Sex Shop

A Polícia Civil de Lucas do Rio Verde, a 360 quilômetros de Cuiabá, concluiu o inquérito que investigou a atuação de uma quadrilha que ameaçou e extorquiu um empresário do ramo do agronegócio por mais de seis meses. De acordo com o delegado Ugo Angelo Reck Mendonça, sete integrantes da quadrilha serão indiciados pelos crimes de extorsão e formação de quadrilha. Outros dois adolescentes envolvidos no crime assinaram um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e vão prestar serviços comunitários como pena.

As investigações da polícia apontam que o empresário desembolsou até R$ 200 mil mediante chantagem da quadrilha que ameaçava a vítima com um vídeo que mostrava um encontro dele com uma adolescente de 15 anos. Com o dinheiro, a quadrilha promoveu festas, abriu duas lojas de sex shop, comprou um veículo zero quilômetro e mobiliou uma casa.

Os suspeitos chegaram a ser presos preventivamente pela Justiça, mas um outro juiz do município determinou a soltura deles. “Com a prova que temos, os extratos bancários, a quebra do sigilo telefônico do empresário e dos membros da quadrilha acredito que o Ministério Público e a Justiça irão se manifestar pela prisão da quadrilha”, afirmou o delegado. O grupo está em Lucas do Rio Verde e continua sendo monitorado pela polícia. “Pelo o que sabemos eles pararam de ameaçar o empresário. Se isso voltar a acontecer eles serão presos de imediato”, destacou o delegado.

Entenda o caso

De acordo com o delegado Ugo Mendonça, a quadrilha armou um encontro entre uma adolescente de 15 anos e o empresário, que foi filmado tanto pela adolescente como pela quadrilha. Nos dois vídeos, segundo o delegado, o casal aparece conversando no carro do empresário. Ainda segundo o delegado, a adolescente recebeu R$ 300 da quadrilha para forjar o encontro. “Ele ficou preocupado com o vídeo e cedeu às ameaças por ser uma figura pública”, disse o delegado.

De posse do vídeo, a quadrilha passou a fazer ameaças ao empresário que chegou a comprar um carro zero quilômetro em uma concessionária na cidade e fazer depósitos constantes nas contas bancárias dos suspeitos.

Cansado das ameaças, o empresário fez uma denúncia à polícia que montou uma operação localizar os suspeitos. As lojas de sex shop foram fechadas e os aparelhos celulares, eletrônicos e o veículo zero quilômetro acabaram sendo apreendidos. No relatório do inquérito policial concluído, o delegado pediu que os bens fossem devolvidos ao empresário como forma de reparação.

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