Literatura Norte Americana

Para se fazer uma análise, tanto do processo de formação da literatura norteamericana como da literatura colonial brasileira, é necessário recorrer ao modo como se deram as diferentes colonizações nesses dois países e que refletiram não só na literatura, mas também na formação das características dos seus povos e na construção de suas histórias.

A formação da literatura norte-americana acompanhou o processo de formação

de uma Nação que os colonizadores ingleses, que lá chegaram, buscavam.

Apesar de no início não se ter uma literatura de qualidade nos E.U.A., fato que predominou durante os períodos Colonial (basicamente

com os sermões puritanos e documentos de viagem) e Neoclássico (que embora

revolucionário, ficou ainda à sombra de Shakespeare), e que se alteraria somente no

Romantismo, existia uma certa liberdade representada pela permissão de imprensa e a

circulação de jornais.

Em suma, a grande diferença entre a formação das literaturas no Brasil e nos

E.U.A. é que no primeiro existia um espírito de colônia, marcado pela exploração e, no

segundo, um espírito de nação, marcado pela busca de liberdade.

A busca de liberdade do povo norte-americano culminou com a Declaração de

Independência, e para qualquer povo, normalmente a independência de uma

colônia é infinitamente importante, pois é nela, ou a partir dela, que se cria uma

“identidade nacional”, fato que não acontece quando a metrópole impõe a sua cultura.

A literatura autêntica de uma nação começa sempre com a idéia de

independência e os sentimentos de igualdade, liberdade e fraternidade.

O período Neoclássico da literatura norte-americana, iniciado com a

independência, traz à cena o conflito Ciência x Fé, onde a razão entra em

choque com os dogmas, e o homem passa a discutir a sua importância no mundo.

Assim como no período colonial, não existe uma grande produção literária no neoclassicismo, que apesar de considerado revolucionário, é marcado pela efetivação da liberdade e pela preocupação do povo em construir uma nação.

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