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O trabalho do escultor no Renascimento

Tese: O trabalho do escultor no Renascimento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/9/2014  •  Tese  •  597 Palavras (3 Páginas)  •  305 Visualizações

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Um artista é, de modo geral, uma pessoa envolvida na produção de arte, no fazer artístico criativo. No entanto, essa definição tem variado imensamente ao longo dos séculos e nas diferentes culturas, e seu conceito está diretamente ligado ao conceito de arte, igualmente controverso e variável. Pesquisas científicas tem consistentemente falhado na tentativa de enquadrar o que se entende por artista dentro de parâmetros fixos e de valor universal, mas isso não impede que as tentativas continuem a se multiplicar.1

Em tempos pré-históricos, quando os primeiros seres humanos começaram a deixar pinturas em cavernas e criar esculturas e adornos pessoais, acredita-se que o artista devia ser uma espécie de xamã, usando tais objetos para funções religiosas ou mágicas, mas é possível que mesmo em tempos remotos já se praticasse arte de maneira muito mais complexa, de certa forma semelhante à de hoje, entendendo-a como um painel onde se projetavam imagens e pensamentos importantes para aqueles povos.2

Segundo escritores célebres como Platão e Aristóteles, na Grécia Clássica os artistas em geral eram considerados simples técnicos qualificados, trabalhadores mecânicos,3 ainda que se reconhecesse que seu trabalho exigia criatividade, inteligência e capacidade de organização.4 5 Esta impressão se cristalizou, mas pesquisas recentes sugerem que a situação pode ter sido diferente. Segundo relatos antigos, os escultores, por exemplo, eram muito respeitados como criadores que obras que pareciam vivas,3 mas não havia sequer uma palavra para designar arte, e o termo usado, "tecnhê", significava apenas técnica ou habilidade para realizar algo de acordo com um plano e regras definidas, sendo aplicável a qualquer atividade produtiva.6

Seja como for, naqueles tempos a arte já era objeto de grande interesse teórico — foi ali que surgiu o embrião da Estética como um ramo autônomo da Filosofia7 — e era submetida a uma série de regras convencionadas coletivamente, que identificavam beleza com perfeição, harmonia e virtude, enfatizavam a preocupação ética e social, estabeleciam rígidas hierarquias de valor e tinha um caráter idealista. Punha-se os artistas a serviço do Estado, da Religião e das elites como veículos das ideologias dominantes, trabalhando em obras que tinham, entre outros objetivos, o de desempenhar uma função social educativa e moralizadora, num período em que a população era em grande parte analfabeta. Explica-se assim a função social que se esperava para a arte e a obediência aos cânones consagrados que se esperava dos artistas.8 9 10 11

O trabalho do escultor no Renascimento. Relevo de Andrea Pisano, 1334-1336.

Esta situação permaneceu mais ou menos inalterada até o Renascimento, quando se iniciou uma grande recuperação dos valores do antigo Classicismo. Os artistas em geral ainda estavam submetidos a um complexo conjunto de princípios técnicos e estéticos rigorosos, estudados em um longo período de aprendizado nas guildas de artesãos, onde o ensino era informal, e se vinculavam fortemente à tradição deixada por mestres consagrados. Para eles, o exemplo dos melhores artistas era um padrão a ser observado e imitado, a fim de que as novas obras atingissem o mesmo patamar de qualidade encontrado na produção mais prestigiada.12 13 14 Estas ideias não eram

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