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Trabalho legau

Por:   •  25/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  6.789 Palavras (28 Páginas)  •  479 Visualizações

Página 1 de 28

Carolina Silva de Almeida

20549792

Palavras-chave

Texto

Comentários

Bibliografia

Páginas

Civilização

Escrita

Expressão gráfica

“A escrita faz parte da nossa civilização que poderia servir para definir ela própria”

“A história da humanidade se divide em duas imensas eras: antes e a partir da escrita”

“Deste modo a escrita não é apenas

um procedimento destinado a fixar palavra, um meio de expressão permanente, mas também da acesso direto ao mundo das ideias

O livro começa narrando a história da escrita que se funde com a da humanidade que se divide em duas eras: antes e a partir da escrita. Talvez no futuro possa vir a terceira era: depois da escrita.

A escrita não é apenas um procedimento para fixar a palavra, mas também dá acesso direto ao mundo das ideias, reproduz bem a linguagem articulada, permite ainda apreender o pensamento e fazê-lo atravessar o espaço e o tempo.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

9-11

Linguagem

Caracteres

Escrita

Primeiros estágios

“é preciso inicialmente um conjunto de sinais que possuam sentido estabelecido de antemão por uma comunidade social e que seja por ela utilizado”

“ podemos distinguir porém entre as tentativas e nosso sistema alfabético três etapas essenciais: escrita sintética, analítica e fonética”

“ só chegaremos realmente ao estágio embrionário da escrita com as primeiras tentativas de representação gráfica”

“o primeiro estágio mais elementar da escrita é aquele em que o sinal ou grupo de sinais serviu para sugerir uma frase inteira”

“Do ponto de vista material toda a escrita é traçada sobre um suporte ou, como se diz, sobre um “registro material subjetivo””

“O uso de materiais menos duros e perecíveis, tem em geral, dado a escrita aspecto mais cursivo”

“O papiro, o pergaminho e o papel tem dado são os registro mais comuns desde o principio de nossa era.”

É possível distinguir três aspectos das tentativas primarias de escrita:  sendo estes a escrita sintética (símbolo representa uma ideia),

-analítica (o símbolo representa as palavras que compõem uma frase)

-fonética (símbolo representa sons).

Só foi possível chegar ao estágio embrionário da escrita com os primeiras sinais desenhados nas grutas, que mesmo não exprimindo uma ideia exprimia um desejo. As escritas suméria, egípcia, e chinesa são as mais antigas que conhecemos na categoria das escritas analíticas (ou escrita de palavras), o estágio onde a escrita é mais completa e onde ela possui um grupo de sinais que sugere uma ideia.

Toda a escrita e traçada sobre um suporte, ou seje, um registro material com o auxílio de um instrumento manejado. A pedra sempre foi o suporte por excelência das escritas monumentais. A escrita dita “cuneiforme” da Suméria e da Ásia Anterior onde eram utilizados argila, os mais antigos caracteres chineses eram gravados em no bronze ou em cascos de tartarugas já os árabes usavam ossos de camelo, era perceptível que o uso de materiais mias perecíveis possibilitava uma letra mais cursiva.

O papiro, pergaminho e papel são os registros de materiais subjetivos da escrita mais comuns desde o princípio. O papiro foi utilizado na Antiguidade, o pergaminho na Idade Média, o papel, de origem chinesa, foi introduzido no Ocidente pela Arábia.

A fabricação do papiro foi monopólio do Egito, sua matéria prima era o caule de um junco cultivado no vale do Nilo. Pouco resistente.

A epigrafia é etimologicamente a ciência do que está escrito sobre. Ela só se ocupa do que está escrito sobre materiais duráveis.

A paleografia é a ciência das escritas antigas, restringiu seu campo durante muito tempo às escritas traçadas sobre materiais perecíveis.

