O Mundo estiver unido na busca do conhecimento
Por: Jailson Pinheiro • 20/11/2017 • Ensaio • 1.193 Palavras (5 Páginas) • 514 Visualizações
"E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui"
Retirado da Bíblia Sagrada “Lucas 12: 1”.
Os homens estão medindo uns aos outros pelo que tem, não pelo que são. Ao invés da frase "penso, logo existo", é "tenho, logo existo". Há uma inversão de valores em nossa sociedade; mas, muitas das vezes, tem chegado esse pensamento, e é cada vez mais comum em meio a sociedade. A mídia (jornais, televisão, sites) acaba nos “bombardeando” com falsas ideias de conforto através de coisas supérfluas, por exemplo: ter uma roupa que está na moda, um relógio de uma marca “x”, um celular de última geração, se você pedir para que uma jovem escolha entre duas marcas de sapato, ela ficará com a marca que viu nos meios de comunicação, mesmo que o preço seja 5x mais alto que o outro. Jesus Cristo nos ensina que nós não devemos nos corromper com essa sociedade, pois seus princípios estão sendo perdidos, Ele nos ensina que a verdadeira felicidade está nas coisas simples da vida, como por exemplo: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. E é nessas coisas, nessas pequenas coisas que devemos realmente nos atentar.
"Mas buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas" Retirado da Bíblia Sagrada “Matheus 6: 33”.
Será que Deus não quer que possuamos coisas boas? O autor dos autores nos deixa mais um conselho nesse versículo, pois Ele nos explica que devemos colocar Deus em nossos planos, mas não como personagem secundário e sim como primário, pois Ele nos explica que primeiro devemos buscar a Ele e sua justiça, mas por que? Porque quando procuramos a justiça de Deus, Ele nos concede a oportunidade de “rebuscar” valores que estão cada vez mais escondidos em meio a nossa sociedade, quando aprendemos sobre esses valores e colocamos em prática, nós somos “transformados”, então aprendemos que não teremos tudo quando desejarmos, mas sim, tudo quanto precisarmos.
Na casa do sábio, há comida e azeite armazenados, mas o tolo devora tudo o que pode.
Retirado da Bíblia Sagrada “Provérbios 21: 20”.
Nessa passagem nos deparamos com um exemplo onde temos dois personagens. Um homem economista e um homem consumista. O Ponto chave desse exemplo é que o homem sábio “economista” por saber guardar seus bens, tem sempre comida em seu armazém, porém, em contrapartida, o homem tolo “consumista” sempre gasta “devora” tudo quanto tem. O que aprendemos com isso? Aprendemos que não devemos ser consumistas para que não venhamos a ficar sem nada. Devemos aprender a economizar, ter uma educação financeira. Os tolos abusam ou negligenciam o que é de sua propriedade.
Segundo Ana Silva autora do livro Mentes Consumistas (p. 12, 2014)
A cultura consumista e individualista está tão profundamente enraizada em nosso comportamento diário que, na maioria das vezes, não percebemos o quanto vivemos sob a ditadura do ter. Em nossa linguagem habitual, encontramos frases que demonstram claramente a “virulência” do consumo: “Qual é o seu preço?”, “Dinheiro compra tudo”, “O que o dinheiro não compra, ele manda buscar”.
Expressões desse tipo criam a ilusão de que, em nossa sociedade, tudo pode ser materializado e transformado em um produto a ser consumido. Felizmente, existem coisas que jamais poderão ser adquiridas, pois dependem da subjetividade e da personalidade de cada um – inteligência, sabedoria, autoestima, talento pessoal, respeito e amor realmente não têm preço. ´´Meus bens mais valiosos são aqueles que dinheiro nenhum do mundo pode comprar. `` Em uma passagem um tanto longa, mas que vale a pena ser refletida, Ana Silva (p. 24, 2014), assim se refere ao consumismo:
Consumir é preciso para viver, mas viver para consumir pode ser uma das maneiras mais eficazes de transformar a vida em uma morte existencial. E quando isso acontece, deixamos de viver em um porto seguro de paz e necessidades satisfeitas para nos lançarmos em um mar revolto, em que ondas de dívidas, remorsos e desesperos passam a tomar de assalto nossas vivências mais básicas. Sem o conhecimento sobre as diversas facetas do comprar e do nosso comportamento mental frente a todos esses fatores, somos presas muito frágeis de um sistema econômico que se alimenta vorazmente do consumismo.
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