Resenha do filme Ele está de volta

Resenha do filme Ele está de volta

Ele está de volta (2015) dirigido por David Wnendt e baseado no romance homónimo de Timur Vermes é uma comédia alemã que mostra Hitler em 2011 acordando em um terreno baldio em Berlin sem se lembrar do que aconteceu depois de 1945. Desorientado, se encontra diante de uma sociedade onde não existe mais o partido nazista, a guerra acabou a anos e o país é governado por uma mulher. Ao ser confundido como um artista de rua, o ditador vê na mídia a possibilidade de se popularizar e adentrar novamente na politica.

Com a crise econômica da União Europeia, o aumento do número de imigrantes e as medidas de austeridade, a extrema-direita vem crescendo e conquistando mais espaços em países como a Alemanha, França e Itália. Dado esse que preocupa, já que, como aparece no filme em cenas que intercalam realidade com ficção, o ator que interpreta o ditador nazista é abordado com frequência por apoiadores que declaram descaradamente a “necessidade” do país em retomar o nacionalismo exacerbado de outrora para que “os bons costumes perdidos” retornem.

Ao terminar o filme, nota-se o alerta evidente para a sociedade alemã, destacando o quão fácil é de manipular e alterar a opinão pública por meio da mídia e expõe como que a extrema direita consegue “adeptos” por meio de soluções fáceis para justificar a crise, como foi o caso dos judeus na segunda guerra, e recorrem a religião para mascarar o que na verdade é apenas facismo e violência disseminados.

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