Arte Barroca no Brasil
Trabalho acadêmico: Arte Barroca no Brasil. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: thalineleal • 29/3/2014 • Trabalho acadêmico • 1.972 Palavras (8 Páginas) • 493 Visualizações
Arte Barroca no Brasil
A arte barroca originou-se na Itália, no século XVII, e não tardou a irradiar-se por outros países da Europa. Foi uma época de conflitos espirituais e religiosos, quando o homem se colocou em constante dualismo: Paganismo x Cristianismo, e Espírito x Matéria. Chegou ao continente americano trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis.
O barroco, no Brasil, foi introduzido pelos jesuítas que trouxeram o novo estilo como instrumento de doutrinação cristã. Desenvolveu-se do século XVII ao início do século XIX. O poema épico Prosopopeia, de Bento Teixeira, é um dos marcos iniciais. Atingiu o seu apogeu na literatura com o poeta Gregório de Matos e com orador Padre Antônio Vieira, na escultura com Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho) e na pintura com Mestre Ataíde.
No Brasil, o barroco floresceu em um período em que os residentes lutavam por estabelecer uma economia autossustentável - contra uma natureza selvagem e povos indígenas nem sempre amigáveis. Dessa forma, o Barroco brasileiro variava de uma região para outra; O barroco brasileiro é associado claramente à religião católica. Em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco encontram-se os mais belos trabalhos de relevo em madeira - as talhas - e esculturas em pedra sabão. Já nas regiões mais pobres, onde não havia o comércio de açúcar e ouro, a arquitetura das igrejas apresentava aparência mais modesta.
No Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, terras do Paraguai e Argentina, chamadas de região missioneira, a arquitetura era diferenciada da arquitetura do Nordeste e das regiões das minas de ouro, pois os jesuítas misturaram elementos da arquitetura românica e barroca da Europa, pois os construtores eram de origem europeia.
No Nordeste, somente no século XVIII houve total domínio do requinte do barroco. De Salvador saia grande quantidade de riqueza do país para Portugal e também vinham os artistas portugueses e produtos.
No século XVII, época em que o barroco começou a se inserir em nosso país, era comum encontrar grandes painéis azuis e brancos formados pela junção de muitos azulejos com cenas religiosas, figuras mitológicas ou, ainda, cenas históricas ou da literatura. Mais que um simples elemento decorativo essa era uma forma de a igreja Católica transmitir à população de maioria analfabeta, mensagens religiosas e histórias bíblicas.
Azulejos no Convento de São Francisco, Olinda.
Já no período Barroco a escultura complementava a arquitetura através das talhas - ornamentos esculpidos em madeira, mármore, marfim ou pedra. As formas esculpidas sugeriam movimento e quebravam a monotonia das linhas retas. As talhas de madeira com várias cores são chamadas policromadas, porém as mais vistosas são as douradas, revestidas por uma película de ouro.
O barroco deu forma a uma larga porção da identidade e do passado nacional, já foi chamado de a alma do Brasil e pó ser uma significativa parte de nossa herança em arte, tradições e arquitetura é hoje Patrimônio da Humanidade.
O Barroco de Pernambuco
A partir de 1759 Recife teve grande crescimento econômico, entre suas construções barrocas mais bem cuidadas está a igreja de São Pedro dos Clérigos. Essa igreja teve suas obras iniciadas em 1728 e concluídas em 1782, segundo projeto de Manuel Ferreira Jácome. A fachada barroca de pedra e a verticalidade do edifício eram incomuns nas igrejas brasileiras do século XVII.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, Recife.
O Barroco de Salvador
Na segunda metade do século XVII Salvador era a capital do país e o centro econômico da região mais rica do Brasil, encontramos igrejas riquíssimas como a igreja de São Francisco que junto com o convento de São Francisco de Assis e a igreja da Ordem Terceira forma o conjunto arquitetônico barroco mais conhecido da cidade.
No frontão da igreja de São Francisco estão os aspectos mais significativos do Barroco: as linhas curvas lembrando as linhas dos elementos da natureza, como plantas e conchas. Seu revestimento interno é todo em talha dourada, o que fez com que essa igreja fosse chamada de “a igreja mais rica do Brasil”.
Igreja de São Francisco, em Salvador.
O Barroco do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro só viria a ter destaque econômico e cultural com o início da extração do ouro em Minas Gerais, no século XVIII. Com seu porto, a cidade passou a centro de intercâmbio entre a região da mineração e Portugal.
Em 1763 o Rio de Janeiro tornou-se a nova capital do país, a partir daí foram erguidas muitas construções como o Aqueduto da Carioca mais conhecido como os Arcos da Lapa por sua localização no bairro da Lapa e a igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência localizada no largo da Carioca que teve sua construção iniciada ainda no século XVII e concluída em 1773.
Interior da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência no Rio de Janeiro.
A escultura barroca do Rio de Janeiro contou com artistas portugueses e com um brasileiro em especial: Mestre Valentim (1750-1813), tão respeitado quanto Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho), nosso artista barroco mais conhecido e admirado.
Em 1783 foi inaugurado no Rio de Janeiro o Passeio Público, obra projetada por Mestre Valentim. Sua concepção seguiu a ideia, comum na Europa, de que um jardim com ruas, lagos, fontes, bosques, esculturas e pavilhões representaria a natureza controlada e organizada segundo a razão humana.
Passeio Público, Rio de Janeiro.
O Barroco de São Paulo
Fundada no século XVI, São Paulo permaneceu estagnada por todo o século XVIII, durante este período as ordens religiosas ergueram apenas modestas igrejas barrocas. Dentre estas construções destaca-se o conjunto formado pela igreja e pelo Convento de Nossa Senhora da Luz.
Convento de Nossa Senhora da Luz
A igreja de Nossa Senhora da Luz começou a ser construída por volta de 1600 e é um dos poucos exemplos da arquitetura colonial de São Paulo.
As esculturas do Barroco paulista são muito simples, em razão da pobreza
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