A Vinda do Impressionismo: Do Romantismo ao Realismo
Por: williamsavietto • 5/5/2018 • Seminário • 1.397 Palavras (6 Páginas) • 380 Visualizações
1. A vinda do Impressionismo:
1.1. Do Romantismo ao Realismo
Para entender o surgimento do Impressionismo, surgido no contexto do Realismo, é pertinante entender o trânsito dos movimentos anteriores. Os movimentos Neoclássico e Romantico presentes na arte academica foram contestados pelo Realismo.
Artistas neoclássicos usavam o passado como modelo, enquanto romanticos tentavam escapar à realidade individualmente através da imaginação. Eram movimentos baseados na velha ordem, nobre, rural, fadada a desaparecer ao passo que a civilização ocidental indeustrializava-se.
Progressos técnicos trouxeram uma revolução nos meios e nas relações de produção. Nesse contexto assistimos a escalada do capitalismo industrial e seus decorrentes desequilibrios sociais. Os avanços científicos tranformavam o modo de vida e de pensar. No século XIX, por exemplo, houve a publicação de A Origem das Especies, desenvolvimento da genética mendeliana, medicina, descobertas químicas e fisicas, avanços na comunicação e transportes.
A ciencia tomava para si a responsibilidade pelo futuro da humanidade, e ao mesmo tempo levou a arte a aceitar sua tecnica de observação objetiva. A partir de então, tudo passava a relacionar-se com a ciência, a qual é baseada na observação. Na abordagem científica, como também na filosofia grega, o objeto observado era claramente separado do sujeito que o observa, para que se afastassem impressões individuais, buscando o que realmente haveria de real.
Essa objetividade cientifica chegava tambem às artes, chegava o Realismo. A beleza estaria agora na realidade, a qual não caberia ser melhorada. Sua pintura revela os aspectos mais caracteristicos e expressivos da realidade, visando uma realidade imediata, distante do romantismo, deixa de ser imaginada segundo motivações internas, deixa de lado temas bíblicos, mitologicos ou históricos. O objetivo da pintura passa a ser ilustrar a verdade, em particular a verdade social do dia a dia da nova era industrial. Vemos: Jean-Francois Millet and Gustave Courbet.
1.2. Chega o Impressionismo
A geração que se segue a de Courbet, no entanto, traz uma solução mais prática a questão do método cientifico aplicado a pintura, delegando a este a exatidão pictórica. A aceitação da objetividade, buscada no realismo, toma o sentido agora no campo da objetividade otica, da captura do luminoso e transitório, trazendo o vislumbre ao centro da questão artistica, em lugar de um pensamento ou uma temática crítica. (O simbolismo viria a reagir, libertando a arte das amarras nas aparências).
A luz era o principio criativo sob as aparências. Luz era cor, movimento, tempo e vida. Encontrava seus “equivalentes plásticos”, materiais palpáveis passíveis de serem retratados, na água e ar, materialidades transparentes e fluidas. Essas os quais deram a luz as obras impressionistas, que ilustravam rios, mares, neblina.
O sujeito da arte impressionista não era a emoção provocada por um objeto belo, mas a observação de seu comportamento físico variado, em seu meio que o barra, e o decompõe. A forma deixa de existir, a não ser na superfície do seu visual exterior, numa brincadeira de luz e cor. Os objetos não eram retratados através de contornos, mas eram frutos do correlacionamento de cores fragmentadas. A imagem se unifica pelas relações de iluminação. Para atingir tais efeitos, lançam mão de de uma nova paleta de cores, e de uma nova maneira de manusear o pincel.
Ver: Luz – Renoir Canal St Martin (1870) by Alfred Sisley. • Dance at Le Moulin de la Galette (1876) by Renoir. • Path Leading Through Tall Grass (1877) by Renoir. • Boulevard Montmartre paintings (1897-8) by Pissarro.
2. Estilo Impressionista
2.1. Novas Técnicas
A pintura impressionista, é formada da justaposição de cores puras, dispostas de acordo com a lei das complementares, para trazer a natureza a aparência de atmosfera luminosa. Para isso faziam uso da chamada teoria das cores, desenvolvida anteriormente, mas já no século XIX em 1839, por Chevreul, sobre cores primárias, secundárias e complementares. As cores primarias são o amarelo, o vermelho e o azul. A mistura de primárias gera as secundárias. Essas, aparecem mais fortes quando contrastadas à sua complementar. Quando misturadas, as complementares de destroem em um cinza neutro, ou, se em diferentes proporções, formam tons mais neutros de alguma cor. Dominância, harmonia, contraste...
Essas técnicas são usadas também no chamado pós-impressionismo. Seu uso resultava no efeito visual buscado pelos impressionistas. Quando visto de uma distância propícia, as cores puras, justapostas, parecem se misturar na tela, reproduzindo a aprência da natureza. Mas ao mesmo tempo que era uma possibilidade para a interpretação da luz, esse método fragmentava todas as formas da imagem.
2.2 Adventos Importantes:
O advento da fotografia, que permitiu a captura efeitos de luz momentâneos, e a invenção do tubo de tinta metálico, que foi de imenso valor para a pintura ao ar livre.
2.3. Salões
Exposições de arte eram na época algo recorrente na frança e, especialmente, em Paris. Um salão oficial era organizado anualmente, exibindo milhares de pinturas, que eram submetidas a um juri para sua aceitação, o qual seguia preceitos academicistas e conservadores. Como consequência, muitos dos artistas impressionistas, com seu estilo novo, eram recusados. Em 1863, partindo de queixas, o imperador Napoleão III ordena que se leve em conta o julgamento do público, e se abra um salão para as pinturas recusadas, o qual veio a ser chamado Salon des Refusés. Essa ala viria a se repetir em 1874, 75 e 86. Contudo, em 1873, um grupo de impressionistas resolve rejeitar o Salon como forma tradicional de expor e vender arte, encorajando outros artistas também insatisfeitos com tal sistema. Essa atitude foi um elemento de aglomeração do impressionismo, mais que uma unidade de estipo ou ideal estético. O grupo se reune como uma corporação e passa a fazer suas próprias exposições. Liderados por Claude Monet, Edgar Degas, Pierre-Auguste Renoir, Camille Pissarro e Berthe Morisot, Eles se entitularam “Sociedade Anonima de Pintores, Escultores e Entalhadores, etc. Essas exibições ocorreram até 1886.
3. Artistas:
O impressionismo nunca produziu uma escola, apesar de se basear em teorias pseudo-científicas, e ser produto de
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