Música do cantor e compositor Gonzaginha
Seminário: Música do cantor e compositor Gonzaginha. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rodrigues1606 • 10/6/2014 • Seminário • 1.237 Palavras (5 Páginas) • 239 Visualizações
A música do cantor e compositor Gonzaguinha O que é o que é contém várias frases as quais apresentam, entre outros temas, o aspecto filosófico enquanto uma estética de si. O autor diz que “... somos nós que fazemos a vida...”. Podemos pensar que tanto no sentido particular como no sentido geral somos nós que, dotados de razão e liberdade, fazemos as nossas escolhas e construímos os nossos valores e estilo de vida tanto como indivíduo quanto como grupo. Entretanto para criarmos nossos próprios valores, é preciso que sejamos independentes do grupo de modo a construir a nossa própria vida, sem que sejamos dominados pelos pensamentos e imposição de valores dos outros, e assim, vivamos de maneira criativa e crítica. Mais adiante o compositor diz “... viver e não ter a vergonha de ser feliz...”. Se somos nós que fazemos a vida de forma criativa e através da crítica e auto-crítica, nós somos capazes de construir conceitos e valores próprios sobre a vida e viver segundo um estilo próprio de acordo com o que pensamos. Através da beleza e do bem que admiramos e contemplamos, podemos enfeitar de beleza e encher de bondade a nossa própria vida, na medida em que somos capazes de agir segundo o que pensamos e escolhemos fazer.
Assim, viver, para os seres humanos, e buscar a felicidade são duas coisas que estão intrinsecamente ligadas. A felicidade, como um misto de bem e beleza que se exterioriza em alegria, é buscada por vários meios e não deixamos de buscá-la, porque além do instinto que temos de buscar a sobrevivência, ainda tem algo em nós que nos faz ir a busca de uma maneira de viver melhor e ser feliz. O desenvolvimento tanto intelectual quanto moral e a alegria de viver também não estão separados, a realização deste objetivo é que nos faz realizar a nossa essência e sermos felizes.
Mas o que é a vida? O que é a felicidade? Seria, a primeira, uma simples seqüência de nascimento, desenvolvimento e morte? A morte é o fim da vida ou é mais um acontecimento nela? E a felicidade, é algo a ser buscado ou é algo que se realiza nos pequenos prazeres diários? São perguntas que ficam sem respostas ou que são respondidas de tantas maneiras quanto queiramos construir nosso próprio modo de viver. Nietzsche aproximando a ética da estética criou uma reflexão sobre a moral que ia contra o pensamento dominante. Ele defendeu que “a moral é imposta por aqueles que possuem o poder de afirmação do bem e do mal”[1], portanto, segundo esse filósofo, os fracos são obrigados a aceitar o que os fortes acreditam que é o bem. Os fracos seriam aqueles que constituem uma consciência de rebanho, que são incapazes de criar e passam pela vida como se essa fosse um carma, como se esse fosse o seu destino e não têm o poder de mudá-lo, esperando como redenção do sofrimento, como libertação, a morte. Já os fortes seriam aqueles que têm o poder de criar o seu próprio estilo de vida, que são capazes de buscar o seu próprio bem no ato criativo, no uso de sua liberdade.
E então, a vida, ela é alegria ou lamento? Conforme o pensamento nietzscheano, a vida é alegria para aqueles que, no uso de sua liberdade, têm o poder de criar um estilo característico segundo valores próprios e viver de acordo com o que pensam ser o bem, de maneira a não cair na consciência de rebanho. A vida é lamento para estas pessoas que imersas em um grupo não conseguem tornar-se independentes dele, tornam-se máquinas que seguem um determinismo não-criativo, sofrendo com o que a vida não lhes presenteou e esperando pela morte que é vista como libertação. Por isso, somos nós que fazemos a vida, somos nós que, como seres humanos dotados de livre-arbítrio, escolhemos se permanecemos inativos sendo guiados ou influenciados por aqueles chamados fortes no uso de uma liberdade mínima de indiferença[2], ou escolhemos criar uma forma própria para a vida, construindo os próprios valores e projetando-nos em direção ao futuro com autonomia.
A vida é sempre desejada por mais que esteja errada. Todos querem a sobrevivência, seja criando seu próprio modo de viver e sendo livre no sentido mais amplo do termo, seja sendo guiado por um pensamento dominante e usando uma insignificante liberdade de indiferença e não de ação. Todos querem a felicidade, ou criando o seu próprio estilo de vida, ou sendo guiado pelo desejo de uma felicidade pós-morte, como redenção
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