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Mundo Unido - Movimento Dos Focolares

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Por:   •  3/6/2014  •  922 Palavras (4 Páginas)  •  324 Visualizações

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“Paleur, Roma 29 de Março 1985.

Caríssimos jovens, será que somos tão distraídos pelos acontecimentos em que estamos mergulhados dia após dia, que não conseguimos ver que a nossa época é marcada por tensões, guerras e guerrilhas, inclusive pelo perigo de uma deflagração nuclear; pela falta de unidade de todos os tipos; por fenômenos de terrorismo, por raptos; pelos mais vários males causados exatamente pela falta de amor e de concórdia entre os homens, ao ponto de não ver que falar hoje de unidade é quase uma utopia?

Sim, queridos jovens, se estes fatos que indiquei fossem os únicos que caracterizassem este período, o nosso Ideal de unidade não passaria de um sonho e encontrarmo-nos reunidos para refletir sobre os caminhos que conduzem à unidade do mundo seria uma verdadeira loucura.

Mas, graças à Deus, não é só isto que o caracteriza a nossa época; há outros aspectos que podem ser submetidos à nossa observação atenta.

Há – tenham certeza – motivos profundos para acreditar hoje num Ideal tão alto como o vosso. Há, primeiro de tudo, um motivo que, sobretudo nós cristãos não podemos esquecer: o mundo tende certamente para a unidade, é o seu destino, ou melhor, é o desígnio de Deus sobre ele. E não só sobre o nosso planeta, mas sobre todo o cosmo.

(...) Quero também afirmar desde já que o mundo, por tender para a unidade, tende para a paz universal.

A paz e a unidade, com efeito, escorrem paralelamente na realidade cristã; são duas faces de um mesmo acontecimento. Onde há a unidade, ali reina a paz.

A atmosfera que paira em todo o Evangelho, - a obra literária que melhor do que qualquer outra saliente a paz e recusa a violência (...) – esta atmosfera de paz não é senão o clima de unidade que subsiste em todas as declarações evangélicas e brota, como um jorro divino que parte da terra para o céu, quando Jesus antes de morrer invoca o Pai “para que todos sejam uma coisa só”.

O mundo tende para a unidade e para a paz porque foi criado por Deus unido. Una era toda a criação no seu início.

Depois o homem quebrou esta unidade e eis o drama da divisão: a separação da humanidade de Deus e a divisão da humanidade em si mesma. O homem foi contra Deus e, de consequência os outros homens, exilando a paz com terríveis consequências para o cosmo.

Mas – como sabem – Deus não abandonou a sua criatura ao próprio destino. Formou de modo particular um povo como seu intermediário para que a fé fosse mantida, não obstante os inumeráveis erros causados pela falta de unidade. E desde povo, do povo hebraico, nasceu Jesus, cujo ideal era o nosso, porque o nosso é o Seu: voltar a paz ao mundo atormentado mediante a unidade, restaurando toda a ordem destruída.

E Jesus trouxe à terra a unidade. Não podia deixar de trazê-la; Ele saíra de Deus, que é uno, e deveria voltar a Ele tendo-se feito completamente um com os homens, afora seus irmãos, e com todo o cosmo.

Com a sua morte e com sua ressureição, toda a divisão foi cicatrizada. Nele, morto e ressuscitado, o homem novo e o mundo novo já são uma realidade.

Porém, para que todos possam participar desta realidade e o cosmo conosco, é preciso aceitar o patrimônio de unidade e de paz que Cristo conquistou.

Pois bem, quem acredita

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