Romantismo x Realismo: Movimentos Artísticos do Século XIX
Por: Evelyn Araujo • 17/3/2019 • Resenha • 550 Palavras (3 Páginas) • 301 Visualizações
Romantismo x Realismo: Movimentos Artísticos do Século XIX
No século XIX, a produção artística européia foi influenciada por diversos fatores da época, principalmente no início do século com a Revolução Industrial, tornando um cenário bem mais complexo. Tudo isso acabou gerando alguns movimentos, que por diversas vezes eram ao mesmo tempo, esse conjunto é compreendido pela Arte Moderna, que possui muitas diferenças entre os períodos anteriores. E é possível observar isso, por exemplo, no caso do Romantismo e Realismo, que possuem ideias opostas.
Em 1820, o Romantismo começa a se desenvolver como um movimento artístico que rejeita o modelo Neoclássico, como ordem, harmonia, equilíbrio, entre outras características Classicistas. Um período muito conturbado pela Revolução Industrial e Revolução Francesa, que trouxe muitas mudanças no âmbito social, cultural e político. A ideia era romper com as normas e regras que predominavam o campo artístico atualmente, buscando uma linguagem que evidenciasse a imaginação e os sentimentos como inspiração artística, como o nacionalismo, a valorização da natureza e o sentimento de presente, além do dinamismo através de uma composição em diagonal. Dessa maneira, é possível perceber a semelhança com as formas barrocas, a partir do uso de elementos como cores e contrastes de claro-escuro, recuperando a sensação de dramaticidade transmitida na produção artística do período (MARCOS E SOUSA, ca. 2018). E não podemos deixar de destacar as obras de artistas importantes desse movimento artístico, como Goya (1746-1828), Delacroix (1799-1863) e Turner (1775-1851).
Em contrapartida, em 1850, após a Revolução Francesa, em um cenário influenciado pela industrialização, um outro movimento artístico começa a se desenvolver na Europa, mais especificamente na França: o Realismo. A proposta desse movimento surge como uma manifestação de oposição ao Romantismo, essa reação impacta nos artistas realista de uma forma que eles começam a se basear em suas próprias experiências e na observação do mundo que os rodeava, retomando estudos científicos aplicáveis às artes, deixando de lado os sentimentos e emoções para assim abordar a realidade e temas sociais. Segundo o site História da Arte, a pintura realista busca retratar a realidade como que os cientistas retratavam os fenômenos, mostrando apenas aquilo que é real, onde surgem pinturas que retratam os problemas dos trabalhadores da sociedade contemporânea, que tem Manet (1832-1883) e Courbet (1819-1877) seus maiores representantes. O contexto social do período acaba influenciando na produção arquitetônica, os arquitetos começam a adequar suas obras de acordo com a classe da época que representava os trabalhadores, trazendo para as cidades um modelo urbano com fábricas, armazéns, estabelecimentos, escolas, hospitais e moradias, que são influências que delineiam a Revolução Industrial.
Em virtude dos fatos mencionados, o Realismo surge como uma crítica ao Romantismo, que dá ênfase na fantasia e trata os assuntos com subjetividade, sempre predominando a emoção, que trazia uma proximidade com os temas abordados. Já o Realismo, enfatiza a realidade do que está a sua volta com objetividade, e ao contrário da do Romantismo, o predomínio é da razão, onde vemos distanciamento com os temas abordados, sempre mostrando os problemas da sociedade da época, que antes eram visto com sentimento e emoção. Sendo assim, é possível perceber que são dois períodos importantíssimos na História da Arte, passados no século XIX, muito emblemáticos e influenciados pelo seu meio político, cultural e social, onde um precisa do outro para se tornar um movimento artístico.
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