Resenha do Filme Blade Runner
Por: Professora Márcia Rodrigues • 30/10/2023 • Resenha • 638 Palavras (3 Páginas) • 100 Visualizações
Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Educação
Educação, Conhecimento e Tecnologia.
Filme Blade Ranner – O Caçador de Androides.
SINOPSE
Em 2019, formas de vida criadas através de engenharia genética, os Replicantes, são utilizados fora da Terra em tarefas pesadas, perigosas ou degradantes. Fabricados pela Tyrell Corporation, os modelos Nexus-6 são fisicamente idênticos aos humanos, porém mais fortes e ágeis. Devido a problemas de instabilidade emocional, grande agressividade e reduzida empatia, eles têm um período de vida limitado de quatro anos. A presença de Replicantes na Terra é declarada ilegal após uma revolta, e é criada uma força policial especial, os Blade Runners, para caçá-los e matá-los. Um pequeno grupo rebelde de Nexus-6 formado por Roy Batty (Rutger Hauer), Zhora (Joanna Cassidy), Leon (Brion James) e Pris (Daryl Hannah), chega a uma Los Angeles perpetuamente escura e chuvosa para tentar descobrir uma forma de aumentar seu ciclo de vida. Rick Deckard (Harrison Ford), um Blade Runner recém-aposentado, é chamado de volta à ativa para persegui-los. Deckard conhece e se apaixona por Rachael, uma bela moça que desconhece ser Replicante, e ele começa a questionar o que significa, na verdade, ser “humano”.
COMENTÁRIOS
Quando foi lançado nos cinemas em 1982, BLADE RUNNER – O CAÇADOR DE ANDROIDES foi recebido com frieza tanto pelo publico como pela crítica. Após alguns anos ele começou a ser reavaliado e foi objeto de muitas discussões, BLADE RUNNER, hoje, é considerado com justiça um clássico da ficção-científica, a obra cinematográfica definitiva sobre criaturas artificiais que buscam sua humanidade.
Os replicantes – androides criados pelos homens do futuro – expressam com sua revolta os temores dos homens de hoje diante de uma tecnologia que pode sair do controle, da criatura que ameaça o criador. De igual maneira, na temática de um mundo dominado e controlado por uma megacorporação, aparecem os receios diante de um futuro onde a Empresa Capitalista passe a assumir o papel de Estado e a ter plenos poderes sobre a vida e a morte de todos os indivíduos – o que, em última instância, traz à tona o temor diante da possibilidade da perda de liberdade individual.
As relações entre os homens e a Memória, são trazidas a tona na cena que se refere a uma replicante que não possui sequer a consciência de ser uma replicante (isto é, não humana), e que se depara com a cruel realidade de que a memória que foi nela implantada não corresponde a nenhuma vivência efetiva.
As relações com Deus e a Morte por fim, aparecem através do enredo no qual os replicantes procuram obstinadamente os seus criadores na esperança de prolongarem a própria vida, e que traz como um dos desfechos a cena do replicante que termina por assassinar o seu Criador, mostrando as relações psicológicas que permeiam desde sempre as relações entre o homem e Deus.
Blade Runner como um filme tipicamente pós-moderno, refere-se às angústias do homem contemporâneo diante da “compressão do espaço-tempo”. A aceleração do tempo nos tempos modernos. O filme levanta em diversas ocasiões um questionamento típico desta nossa época que mistura o Real e o Virtual e que, para, além disto, provocaram reflexões filosóficas sobre a desconstrução do sujeito.
Concluindo podemos fazer um paralelo do filme - que é um artefato cultural em que se destaca a estruturação do mundo cibernético e nos insere nele - com a discussão da disciplina sobre a cibernética, que foi amplamente utilizada para explicar os processos de ensino aprendizagem, nos auxiliando na produção de novas formas de discursos e representações. Estas analogias tornam-se possíveis, na Cibernética, por esta estudar o tratamento da informação no interior destes processos como codificação e descodificação, retroação ou realimentação (feedback), aprendizagem, etc.
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