Opera
Tese: Opera. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Vnessa • 27/6/2014 • Tese • 1.069 Palavras (5 Páginas) • 539 Visualizações
Recebe o nome de ópera toda apresentação dramática ou então cômica nas quais a música e a poesia se completam. Tal gênero artístico pode ser apresentado com o canto acompanhado de orquestras, ou até danças em algumas ocasiões, e é executado geralmente sem diálogo falado, ou seja, o texto é todo interpretado em forma de canto. Embora o conceito e definição moderna de ópera datem de fins do século XVI, suas características de teatro dramático e musicado são muito antigas, encontrando-se, de uma ou outra forma, nas mais diversas civilizações. Conforme o caráter trágico ou cômico de seu enredo, distingue-se a ópera séria e a bufa. A ópera cômica, que não tem exclusivamente traços humorísticos, recebe essa denominação por conter passagens faladas.
Nos tempos medievais, o acompanhamento musical fazia parte de todas as peças teatrais, e também era usado pelos trovadores como um arranjo para suas óperas pastoris, dentre as quais podemos destacar "Le Jeu de Robin et de Marion" de Adam de la Halle. Mas a forma da ópera que se desenvolveu e se transformou no drama musical de nossos dias, surgiu em Florença no final do Renascimento, devido aos esforços de um grupo de nobres florentinos conhecidos como a "Camerata". A primeira obra, entitulada "Dafne", de Peri e Rinuccini, foi composta em 1594.
Na Itália, três cidades contribuíram grandemente para o desenvolvimento da ópera. Roma aperfeiçoou os Coros, Nápoles o "bel canto", ou seja, a arte de cantar e Veneza a parte instrumental.
A escola mais importante foi a de Veneza, onde podemos dizer que surgiu o primeiro gênio da ópera, Monteverdi (1567-1643). Monteverdi nasceu em Cremona e foi um dos primeiros membros da sociedade "Os Filarmônicos de Bologna", a qual realizou notáveis progressos na arte musical e contribuiu com o crescimento do drama lírico com suas duas óperas "Ariana" e "Orfeo". Em "Orfeo" (1607), Monteverdi escreveu o primeiro dueto. Em 1634 introduziu nos violinos da partitura de "Il Combatimento di Trancredi i Clorinda" o trêmulo para descrever a agitação durante a cena do duelo e o pizzicato para representar os golpes das espadas.
Apesar da relativa popularização da ópera veneziana, foi a de Nápoles que conquistou o público culto do Ocidente, afastando-se cada vez mais do drama inspirado na Antiguidade. Os napolitanos concentraram-se na representação de estados psicológicos e desenvolveram a ária, tornando a ópera uma representação de solistas. Francesco Provenzale é considerado fundador da escola napolitana, que teve Alessandro Scarlatti (1659-1726) como sua figura mais importante.
Da Itália a ópera irá expandir-se por toda a Europa. Na França, o espetáculo precisou competir com o “ballet de cour” (balé da corte). Foi por obra de um italiano, Giovanni Batista Lulli, (que afrancesava seu nome para Jean Baptiste Lully) a introdução da ópera naquele país. Diretor do primeiro teatro francês especializado, a Academia Real de Música (depois Ópera de Paris), inaugurada em 1671, Lully iniciou suas atividades levando à cena peças pastorais. Mais tarde, com o libretista Phillipe Quinault, criou a tragédia em música (tragédia lírica), gênero que daria origem à opera especificamente francesa. Baseada no drama falado, ela assimilou o estilo recitativo da ópera italiana, mas rejeitou os intermezzi (intervalos) cômicos.
Com Verdi e Puccini, no fim do século XIX e início do XX, a ópera atinge o máximo de sua popularidade, surgindo obras importantes nas principais línguas europeias. Logo no surgimento do registro em disco, as primeiras celebridades da nova mídia são exatamente cantores de ópera, como Enrico Caruso. Ela logo entrará em decadência, com o surgimento de estilos populares vindo dos EUA, como por exemplo o jazz.
• Carmem, de Georges Bizet.
• Der Ring des Nibelungen, Der Fliegende Hollânder, Tannhäuser, Lohengrin e Parsifal, de Richard Wagner.
• Nabucco, Il Trovatore, La Traviata, Rigoletto, Um Ballo in Maschera, Don Carlos, Aída, Otelo e Falstaff, de Giuseppe Verdi.
• Manon Lescaut, La Bohéme, Turandot e Tosca, de Giuseppe Puccini.
• Don Giovanni, Le Nozze
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