História
Por: Mickely Queiroz • 1/5/2015 • Seminário • 413 Palavras (2 Páginas) • 194 Visualizações
Eu suava em desespero. Eu estava agachado em um dos corredores da casa e ouvia de novo o gemido da coisa. O corredor a minha frente ainda era longo, porém, já mal iluminado.
Eu olhei pra cima tentando aliviar a tontura. O que eu vi foi pior que já estava sentindo. Haviam corpos pendurados enforcados no teto com sorrisos costurados nos rostos e sem olhos com somente buracos que davam ao crânio. Eu gritei já me levantando. Os gemidos atrás de mim pararam e bolinhas pequenas apareceram girando na minha frente. Nela vi que na verdade eram os olhos, olhos petrificados.
Sem esperar para agradecer o presente, eu saí correndo para o fim do corredor. Eu sentia que estava voando em desespero. As risadas atrás de mim ecoavam pelo resto dos cômodos. Eu virei para outro corredor. Esse era bem estreito e estava muito escuro. A única luz que tinha era leve no fim. Eu comecei a andar me arrastando entre as paredes, meu pé estava ficando encharcado por algo que eu não sabia o que era e conforme me arrastava sentia o cheiro de peixe podre me perseguindo, e a voz da mulher cada vez mais perto cantarolando e dando risadas. Cheguei ao fim deste corredor e me deparei com outro de pelo menos 10 metros de comprimento e 6 metros de largura, e a cada 2 metros haviam portas de ambos os lados, e algo ou alguém batiam nessas portas pelo lado de dentro. Eu andei apressado entre elas até notar que, na verdade, eram mãos ensanguentadas batendo na janela de vidro. E nesse exato momento algo veio rolando na minha direção. Uma cabeça de um homem. “CARAMBA! NUNCA ACABA!”- pensei.
Segui meu olhar devagar na direção em que aquilo veio até mim, e uma sombra escura, encolhida estava encostada ajoelhada ao lado de um armário muito velho encostado na parede. Quando ele levantou a cabeça na minha direção a luminosidade tomou seu rosto. Ele tinha poucos cabelos desgrenhados e brancos. Seu rosto era de um homem muito velho e inofensivo. Porém, quando olhei para boca dele haviam dezenas de dentes ensanguentados.
“ Vamos brincar? “
Saí em disparada gritando e ouvindo as batidas bem mais fortes nas portas e o berro dele atrás de mim, mas nada me perseguiu. Achei outro corredor que percebi ter uma luminosidade mais natural. Eu corri pra lá, achei uma saída finalmente., fui direto para a floresta sendo acompanhado pelos barulhos e desesperos da casa.
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