As duas visam um duplo objetivo: a leitura prática das escritas hoje fora de uso e o estudo da evolução dessas escritas através dos séculos.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

12- 28

Não- alfabética

Sumero acádica

Egípcia

Hieroglifos

Escrita monumental

Escrita demótica

Povo

“A escrita cuneiforme inventada pelos sumérios, é o mais antigo sistema de escrita que conhecemos pro meio de documentos”

“os sumérios não eram autóctones na Babilônia. Mas o problema de sua origem permanece sem solução : China, Ásia Central, Turquestão, India, Caucaso? Sua língua ainda é mal conhecida também. “

“A passagem dos sinais pictográficos de Warka para os caracteres cuneiformes do meio do terceiro milênio, que já não apresenta quase nenhuma relação com seus modelos antigos”

“A evolução interna da escrita suméria durante o mesmo milênio correspondeu à necessidade de notar a língua sem multiplicar desmesuradamente o numero de sinais correspondentes às palavras”

“A escrita egípcia foi também um dos mais importantes sistemas de escrita do mundo antigo”

 “ Os egípcios também fizeram amplo uso de determinativos postos depois das palavras, eles destinavam o sentido dos ideogramas ou a concretizar o sentido das palavras escritas foneticamente” “Os hieróglifos geralmente são gravados em pedra. Mas há caracteres chamados de hieróglifos lineares, pintados a tinta em sarcófagos de madeira ou em papiro, cujo traçado foi simplificado.”

“O aspecto exterior da escrita hieroglífica muito próximo do desenho, lhe dá um caráter basicamente decorativo.”

 


A escrita cuneiforme tem esse nome pelo seu aspecto ângulos e formato de cunha. A escrita sumero arcadia é uma escrita analítica onde seus sinais e representações descrevem palavras, pelo fato de seu principal suporte ser a argila era necessário evitar as curvas pro causa das linhas quebradas.

A evolução da escrita suméria se deu a partir de uma necessidade de notar a língua suméria, sem que houvesse um aumento excessivo do número de sinais.

Já escrita egípcia era denominada escrita Hieroglífica, que significa “fala dos deuses”, sendo analítica igual a suméria, sendo decomposta em elementos fonéticos por causa de sua grande gama de alfabeto.

O aspecto exterior dos hieróglifos era basicamente decorativo, apesar de darem informações sobre a cultura da época.

A escrita egípcia evoluiu ao ponto de notar consoantes isoladas.

Paralelamente aos hieróglifos, desenvolveu-se no Egito a escrita hierática, que era de uso cotidiano, traçada com um junco de haste flexível a nanquim. Este por vez, deu lugar futuramente a escrita demótica.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

29 -  42

Hieroglífica,

Proto-indiana Cretense

Hitita

Chinesa

América

Pré-colombiana

Antigo Oriente Médio

Hitita “[...] seus sinais são muito distintos dos hieróglifos egípcios e a língua que eles notam, mesmo que estreitamente aparentada ao hitita e, como ele, ao indo-europeu, não é a mesma das inscrições hititas cuneiformes.   “

“A maior parte dessas inscrições “hititas” são entalhadas em relevo ou gravadas em pedra”

“Os ideogramas hititas são por sinal muito mais numerosos que os sinais silábicos. “

“ A escrita chinesa, aé mais que as escritas do antigo Oriente Médio, é o próprio tipo de escrita de palavras”

“O conservadorismo dessa escrita se explica pelos caracteres da língua que ela nota e à qual se adaptou perfeitamente”

“Há quem defenda a hipótese de uma influencia sumero-arcadia, autorizada com efeito das datas e por certas semelhanças”

“A escrita chinesa está submetida as regras estritas.  Seus caracteres estão dispostos em colunas de alto a baixo, começando pela direita. “

“A antiga língua chinesa se fragmentou em múltiplos e bem diferentes dialetos de norte a sul do imenso pais”

“[...] as civilizações pré-comlombinas ambém possuíam um sistema de escrita que tendia, parece, quando a chegada dos espanhóis”

“essa escrita dos Maia e dos Astecas representa seguramente um estágio menos evoluído que do Antigo Oriente Médio”

“ A classificação das escritas nas categorias fundamentais, analíticas, silábicas e alfabéticas, é , na verdade, bem delicada, pois vimos que coexistem em quase todos os sistemas antigos elementos ideográficos e elementos fonéticos.

