Fotografia De Paisagem Americana
Trabalho Escolar: Fotografia De Paisagem Americana. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: terror • 19/8/2014 • 1.112 Palavras (5 Páginas) • 269 Visualizações
AT-318 A – Tópicos Especiais: “Arte e Crítica Ambiental”
Prof. Cláudia Valladão de Mattos
Aluno: Leandro Landgraf RA: 970997
Fotografia de paisagem americana
O trabalho dos primeiros fotógrafos de paisagem começou na metade da década de 1850, através de pequenas empresas publicadoras, que se dedicavam à produção e venda de guias impressos de viagem, arquitetura e paisagens. No início, as sociedades fotográficas eram dominadas por aristocratas e artistas, porém com o tempo fotógrafos profissionais passaram a exercer maior influência na tecnologia e nos resultados esperados das fotografias. Uma mudança maior exercida por esses profissionais foi a valorização de fotografias com maior rigor técnico, bem nítidas em todos os planos, ao contrário de fotografias mais pictóricas valorizadas anteriormente, e também a utilização de impressões que passassem uma maior sensação de algo feito em produção em massa, algo industrial. Nesse ponto, a pinturas e demais artes gráficas eram consideradas como representativas da imaginação e do ideal, enquanto a fotografia era atuante no reino do fatual e do material. Pela metade da década de 1860 a fotografia passou a ser parte integrante da cultura popular, caracterizada como um meio utilitário, de utilidade primária como documentação.
Particularmente interessadas nessa nova mídia eram as companhias ferroviárias que queriam propagandear as maravilhas cênicas de suas rotas para os moradores urbanos. Muitos dos fotógrafos de paisagens mais conhecidos da época após a Guerra Civil, incluindo Carleton Watkins, Eadweard Muybridge, William Henry Jackson, Frank Haynes e Charles Savage, trabalharam diretamente para as companhias ferroviárias como empregados assalariados ou por contratos.
Em uma escala industrializada nunca antes vista, as paisagens foram mercantilizadas, embaladas e vendidas ao público de maneira massificada, e seu consumo tornou-se um sinal de lazer e status, indicando a habilidade de tirar uma folga do trabalho, escola e escritório, os recursos utilizados para pagar por passagens e acomodações, e o gosto e cultivo das atividades de apreciar os prazeres espirituais que a natureza proporciona. A importância da vastidão selvagem ocidental como um local focal para o sentimento dos brancos de classe média americana ao redor dos ideais nacionalistas e etnocêntricos não pode ser negligenciado em qualquer discussão com relação ao desenvolvimento da fotografia com preocupações ambientais.
Para os fotógrafos, a fotografia era compreendida como um trabalho mental do tipo mais elevado. O ato físico de fotografar era visto como um ato de revelação espiritual e pessoal, no qual as escolhas de colocação da câmera, lentes, filtros, formato e emulsão fílmica e papel de impressão eram intuitivas e subjetivas (apesar de baseados em anos de experiência com os dispositivos, instrumentos e materiais).
É dessa época a fotografia Section of the Grizzly Giant – 33 Feet Diameter do fotógrafo Carleton Watkins, que produziu negativos enormes, com um rigor técnico sem precedentes e de maneira impecável. Seus primeiros sucessos foram as fotografias feitas em 1861 do Parque Yosemite, que garantiram a ele uma grande reputação internacional e definiram o padrão de fotografias de paisagem comerciais. Mesmo após a virada do século suas fotografias continuaram bem conhecidas, e seus procedimentos eram copiados por quase todos grandes fotógrafos de paisagem, até e incluindo um dos mais famosos de todos os tempos, Ansel Adams.
As fotografias de Watkins enfatizavam a facilidade de acesso e a grandeza do vale do Yosemite, utilizando as convenções tradicionais de representações de paisagens, o que se torna claro quando as fotografias são comparadas com pinturas de artistas contemporâneos.
Além de publicar trabalhos próprios, Watkins também trabalhou de maneira comissionada para empresas de mineração, madeireiras e ferroviárias. As fotografias feitas para mineradoras e de ferrovias buscam mostrar uma harmonia visual entre a paisagem natural e os símbolos de progresso representados pela industrialização do próprio território. As fotografias de mineração geralmente enfatizam uma espécie de ordem e organização em algo que hoje seria visto como uma brutalização do ambiente, e as fotografias de ferrovias harmonizam a paisagem com o progresso industrial através do equilíbrio e balanço da composição.
A escolha por utilizar trabalhos de Watkins para investigar mudanças de atitudes com relação à natureza selvagem americana é óbvia. Bastante elogiado pela beleza de suas composições quase modernistas, ele foi recentemente
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