O NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO
Por: Samuel Barros • 27/1/2021 • Trabalho acadêmico • 1.772 Palavras (8 Páginas) • 153 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BALSAS - CESBA
UEMANET – NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA
ATIVIDADE – FICHAMENTO DO CAPÍTULO 10 DO LIVRO DE LUIGI PAREYSON: “OS PROBLEMAS DA ESTÉTICA”
Polo Balsas-Ma
2020
SAMUEL BARROS DA COSTA
ATIVIDADE – FICHAMENTO DO CAPÍTULO 10 DO LIVRO DE LUIGI PAREYSON: “OS PROBLEMAS DA ESTÉTICA”
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Polo Balsas-Ma
2020
PAREYSON, Luigi. Tradução: GARCEZ, Maria Helena Nery. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
Os problemas da estética: leitura da obra de arte – capítulo dez. (pp. 201-242).
- Fruição e contemplação da obra de arte
“( ) A leitura para chamar assim o acesso as obras de arte, e não apenas àquela da palavra – é, sem dúvida, um ato bastante complexo.” (p. 201)
“( ) Certamente a concepção crociana teve o grande mérito de recordar que ler uma obra de arte significa, em primeiro lugar, “deixá-la ser” com um “indiscreto cantar por conta própria.” (p. 202).
“( ) De outra parte, a concepção gentiliana ultimamente recorda que cada nova leitura é uma nova interpretação, e que são milhares as interpretações de uma mesma obra, sempre novas e diversas, de acordo com a diversa a personalidade dos leitores.” (p. 203).
“( ) Feliz no recorda que toda operação humana, até a mais receptiva, tem sempre um caráter ativo, esta concepção acaba por exagerar a criatividade numa absoluta criatividade, esquecendo que é difícil pensar numa receptividade mais ativa do que a leitura de uma obra de arte.” (p. 203).
“( ) Quem numa obra de arte, se detém a degustar o estilo, o aspecto sensível, os valores formais por eles mesmos, ou nela isola o valor e o desígnio artístico de todos os outros, deixa escapar sua realidade viva não menos do que aquele que na obra, pelo contrário, faz caso dos outros valores e das outras funções, sem ter em conta a sua confluência numa validez artística ou a sua emersão de uma realidade da obra.” (p. 204).
“( ) Em primeiro lugar, é preciso ter presente o princípio da coincidência de espiritualidade e fisicalidade, na obra de arte, com base no qual não há nada de físico que não seja significado espiritual nem nada de espiritual que não seja presença física.” (p. 204).
“( ) Em segundo lugar, é preciso esquecer o princípio da mútua implicação da especificação e da funcionalidade da arte, com base na qual na arte não há valores de arte que impliquem outros valores nem os outros valores estão presente de outro modo, senão contribuindo para o valor artístico.” (p. 205).
“( ) Certamente, a contemplação é um estado de quietude e calma, em que se fixa a mirada para olhar o objeto fora da inquietação e do tumulto da busca, e certamente, a contemplação é um estado de extrema receptividade.” (p. 206).
2. Os problemas de execução da obra de arte: a execução e as várias formas.
“( ) Mas o quanto são ativas a leitura e a contemplação da obra de arte aparece sobretudo no fato de que ler significa executar, e executar significa fazer com que a obra viva de sua própria vida, torna-la presente na plenitude da sua realidade sensível e espiritual.” (p. 208).
“( ) Tanto na música, como no teatro a “realização” da obra está indivisivelmente ligada com a decifração de uma forma escrita simbólica, como é a partitura e a do guião, e com a obra de mediação que o intérprete desenvolve entre a obra e o público, mas não se identifica com estas duas últimas operações.” (p. 209).
“( ) Em primeiro lugar, se executar, de fato, significa decifrar uma escrita simbólica e convencional, então assume uma importância decisiva a distinção entre as artes que se podem confiar a tal escrita e aquelas que estão inteiramente presentes nos sinais físicos.” (p. 209).
“( ) Em segundo lugar, se executar significa apresentar uma obra ao público, salta para o primeiro plano a distinção entre as artes que geralmente obtêm a sua existência e realidade artística, somente do decurso de uma mediação entre o público e a obra.” (p. 210).
“( ) Ler uma obra de arte, não significa sonorizá-la, como pode parecer a quem reduz a execução a decifração de uma escrita convencional, confiada a uma página que, de por si, não tem nada de nada de artístico.” (p. 211).
“( ) Eis, antes de tudo, a poesia, que numa sociedade analfabeta exige o mediador e, numa sociedade culta, o deseja, como atestam os diversos casos de rapsodos e dos cantadores populares, dos jograis e dos modernos dizedores ou declamadores.” (p. 212).
“( ) É preciso não esquecer que em todas as artes a intervenção do mediador não é indispensável: tanto é verdade que, em algumas artes, vai desaparecendo, como na poesia.” (p. 213.).
“( ) Com efeito, por um lado o mediador, longe de substituir a própria execução àquela do público, antes pretende facilitá-la, sugeri-la, regulá-la, e por outro lado, o espectador e o ouvinte, para julgarem acerca da execução do mediador, não tem outro critério a não ser sua própria execução, que, para eles, coincide com a mesma obra.” (p. 214).
3 As relações entre obra e execução
“( ) A obra de arte é vida, vida que é criada em vez de ainda viver: a execução pretende justamente fazê-la viver desta vida, que é dela e somente dela.” (p. 217).
“( ) Executar uma obra de arte, portanto, não significa acrescentar-lhe alguma coisa de estranho, nem expô-la a inevitáveis falseamentos ou disfarces: pelo contrário, significa precisamente “fazê-la ser” naquela que e a sua realidade e na vida da qual ela precisa ser.” (p. 217).
4. Os problemas da interpretação
“( ) A primeira coisa que salta à vista no fenômeno da interpretação é a sua infinidade: a interpretação é infinita quanto ao seu número e ao seu processo.” (p. 218).
“( ) De fato, a interpretação é o encontro de uma pessoa com uma forma: e se pensarmos que tanto a pessoa quanto à forma não são realidade simples, mas sim um infinito encerrado de algo definido, teremos a pronta ideia do quanto é positiva a infinidade da interpretação.” (p. 226).
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