Na escrita hitita, os ideogramas são mais frequentes que sinais silábicos.

Além de ser inscrita em sua forma monumental, em grandes tabuletas, havia também um tipo simplificado, encontrado em tabuletas de chumbo.

A escrita proto-indiana também era analítica, mesmo que seus sinais representassem anaimais e parte do corpo humano.

A escrita chinesa é tipicamente uma escrita de palavras sendo o único dos sistemas antigos utilizados ainda hoje por um quinto da população mudial. A escrita chinesa é divida em duas categorias: A dos caracteres que representam objetos (morfogramas) e a das idéias abstratas e ações (datilogramas)

Para aumentar o número de representações, os chineses usam a inversão de caracteres e o empréstimo de sinais homófonos.

O sistema de escrita dos maias e dos astecas em consideração com o oriente médio são escrit bem menos desenvolvidas.

Os caracteres, comumento chamados de glifos, aparentam ser ideogramas.

Todas as grandes escritas antigas vistas, com exceção da chinesa, evoluíram para o silabismo a partir de uma estrutura analítica. A escrita de ilha de Chipre é o tipo mais acabado desses sistemas silábicos.

Foi criada para notar a língua cipriota antes da chegada dos gregos.

A escrita persepolitana era também uma sistema silábico, apesar de ter conservado ideogramas e pelo fato de seus sinais terem um valor silábico e um valor alfabético.

Foi revelada por inscrições de tabuletas. Tomou a forma emprestada da antiga escrita cuneiforme babilônia.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

43 - 58

Pré-alfabeto

Alfabeto

Biblos

Fenício

Ugarítico

Aramaica

Hebraico quadrado

caravanas

“O alfabeto veio da palavra em latim alphabetum, emprestado da língua semítica, um alfabeto pode ser resumido pelo emprego de um sistema de sinais que explicita os sons da linguagem a ser descrita.”

 “A ideia de escrever consoantes isoladas aparecera, como já vimos, confusamente aos egípcios”

“O elo mais seguro da pré-hisotira do alfabeto é a escrita pseudo-hieroglífica das inscrições protossinaíticas na tentativa de estabelecer uma genealogia do alfabeto fenício.”

“Os gravadores de Biblos decidiram que tal figura, de onde quer que a tenham emprestado, representaria tal som: decisão anunciadora, também ela, do alfabeto.”

“Mas é preciso voltar aos Biblos para encontrar a série de textos que contêm os rudimentos gráficos da escrita alfabética de que nos servimos até hoje.”

“O alfabeto fenício clássico manteve as vinte e duas letras do alfabeto arcaico.”

“A escrita fenícia foi também adotada desde o século IX a.C pelos arameus, para notar sua língua de tipo semítico, mas diferente dos cananeus.”

“As monumentais inscrições aramaicas copiam as inscrições fenícias”

“A cursiva aramaica penetrou, igualmente pela via das caravanas e das missões, na Ásia Central, onde serviu para notar as línguas iranianas dos reinos arsácidas e sassânidas, até o século VII”

“O alfabeto hebraico também proveio da escrita aramaica”

“Essa escrita hebraica, chamado de hebraico quadrado, utilizada durante os primeiros séculos de nossa era para copiar os textos sagrados, é a que fez reviver o sionismo moderno”

Neste capitulo começa a interação com as escritas alfabéticas onde existe a separação da consoante. sua origem não foi proposital, vinda dos egípcios que começaram a escrever consoantes separadamente sem consciência, provavelmente influenciados por isso os povos semíticos ocidentais das margens do Mar Vermelho começaram durante o segundo milênio a utilizar de consoante

Os exemplos existentes de escritas pré-alfabeticas existentes possuem como sua características principal a existência de poucos sinais e sua grande preocupação em desenvolver um instrumentos de expressão gráfica que fossem mais simples e fáceis de reproduzir que os hieróglifos ou os caracteres cuneiformes.

