O Tomie Ohtake
Por: Yohama Araujo • 9/9/2018 • Projeto de pesquisa • 1.966 Palavras (8 Páginas) • 263 Visualizações
Introdução
Tomie Ohtake foi uma grande e renomada pintora e escultora abstracionista de sua época, trabalhava e dominava diferentes técnicas de pintura, conseguia expressar sua arte através de diferentes objetos, diferentes cores e de diversas maneiras. Através disso, obteve um Instituto super vangloriado e apreciado por muitos artistas, entendedores e contempladores da arte.
Biografia
Tomie Ohtake, nasceu em 1913 no Japão e faleceu no Brasil em 2015, foi uma pintora, gravadora e escritora japonesa naturalizada brasileira. Foi uma das mais importantes representantes abstracionistas. Desde cedo se interessou pela pintura, em 1936 veio para o Brasil, mais especificamente São Paulo.
Por volta de 40 anos incentivada pelo artista contemporâneo Keiya Sugano, tomou coragem para ser pintora. Ao iniciar-se em 1952 criava figurações prosaicas. A seguir abraçou o abstracionismo. Mas logo se diferenciou dos modismos ao seu redor, tomando um rumo pessoal que costuma ser definido como abstração informal. A partir dos anos 70, passou a trabalhar com serigrafia, litogravura e gravura em metal.
Nos anos 80 Tomie Ohtake passou a utilizar uma gama cromática mais intensa e contrastante o rigor de suas composições e a maestria no uso das cores te rendeu o respeito dos estudiosos. Sempre foi uma pintora e escultura popular e suas obras se tornarão familiares nas paisagens brasileiras.
A obra de Tomie Ohtake se destaca tanto pela pintura, como pela gravura e também a escultura. Entre diversas obras, criou painéis para o metrô de São Paulo e plantou numa avenida da cidade uma escultura em formas de ondas.
Tomie Ohtake participou de diversas mostrar nacionais e internacionais, participou em mais de 20 bienais e recebeu diversos prêmios, entre eles, o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura- MINC. Em 1915 e o Prêmio Panorama da Pintura Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Em 2000 foi fundado em São Paulo o instituto Tomie Ohtake criado por Ruy e gerido por Ricardo, seus dois filhos arquitetos. O instituto é um centro artístico localizado na capital paulista. Durante a comemoração de seus 97 anos, o instituto realizou uma exposição com 25 pinturas de grandes dimensões produzidas pela pintura em 2010.
Em 2013 na comemoração de 100 anos, foram realizadas 17 exposições pelo Brasil. Em 2014, a cineasta Tizuka Yamasaki lançou um documentário sobre o universo da artista. A pintora foi uma ponte entre o Japão de ontem e a arte nacional de hoje
Conceito das Obras
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O painel em tapeçaria localizado no auditório Simón Bolívar do Memorial da América Latina, é uma obra que Tomie descreve como: ‘’O grande mural, um desenho com muitas linhas que se compõem numa grande forma, atravessando como num só gesto todo comprimento do auditório.’’
Observação: O fogo destruiu 90% do auditório projetado pelo arquiteto Oscar Niemayer, incluindo a tapeçaria de 840m² da artista plástica Tomie Ohtake. Tudo foi recuperado e refeito, a um custo de R$ 42 milhões.
Entendimento: O uso das cores nos causou grande impacto, pois lembra a tonalidade da fênix, uma ave mística que renasce do fogo, assim como a obra que foi queimada foi reconstruída pela própria artista e mais 15 ajudantes.
Curvas
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Está obra representa as linhas curvas ou concêntricas, que se expandem sobrepõem-se circundando formas que lembram ondas cósmicas ou irradiações que se propagam no espaço, remetendo também a pulsares de quasar, ondas eletromagnéticas ou eletromagnéticas e emissões de raios gama da via láctea. Está localizada no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo.
Entendimento: Para nós a obra mostra o uso de curvas de forma espelhada mostrando o reflexo, formas geométricas, uma palheta de cores monocromáticas e contrastes para conferir às pinturas com um aspecto natural e até mesmo sensual.
As Quatro Estações
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Tomie Ohtake criou a obra ‘’Quatro Estações’’, que representa as quatro estações do ano, para a Estação Consolação no Metrô.
As cores introduzidas por Tomie têm significados sutis: O verde evocando a primavera, remetendo a movimento em que a natureza renasce em seu esplendor, o amarelo vem retratar o poder do sol no vigor do verão, a luminosidade resplandece forte e plena convertida em energia, o azul, simboliza o outono, a estação rica e suave que revela expectativa de recolhimento e reflexão e o inverno, é representado pelo vermelho num instante de contraponto.
Entendimento: São obras complementares, caracterizadas por cores marcantes que fazem parte de sua características como pintora, buscando sempre cores e elementos que remetem a paisagem brasileira.
Monumento da Imigração Japonesa
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Monumento projetado para homenagear os 80 anos de imigração japonesa no Brasil, está localizado no canteiro central da Avenida 23 de Maio. As quatro faixas de 12 metros de concreto representam as gerações de japoneses que vieram para o Brasil, desde os primeiros imigrantes que aportaram do navio Kasato Maru, em Santos (SP).
Entendimento: É mais uma obra que representa bem as cores que ela mais utiliza, as cores se complementam assim como o concreto representando os vários imigrantes japoneses que saíram de vários cidades do Japão e chegaram todos a um só destino, Santos (SP).
Sem Título- acrílico sobre acrílico
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