Arte, Criatividade e Recreação
Por: lannaa • 9/11/2015 • Trabalho acadêmico • 4.197 Palavras (17 Páginas) • 159 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Curso de Pedagogia
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
DISCIPLINA: Arte, Criatividade e Recreação
,
Acadêmicos (as) Alana Apinagé Monteles RA 448856
GRAJAÚ - MA
2015
AS ARTES NO UNIVERSO INFANTIL
Atividades Práticas Supervisionadas à Disciplina: Arte, Criatividade e Recreação da Universidade Anhanguera–UNIDERP, Pólo em Grajaú-MA. Ministrada pelo Professor Tutor Presencial: Romina Hérica Melo Falcão e Professor EAD:.
GRAJAÚ – MA
2015
Memórias escolares relacionadas às práticas artísticas da aluna
Ao lembrar-me de minha infância, recordo as brincadeiras que fizeram parte do meu desenvolvimento com relação à socialização. Não tinha muitos amigos, mas na hora do recreio aproveitava para conversar com meus coleguinhas e brincar, das brincadeiras daquela época que eram: faz-de-conta, futebol, queimado, amarelinha e outras. Na sala de aula, no horário de artes fazíamos pinturas com tinta guache, confecção de objetos com papel madeira e crepom, molduras de animais com argila, colagem com pó de serragem e desenhos mimeografados contornados com grãos. Os professores tinham poucos recursos, quase tudo era feito no improviso e era comum usarem as aulas de artes como passatempo, mesmo assim tudo isso contribuiu muito para o meu processo de aprendizagem.
Reflexão sobre os relatos de vivências do grupo
Sabe-se que a disciplina de arte sempre foi menos valorizada que as outras. E no passado isso era bem pior, pois a falta de habilidades e de preparo por parte de alguns professores fazia com que os mesmo ao invés de estimular o aluno ao aprendizado o reprimiam, quando não davam oportunidade para que pudessem se expressar livremente em suas brincadeiras, em seus cantos, em seus desenhos, em seus movimentos, em suas artes. Tudo isso vem mudando ao longo do tempo, mas muita coisa ainda precisa ser feita, para que a disciplina de arte deixe de ser um momento de laser para o professor no seu horário de aula, quem precisa brincar é a criança.
Quando brinca, a criança desenvolve atividades rítmicas, melódicas, fantasia-se de adulto, produz desenhos, danças, inventa histórias. Mas esse lugar da atividade lúdica no início da infância é cada vez mais substituído, fora e dentro da escola, por situações que antes favorecem a reprodução mecânica de valores impostos pela cultura de massas em detrimento da experiência imaginativa.
Fazer arte e pensar sobre o trabalho artístico que realiza, assim como sobre a arte que é e foi concretizada na história, podem garantir ao aluno uma situação de aprendizagem conectada com os valores e os modos de produção artística nos meios socioculturais.
Assim, aprender com sentido e prazer está associado à compreensão mais clara daquilo que é ensinado. Para tanto, os conteúdos da arte não podem ser banalizados, mas devem ser ensinados por meio de situações e/ou propostas que alcancem os modos de aprender do aluno e garantam a participação de cada um dentro da sala de aula. Tais orientações favorecem o emergir de formulações pessoais de ideias, hipóteses, teorias e formas artísticas. Progressivamente e por meio de trabalhos contínuos essas formulações tendem a se aproximar de modos mais elaborados de fazer e pensar sobre arte.
Um trabalho de artes não é apenas bom ou ruim, bonito ou feio, transmite um pensamento, está impregnado de sentidos e significados determinados por olhares que questionam e necessitam compreender algo que ainda desconhecem.
Atualmente notamos que as crianças exercitam a atenção e a memória. Ao mesmo tempo, ao imitar atitudes e ações do personagem que ela representa, aprende a controlar sua conduta, assim, assimila regras sociais sem que estas lhes sejam impostas, aprende aos poucos a separar o querer do dever. Essas e outras atividades artísticas nos permitiram explorar as nossas imaginações e se expressar através das criações o mais profundo dos meus sentimentos, de personalidade, nossos anseios e os maiores sonhos, contribuindo assim para desenvolvermos a criatividade em todos os aspectos de nossas vidas.
O papel da Arte na Educação contemporânea.
O ensino de arte na contemporaneidade tenta abarcar tanto o conceito de arte como experiência cognitiva quanto o conceito de arte como instrumento de mediação cultural. Pelo fato de vivermos em uma época em que a informática, os meios de comunicação, a publicidade estão presentes na vida cotidiana, é recorrente o uso da expressão de que estamos na era da imagem.
Sabe-se que desde o início da humanidade o homem teve necessidade de se expressar artisticamente, deixando a sua marca no mundo. A necessidade de produzir e consumir arte, portanto, é inerente à condição humana. Trata-se não só de um impulso vital, como algo fundamental ao desenvolvimento humano.
A visão contemporânea de Arte na Educação tem colocado a necessidade de resgatar o valor da arte nas escolas como um saber e um fazer passível de reflexão e de construções cognitivas; um conhecimento que pode ser aprendido e ensinado também na escola. No Brasil, esta concepção foi sintetizada na Abordagem Triangular cuja proposta é de tratar Arte como um conhecimento que pode ser abordado na conjunção das ações de leitura de imagens, contextualização e fazer artístico.
Mais do que estimular a criatividade e a sensibilidade, a Arte-Educação tem impacto direto sobre o potencial cognitivo do indivíduo, na opinião de Ana Mae Barbosa, pioneira na sistematização de uma ação educativa em museu no Brasil. No artigo "Por que e como: Arte na educação" destaca: "O movimento de Arte/Educação como cognição se impõe no Brasil. Através dele se afirma a eficiência da Arte para desenvolver formas sutis de pensar, diferenciar, comparar, generalizar, interpretar, conceber possibilidades, construir, formular hipótese e decifrar metáforas".
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