Os escribas de Ugarit chegaram por diferentes meio a escrita alfabética, a descoberta de seu alfabeto e considerada entre uma das grandes descobertas arqueológicas da escrita.

O único aspecto semelhante entre a escrita ugarítica e a escrita sumeros-acádicos é a serem traçados em tabuletas de argila com pelo junco, tendo um aspecto cuneiforme, não sendo considera um sistema analítico nem silábico o alfabeto possui trinta números e desenhos simples, foram eles que “iventaram” a ideia do alfabeto.

 As descobertas de Biblos confirma a atribuição do alfabeto aos fenícios, os semitas do norte foram inspirados pelo egípcio, foi o comercio e na costa da Siria que impulsionou a necessidade uma escrita mais pratica.  

Foi Tiro que propagou o alfabeto fenício pelo trabalho de seus navegadores e suas transições econômicas. O alfabeto fenício clássico manteve-se a vinte e duas letras do alfabeto arcaico sendo que suas formas são pouco mais angulosas e delgadas que o alfabeto posterior. Os mais preciosos documentos dessa escrita são os papiros encontrados em Elefantina, perto de Assuan no Egito. Sendo citada também as escritas nabateias e palmirenses, que ainda escritas do povo de caravanas e junto a escrita siríaca está ligada a historia das igrejas orientais.

A cursiva aramaica penetrou também pelas caravanas e pelas missões no Oriente Médio e na Ásia Central,  onde serviu para notar as línguas iranianas dos reinos arsácidas e sassânidas até o séc VII, e no império mongol foi mantida a língua uigur  do séc XIII até o séc XV.

O alfabeto hebraico também se proveu da escrita aramaica. O fenício e o hebraico são dois dialetos da mesma língua cananeia. Os priemria documentos onde essa escrita aparece são do século II a.C.

O hebraico é uma língua matizada e delicada, para que não houvesse engano na leitura do Antigo Testamento foi necessário notas com sinais a pronuncia da consoantes, as vogais e os acentos tônicos.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

59 - 70

Árabe

Cufico

Ornamental

Corão

sul-arábicas

sul-semíticas

etíopes

“A escrita árabe assim com o hebraico e a única escrita somente com consoantes ainda em uso, ela se difundiu por três continentes e é hoje depois da escrita latina uma das grandes escritas internacionais. “

“A língua árabe, a escrita árabe e a religião islâmica são fenômenos distintos , cujo domino nem sempre coincidem”

“O cufico se liga as primeiras inscrições pré-islamicas, É uma caligrafia monumental ou de manuscrito em couro ou pergaminho e se caracteriza por uma linha de base horizontal sobre os sinais anguloso e rígidos se implantando verticalmente na base, durante a Idade Média ela foi quase unicamente ornamental. É também a escrita das copias do Corão.”

“A Árabia meridional [...] nos forneceu numerosas inscrições que conservam as línguas sul-semiticas dos antigos reinos de Maín e de Sabá”

“Várias letras desse alfabeto sul-arábico parecem-se com as letras fenícias arcaicas.”

“As línguas semíticas da Etiópia também foram transcritas com escritas surgidas do alfabeto sul-arábico.”

 

A escrita árabe assim com o hebraico e a única escrita somente com consoantes ainda em uso, ela se difundiu por três continentes e é hoje depois da escrita latina uma das grandes escritas internacionais.

A língua árabe, a escrita árabe e a religião islâmica são fenômenos distintos , cujo domino nem sempre coincidem. A escrita árabe surgiu antes do Islã, mas foram os avanços islâmicos que favoreceram sua difusão.

A origem do alfabeto árabe é obscura, existe a possibilidade dele ter sido derivado do alfabeto nabateu, e por sua vez da escrita aramaica, mas não sabe-se ao certo o como e o quando se deu a transformação de um para outro alfabeto. A primeira inscrição árabe que se tem conhecimento ;e a inscrição trilíngue de Zabad, perto de Alepo, datada de 512-513, a segunda é uma inscrição bilíngue descoberta por Harran, no Hauran datada de 568.

