História do Design
Por: Erick Freitas • 12/4/2015 • Seminário • 1.657 Palavras (7 Páginas) • 190 Visualizações
HISTÓRIA
Toda versão histórica é uma construção e, portanto, nenhuma delas é definitiva. A história não é tanto um conjunto de fatos, mas um processo contínuo de interpretar e repensar velhos e novos relatos, constatação esta que leva a uma indagação de fundamental importância para a história do design: repensar o passado para que?
... toda nova interpretação do passado implica em uma necessidade de repensar também o presente.
HISTORICISMO
O bom historiador sempre se esforça ao máximo para interpretar as informações a partir do contexto em que foram geradas, ou seja, para situar o material em termos históricos. Senão, corre-se o perigo de entender sempre o passado apenas pelo crivo dos resultados mais óbvios, atropelando não somente as consequências sutis como também aquelas alternativas que, por uma razão ou outra, não conseguiram vingar.
HISTÓRIA DO DESIGN
A história do design deve ter como prioridade não a transmissão de dogmas que restrinjam a atuação do designer, mas a abertura de novas possibilidades que ampliem os seus horizontes, sugerindo a partir do passado formas criativas e conscientes de se proceder no presente.
O CONTEXTO SÓCIO-ECONÔMICO CULTURAL DO SÉCULO XX
O industrialismo trouxe no seu bojo uma série de problemas e desafios que foram se avultando desde cedo.
(...)
Não há como duvidar que a industrialização era percebida por muitos como uma ameaça ao bem estar comum e aos valores mais elevados da sociedade, e foi justamente no entrecruzamento das críticas sócias e morais ao industrialismo que nasceram as primeiras propostas de fazer uso do design como agente de transformação.
OS REFORMISTAS DO SÉCULO XIX
Inglaterra, década de 1830: A. W. N. Pugin.
... retorno aos “princípios verdadeiros” de pureza e honestidade na arquitetura e no design, dentre os quais ele destaca duas regras básicas: a primeira, que a construção se limitasse aos elementos estritamente necessários para a comodidade e a estrutura; e, a segunda, que o ornamento se ativesse ao enriquecimento dos elementos construtivos.
Inglaterra, décadas de 1850-1860: Owen Jones (arquiteto), Richard Redgrave (pintor) e Henry Cole (burocrata).
Preocupados com o que consideravam o mau gosto vigente, o grupo empreendeu uma série de iniciativas para educar o público consumidor, dentre as quais a publicação de uma das primeiras revistas de design, o Journal of Design and Manufactures...
Inglaterra, décadas de 1850-1860: Jonh Ruskin (educador).
Nem todos os reformadores concordavam com ideia de ditar os preceitos do design como solução para as mazelas da sociedade industrial.
... o crítico e educador inglês Jonh Ruskin apontava o modo de organização do trabalho como o principal fator responsável pelas deficiências projetuais e estilísticas que, também na sua opinião, marcavam a arte, a arquitetura e o design moderno.
Inglaterra, a partir da década de 1860: William Morris (designer e escritor).
Excetuando-se algumas poucas edições e editoras, o livro de meados para o final do século revelava um descuido geral que era nitidamente o resultado da desqualificação da mão-de-obra e deficiência dos materiais empregados para produzi-lo.
Empenhado em recuperar os padrões mais elevados em todos os aspectos da produção, Morris entregou-se ao trabalho de projetar fontes, páginas e volumes e de pesquisar papéis tintas e tipos.
Inglaterra, a partir da década de 1880: Arts and Crafts.
Do outro lado do Atlântico, desenvolveram-se diversas ramificações norte-americanas do movimento Arts and Crafts, suscitando não somente cópias do estilo britânico, mas também interpretações inovadoras dos princípios de Ruskin e Morris nos trabalhos de Frank Lloyd Wright, um dos principais responsáveis pela implantação da arquitetura moderna nos Estados Unidos, e também nos do designer de livros Bruce Rogers.
CONSUMO E ESPETÁCULO
Nas grandes capitais da Europa, a segunda metade do século 19 foi marcada por uma verdadeira explosão do consumo, principalmente com o surgimento das primeiras lojas de departamentos na década de 1860. Inspiradas diretamente nas grandes exposições universais da época, com sua abundância de mercadorias novas e exóticas, lojas de departamentos, como a Bon Marché em Paris ou a Macy’s em Nova York, transformaram as compras em uma atividade de lazer, e não mais apenas em uma rotina a ser cumprida.
O ADVENTO DA PRODUÇÃO DE MASSA
Geralmente, quando se fala em Ford, as pessoas costumam pensar apenas na introdução da linha de montagem. (...) mas cabe ressaltar que [ela] foi apenas a parte mais visível de todo um complicado processo de transformações produtivas. ...as transformações realmente revolucionárias efetuadas pelo sistema fordista ocorreram mesmo nos campos trabalhistas, gerencial e mercadológico.
Mais que qualquer indivíduo, Ford foi responsável pela propagação de um modelo socioeconômico em que a produção em massa estimula o consumo em massa, o qual se torna, por sua vez, a força para a restruturação e expansão contínua de toda sociedade.
... o termo fordismo se refere não somente a um sistema de fabricação, mas também a todo um modelo de gerenciamento do trabalho, da indústria e, em última instância, do consumo e da própria sociedade. Quando empregamos o termo capitalismo, no senso comum da palavra, para falar do modelo socioeconômico vigente nos Estados Unidos durante a maior parte do século 20, na verdade é ao fordismo que nos referimos.
Para Ford, esse aumento salarial dramático tinha uma vantagem tripla: primeiramente, segurava os melhores operários e minava a influência crescente dos sindicatos; em segundo lugar, atraía a atenção da imprensa e do público, divulgando o poder e a prosperidade da empresa; e, por último, colocava dinheiro adicional no bolso de operários que se tornariam, por sua vez, consumidores dos automóveis da própria empresa.
ART DÉCO
Art Déco foi um movimento popular internacional de design que durou de 1925 até 1939, afetando as artes decorativas, a arquitetura, design de interiores e desenho industrial, assim como as artes visuais, a moda, a pintura, as artes gráficas e cinema. Este movimento foi, de certa forma, uma mistura de vários estilos (ecletismo) e movimentos do início do século XX, incluindo Construtivismo, Cubismo, Modernismo, Bauhaus, Art Nouveau e Futurismo.
CONSTRUTIVISMO
A Revolução Russa precisava de um tipo de arte menos espiritual do que o Suprematismo para ajudar a alcançar os seus objetivos, foi desenvolvida uma tendência conhecida por Construtivismo. Ela aplicava aspectos do dinamismo despojado do suprematismo ao contexto mais amplo da arte gráfica, do design teatral e industrial e da arquitetura.
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