ESTÉTICA, ARTE E HISTÓRIA DA ARTE: ALGUMAS REFLEXÕES
Por: Ana Paula • 3/6/2018 • Artigo • 1.592 Palavras (7 Páginas) • 304 Visualizações
ESTÉTICA, ARTE E HISTÓRIA DA ARTE: ALGUMAS REFLEXÕES
Sandra Aparecida Pagani
Michele Andreia Souza
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Artes Visuais - licenciatura (ART 0218)
09/2017
RESUMO
Desde sempre, a arte faz parte do convívio social, e ela é apreciada de diversas maneiras, de acordo com suas características. O objetivo deste trabalho é desenvolver uma concepção reflexiva e ao mesmo tempo crítica sobre a história da arte como apreciação estética. Os conceitos utilizados abordam temas como definição, classificação, características e exemplos. Coletamos os dados importantes sobre a história da arte e seus processos, visualizamos os espaços referidos, críticas, análises e importância através de estudos e pesquisas realizadas. O trabalho então propõe uma saída adequada e coerente para tornar o estudo e a leitura desta produção mais fácil e contemporânea.
Palavras-chave: Arte. Estética. Apreciação.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho vai falar sobre arte, mais precisamente sobre a história da mesma em relação com a apreciação estética, focando nas críticas, análises e processos que ocorreram no passar dos anos e até nos atuais.
Sabemos que podemos entender a arte como ações humanas ligadas à estética comunicativa, realizada por um leque gigantesco de diversas linguagens existentes hoje no nosso meio cultural, alguns como: arquitetura, desenho, escultura, pintura, escrita, música, dança, teatro e cinema, e com relação em suas diversas combinações. O processo criativo inicia-se da junção da percepção com o intuito de expressar ideias e emoções, tendo como objetivo um significado, um conceito por trás de cada obra.
No entanto, este trabalho tem como objetivo principal, apresentar uma reflexão crítica sobre a apreciação estética e crítica da arte e sua história, visando a compreensão e o entendimento do mesmo sobre diversos planos.
2 REFLEXÕES E CONCEITOS ARTÍSTICOS
Em diversas situações da nossa história, artistas manifestavam-se subvertendo a ordem do que era entendido como arte no momento em que viviam. Esse processo de questionar a tradição e propor novas ideias e ações é inclusive um dos fatores que impedem a definição de um único conceito para o que é arte. As mentalidades se transformam, e com elas a relação das pessoas, análises entre si e com o mundo.
Referenciando como conceito de arte, algumas das mudanças mais significativas no campo da produção artística, que questionaram os séculos de tradição, ocorreram a partir da década de 1950. Elas deram origem ao que posteriormente esteticamente, começamos a chamar de arte contemporânea.
As transformações pelas quais passaram as artes nesse momento, acompanhavam diversas mudanças culturais, sociais e políticas em várias partes do mundo, que sem sombra de dúvidas, influenciavam o curso dos caminhos da apreciação estética e o modo de como vivemos hoje.
3 NOVAS FORMAS DE PENSAR
Por longo tempo, a arte desenvolveu-se com características específicas, e definiram-se espaços para cada linguagem. As artes visuais eram principalmente o quadro e escultura, e seu lugar, eram os museus e as galerias. O lugar das artes cênicas e da música era o palco. Na arte, em todas as suas linguagens, a relação com o público, de espectadores, separados, inclusive fisicamente, no espaço. O artista era visto como possuidor e/ou criador de um conhecimento especial, e o público, que não possuía esse conhecimento, apenas buscaria entender e contemplar a obra.
E então, mais ou menos a partir de 1960, essa relação entre público e artista começou a ser questionada, avaliando-se a arte como algo integrado à vida. Este conceito pode ser entendido de muitas formas. Diversos artistas não queriam mais a arte limitada à espações clássicos, e sim com liberdade criativa, pensando-se em arte sempre como a própria vida, até convidando os espectadores a fazerem parte inclusa da obra.
Como citava Lygia Clark (1920-1988): “Eis me aí qual testemunho da minha obra já formulada, agora o testemunho já não é ela mas sim eu-obra-pessoa humana.“
3.1 IMPULSO E PARTICIPAÇÃO
A partir das novas formas de pensar (sobre arte), estabelecidas, a apreciação estética da mesma se viu num cenário totalmente novo de proposição e participação, sendo impulsionada a fazer parte dos novos conceitos artísticos e as novas relações público e artista/arte.
Essas novas propostas na arte ocorreram quase que simultaneamente em muitos lugares do mundo. No Brasil, Hélio Oiticica (1937-1981) foi um dos artistas mais criativos desse período. Oiticica elevou uma de suas obras à um espaço tridimensional, intitulado Parangolé. Parangolé é uma proposta sua que inclui o público. Acreditava que deveria assumir uma postura de propositor , e o público, de participador além de apreciador estético, numa experiência integrada. Os Parangolés eram capas, estandartes e/ou bandeiras coloridas e artisticamente criativas e conceituais que deveriam ser usados pelos participadores para fazer com que eles tivessem vivências, tanto com sí próprios quanto com o público. E por fim, ao som do samba, a obra faria com que as pessoas dançassem juntas, acessando um comportamento intuitivo, não intelectual, dando à arte, assim, antes elemento puramente visual de pintura, a capacidade de se estender e ganhar corpo, tornando-se parte da vida, dinâmica e participativa.
Abaixo, Nildo com Parangolé, Parangolés, de Hélio Oiticica, 1967.
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4 APRECIAÇÃO
Quando tratamos do termo apropriação na arte, geralmente estamos nos referindo à provocação de forma artística que visa interação. Quando começamos a apreciar o trabalho de Hélio Oticica por exemplo, fica perceptível a simplicidade da obra, tanto no quesito produção, quando na aplicação social. Oticica inclusive acreditava que os projetos de suas obras, muitos dos quais não foram executados durante sua vida, podiam ser feitos por outras pessoas.
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