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Estilo do Fauvismo

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Por:   •  6/12/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.780 Palavras (8 Páginas)  •  754 Visualizações

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FAUVISMO

Três formas de abordagens diferentes enumerei a seguir:

O fauvismo ou fovismo, como pronunciado, foi o nome dado ao estilo artístico francês que ocorreu no fim do século XIX, que buscou explorar a expressividade das cores nas representações. Seus precursores foram os famosos artistas pós-impressionistas Vincent Van Gogh e Paul Gauguin. Ambos nunca pintaram no estilo fauvista, sendo na verdade anteriores, porém o fauvismo foi baseado em suas pinturas e em seu estilo próprio.

Tanto Van Gogh quanto Gauguin usavam cores vibrantes e agressivas em superfícies planas o que imprimia à representação um grande teor dramático. Foi esta característica que foi imitada pelos fauves, artistas do fauvismo. Este nome teve origem nas observações do crítico de arte Lois Vauxcelles, que usou a expressão "Les fauves" para se referir aos artistas. Na realidade Vauxcelles queria usar o nome de modo pejorativo, já que fauves significa "animais selvagens" na língua francesa, porém o termo acabou por nomear o estilo.

O fauvismo, na verdade, foi um período curto, durando de 1898 e 1908. Porém seu estilo ainda permaneceu por algum tempo e revolucionou a arte. Cores fortes e vibrantes em vez das apagadas,formas simples em vez de complexas e linhas vigorosas em vez de sutis.

Tais características foram primeiramente observadas por Henri Matisse que ao lado de pintores neo-impressionistas realizou experimentos com as cores. Estas experiências tinham um objetivo: Matisse e seus companheiros buscavam uma imagem que, a seu ver, fosse mais real que a dos impressionistas, mas Matisse tinha por característica a despreocupação com o realismo, onde as coisas representadas eram menos importantes do que a forma de representá-las.  Por exemplo, “Natureza morta com peixes vermelhos”, pintado em 1911, quando se observa que o importante são as cores puras e estendidas em grandes campos, essenciais para a organização da composição. Finalmente, em 1905, Matisse e Derain, pintaram juntos uma imagem do Sol batendo no Mediterrâneo, usando uma técnica que envolvia pinceladas vigorosas. O resultado ficou deslumbrante. Mais tarde, apresentados a alguns quadros de Gauguin os dois comprovaram suas teorias sobre as cores e, a partir daí criaram o estilo, que na verdade foi considerado como já criado alguns anos antes.

Segundo Henry Matisse, em"Notes d'un Peintre", pretendia-se com o fauvismo "uma arte do equilíbrio, da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou deprimentes".

Ao contrário de outras vanguardas que povoam a cena européia entre fins do século XIX e a 1ª Guerra Mundial, o fauvismo não é uma escola com teorias, manifestos ou programa definido. Para boa parte dos artistas que adere ao novo estilo expressivo - com forte presença na França entre 1905 e 1907 -, o fauvismo representa sobretudo uma fase em suas obras. Falar em vida curta e em organização informal de pintores em torno de questões semelhantes, não significa minimizar as inovações trazidas à luz pelos fauves ('feras'). O grupo, sob a liderança de Henri Matisse (1869-1954), tem como eixo comum a exploração das amplas possibilidades colocadas pela utilização da cor. A liberdade com que usam tons puros, nunca mesclados, manipulando-os arbitrariamente, longe de preocupações com verossimilhança, dá origem a superfícies planas, sem claros-escuros ilusionistas. As pincelas nítidas constroem espaços que são, antes de mais nada, zonas lisas, iluminadas pelos vermelhos, azuis e alaranjados. Como afirma Matisse a respeito de A Dança (1910): "para o céu um belo azul, o mais azul dos azuis, e o mesmo vale para o verde da terra, para o vermelhão vibrante dos corpos".

Os fauvistas fazem sua primeira aparição pública no Salão de Outono, em Paris, 1905. No ano seguinte, no Salão dos Independentes, o crítico Louis Vauxcelles batiza-os de fauves em função da utilização de cores fortes e intensas. O grupo reúne diversos pintores: Albert Marquet (1875-1947), reconhecido como desenhista; André Derain (1880-1954), autor com Matisse de paisagens de Collioure, em 1905; Maurice de Vlaminck (1876-1958), responsável por vibrantes paisagens, construídas, de modo geral, com aplicação de tinta diretamente do tubo sobre a tela; Raoul Dufy (1877-1953), que do impressionismo se converte ao fauvismo por influência de Matisse; Georges Rouault (1871-1958), adepto do novo estilo, embora não faça uso das cores brilhantes em suas prostitutas e palhaços. Gravitam ainda em torno das propostas fauvistas: Georges Braque (1882-1963), Othon Friesz (1879-1949), Henri Charles Manguin (1874-1949), Charles Camoin (1879-1965), Jean Puy (1876-1960), Louis Valtat (1869-1952), Kees van Dongen (1877-1968) etc. Antecipações da nova forma expressiva podem ser encontradas na retrospectiva de Vincent van Gogh (1853-1890), de 1901; nas duas mostras de Paul Gauguin (1848-1903), em 1904 e 1906; nas exposições de arte islâmica e do primitivismo francês (1903 e 1904), e também nas viagens realizadas por Matisse, em 1904 e 1905, quando explora o potencial da cor nas paisagens meridionais, fora do registro descritivo tradicional. O entusiasmo pela arte primitiva, a retomada do neo-impressionismo de Van Gogh e Gauguin e a defesa da arte como expressão de estados psíquicos, de impulsos e paixões individuais - contra o registro impressionista da natureza por meio de sensações visuais imediatas -, aproxima o fauvismo do expressionismo alemão, organizado no mesmo ano de 1905 no Die Brücke ('A ponte').  Se isso é verdade (e o fauvismo francês teve, como sabido, grande impacto no movimento alemão), é possível observar derivas diversas nas duas produções de talhe expressionista. Distantes do acento dramático e das figuras distorcidas, caros aos alemães, os pintores franceses elegem a cor, a luz, os cenários decorativos e a expressão da alegria, ao invés da dor e da angústia. Alegria de Viver, de Matisse, 1906, evidencia traços essenciais da atitude estética fauvista. A cena, quase idílica, tematiza a comunhão dos homens com a natureza e o amor, que a liberdade dos corpos nus, o movimento sinuoso das linhas e as cores límpidas expressam. O lirismo da tela e seu feitio decorativo serão explorados pelo pintor, não apenas nas paisagens, mas também nas cenas interiores que realizou. A arte de Matisse é feita para decorar, indica o crítico italiano G.C. Argan, mas "não os templos, o palácio real e a casa dos senhores, e sim a vida dos homens".

FAUVISMO (1905 A 1908): Movimento das artes plásticas caracterizado pela rejeição da perspectiva linear, pelo uso

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