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ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE PINTURA

Por:   •  14/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.450 Palavras (18 Páginas)  •  329 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACVEST

1º FASE – ARQUITETURA E URBANISMO

ESTÉTICA E HISTÓRIA DA ARTE

PINTURA

Disciplina: Estética e história da arte

Professora: Mercedes Maria Gevaerd

Acadêmica: Bruna S. Galvan

Lages, junho de 2017.

Introdução

Antropólogos, arqueólogos, historiadores, filósofos, linguistas e outros tantos pesquisadores tentam, desde muito tempo, desvendar as origens da humanidade, isto é, as raízes da passagem do mero hominídeo primitivo ao homem propriamente dito, o Homo sapiens. A despeito das conclusões dessas pesquisas, uma coisa permanece como fato: ao aparecimento do homem está diretamente associado o aparecimento das formas simbólicas, por exemplo, a pintura.

        A história da pintura é muito vasta e complexa, pois acompanha todo o desenvolvimento do ser humano, seus sentimentos, sua visão de mundo, a situação cultural do momento em questão, as dificuldades enfrentadas pelas pessoas da época e etc. Sendo assim, ela está dividida em vários períodos, nos quais se verificam as variadas formas de produção artística de inúmeras civilizações ao longo da história humana.        

Um dos períodos iniciais em história da pintura, e a pré-história, período no qual podem ser colhidas informações sobre os sistemas simbólicos desenvolvidos pelos homens primitivos e suas técnicas (pinturas rupestres). Não podemos deixar de falar também sobre a pintura desenvolvida pelas grandes civilizações da Antiguidade no Ocidente e no Oriente Médio, como a pintura do Egito Antigo, Grega, Romana e Bizantina. Seguindo cronologicamente, temos a arte no período da Idade Média, com a pintura românica e gótica, e as técnicas que estabeleceram as bases para os artistas do Renascimento.

Pré-história

        As primeiras manifestações artísticas eram muito simples, consistiam em desenhos feitos em paredes de cavernas, as chamadas pinturas rupestres. Muitas pessoas ignoram este fato e consideram arte apenas o que encontram em museus, galerias ou decorações em casas luxuosas, mas a pré-história foi um dos períodos mais fascinantes da história da arte, que deve receber merecida atenção. Através dela podemos entender muito sobre o costume das pessoas daquela época, em que acreditavam e como era a sua cultura.

        Esse período não teve nenhum registro escrito, pois ocorreu em uma época anterior ao surgimento da escrita, por isso a pintura foi a manifestação artística mais importante desta época, através dela é possível entender melhor como as pessoas desta época pensavam.

         A pintura surgiu mais especificadamente no período paleolítico inferior (aproximadamente 30000 a.C.), eram traços feitos nas paredes de argila das cavernas e a técnica das ``mãos em negativo``. Para se obter uma "mão em negativo", Os indivíduos dessa época, após obter um pó colorido a partir da trituração de rochas, ossos, sangue de animais, folhas e etc, sopravam, através de um canudo, sobre a mão pousada na parede da caverna, assim obtinha-se uma silhueta da mão, como um filme em negativo.

[pic 1][pic 2]

        

Somente depois de muito tempo os homens pré-históricos começaram a desenhar pintar animais. Segundo o livro história da arte, “as pinturas eram localizadas principalmente em lugares quase inacessíveis das grutas, por isso logicamente os desenhos rupestres tinham outra função além de servir como mera decoração já que poucas pessoas poderiam vê-lo pela dificuldade de acesso.

A explicação mais aceita pelos historiadores e que essa arte fazia parte de um processo de magia, um tipo de ritual feito por caçadores para obter êxito na caça. Para os artistas pré-históricos as representações não eram apenas desenhos, mas sim o animal real, acreditava-se, portanto, que o caçador poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasse ferido mortalmente em um desenho.

Atualmente, essa ideia parece não fazer sentido, pois é de conhecimento geral que uma imagem não tem ligação nenhuma com o ser que a mesma representa, porém para a maioria das pessoas uma imagem pode lembrar e trazer algum sentimento.

"Suponha-se que recortamos do jornal de hoje o retrato do nosso campeão favorito- será que sentiríamos prazer em pegar uma agulha e furar-lhe os olhos? Isso nos deixaria tão indiferentes quanto praticar tais furos em qualquer outra parte do jornal? Suponho que não. Embora eu saiba, bem no íntimo dos meus pensamentos que o que fizer ao retrato não causara a mínima diferença ao meu amigo ou herói, sinto, não obstante, uma vaga relutância em não causar danos a sua imagem." (E.H. GOMBRICH,1950,p.

Para as pessoas da pré-história tudo o que era imaginado por eles realmente eram coisas reais, como se fossem crianças brincando sem saber onde começa e termina a realidade.

Egito

A arte egípcia é de grande importância atualmente, visto que tem forte ligação com a arte do mundo atual. Naquela época haviam diversas formas de artes espalhadas pelo mundo, mas foi a partir de arte egípcia que iniciou-se uma espécie de tradição que influenciou os gregos, romanos e assim sucessivamente até chegarmos aos dias atuais.

A arte egípcia estava profundamente ligada a religião, era exclusivamente dedicada para os mortos, pois os egípcios acreditavam em vida após a morte, por esse motivo era uma arte padronizada, que seguia uma série de regras e não o estilo do artista.

Estes padrões eram vistos principalmente nas pinturas, estas eram rígidas, geometrizadas, e não sugeriam ilusão de realidade. O observador deveria reconhecer claramente que aquilo se tratava de uma representação.

Dentre as regras a serem seguidas na pintura estava a lei da frontalidade, que determinava que uma representação da figura humana deveria ter o tronco e os olhos visto de frente, e a cabeça, as pernas e os pés com movimento, mas vistos de perfil, sendo que os dois pés eram esquerdos, para facilitar a representação. Isso por que a tarefa dos artistas egípcios era representar tudo de maneira mais clara possível, por isso não respeitavam um ângulo na imagem e sim asseguravam que tudo o que tivesse que entrar na imagem se destacaria com perfeita clareza.

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