a fotografia no mundo das artes, explicitando oolhar artístico de forma mais intensa.
ASPECTOS CONCEITUAIS
A fotografia é tanto uma ciência quanto uma arte, e um entendimento das técnicas básicas contribui para que se produzam composições criativas de boa qualidade. Objetivas, foco, exposição, velocidade do obturador, filme e iluminação trabalham em conjunto para criar fotografias de qualidade, diz HEDGECOE (2013, p.37). O conhecimento dos elementos da linguagem fotográfica, que é adquirido a partir de uma base técnica da realização da fotografia, possibilita uma maior compreensão da capacidade narrativa e do conteúdo dramático contido em cada foto. O que irá reforçar o conteúdo da imagem fotográfica é a disposição dos elementos para a composição do campo visual. No entanto, para a efetiva compreensão desta mensagem, o espectador irá buscar, em sua bagagem (memória visual) e na sua concepção de mundo, elementos de equivalência para chegar a uma dada interpretação (LIMA; SILVA, 2007, p. 7)
A maneira de analisar uma imagem é concebida de formas distintas por vários autores. Há, todavia, um senso comum que nomeia alguns aspectos que podem interferir diretamente no significado de uma imagem e que, por isso, precisam ser identificados. Muitos desses autores baseiam-se nas idéias de Panofsky (1976), que indica três níveis para a análise conceitual da imagem. Kossoy (2007, p. 47) é um desses autores e faz os seguintes comentários:Para a análise e interpretação das fotografias se apoia, em parte, nos conceitos de Erwin Panofsky - apesar de o autor ter proposto seu método para a representação pictórica - especialmente no que se refere à interpretação iconológica que corresponde ao nível interpretativo mais profundo, o "significado intrínseco". Na realidade, Panofsky propôs três etapas de interpretação: a descrição pré-iconográfica (nível primário ou natural), a análise iconográfica propriamente dita (secundário ou convencional) e o terceiro nível, mais profundo, que diferia dos anteriores, centrado na busca do significado intrínseco (ou conteúdo), que comporta vários valores simbólicos.
Manini (2007, p. 4) também sugere que se faça uma análise baseada nas idéias de Panofsky e propõe respostas para algumas perguntas extraídas da fotografia no momento da análise:
[....] Quem ou o que aparece na imagem (descrição ou nome das pessoas e/ou lugares); Que lugar aparece na imagem (localização espacial e geográfica); Quando foi realizada a tomada (indicação de data, tempo cronológico ou ocasião); Como são ou estão os principais elementos da imagem(complementação da descrição inicial feita do motivo principal da imagem); O que indica esta imagem (de que ela é o traço, a marca, o sinal). As respostas a estas perguntas devem ser dadas com base em informações concretas provenientes da imagem ou de seu referente. (negrito nosso).
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