Alguns autores situaram de acordo com a região e a data dos achados epigráficos, a elaboração da escrita árabe entre os gassânidas da Siria outros se inclinam pelos laquimidas da Mesopotâmia, o papel das rotas comerciais é muito importante também, pois foi ali que entraram as influencias nabateias e depois siríacas.

O cufico se liga as primeiras inscrições pré-islamicas, É uma caligrafia monumental ou de manuscrito em couro ou pergaminho e se caracteriza por uma linha de base horizontal sobre os sinais anguloso e rígidos se implantando verticalmente na base, durante a Idade Média ela foi quase unicamente ornamental. É também a escrita das copias do Corão.

O nashki escrita de copista traçada com um calamo sobre papiro ou outros suportes, era a escrita recorrente, de formas flexíveis e arredondadas. É do nashki que se provem as grafias árabes. (paginas 77 alfabeto árabe)

  A escrita árabe é traçada da direita para esquerda. Da escrita do nabateu ela preserva as ligaduras que ligam entre si a maior parte de suas letras.

O alfabeto tem vinte e oito letras, sendo seis novas consoantes acrescentadas ao antigo alfabeto semítico.

Para se distinguir certas palavras se recorre ao ponto diacrítico postos acima e abaixo das letras, agora para se indicar a boa vocalização a leitura do corão é acrescentada sinais-vogais.

O sistema atual data de VII.

O alfabeto árabe foi adotada pelos povos mulçumanos que não falavam árabe e sim outros idioma, frequentemente não semíticos.

A escrita árabe no mundo mulçumano e uma escrita com elementos de unidade, visto que se trata do veiculo de língua clássica utilizada por todos os letrados, ao passo que a língua falada se multiplicou em inúmeros dialetos.  

A Arábia meridional forneceu diversas inscrições que conservam as línguas sul-semíticas dos antigos reinos Ma’in e de Sabá. Considera-se que os textos mineus e sabeus datam o primeiro milênio antes da nossa era. Sua escrita consiste em vinte e nove sinais consonantais de formas lineares elegantes e simétricas.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

71 - 80

Indianas

Líbia  

ibérica

“As escritas indianas só aparecem, depois de um longo vazio desde a época da civilização MohanjoDaro [...] Ela se apresentam em dois tipos; a escrita chamada kharosti, ou kharostri a escrita brahmi

Libia “Na Africa do Norte, as inscrições se revelam, a partiri do século II a.C, uma escrita para a notação dos dialetos dos indígenas, ancestrais dos berberes.”

“A escrita tifanagh ainda hoje utilizada pelos tuaregues, deriva diretamente dessa antiga escrita líbia.”

As escritas indianas se representam sob dois tipos: a escrita kharosti ou kharostri e a escrita brahmi.
As escritas semíticas notaram o esqueleto consonantal das palavras. Já os indianos ao contrário, dedicaram-se a reproduzir os sons reais da linguagem.
A escrita brahmi compreende quatro sinais para as vogais iniciais a,i,u e e trinta e dois sinais silábicos. Ela é traçada da esquerda para a direita.
Seus caracteres tem uma forma linear muito simples.
Février adota em grande parte de sua tese de que os inventores do sistema brahmi se inspiraram na fonte fenícia.
O sistema brahmi se diferenciou, desde o início de nossa era, nas regiões da Índia e deu origem a numerosíssimas escritas regionais.
Na Índia setentrional e na Índia centra, as escritas de Caxemia, do Nepal, de Bengala, Orissa, da região marata e, sobretudo, a escrita nagari (ou devanagari); na Índia do sul, as escritas nandinagari do Decão, tâmil, canará e singalesa.
A escrita nagari, que significa “citadinha”, depois de ser escrita do sânscrito, é agora a do hindi, a língua corrente da Índia central. Silábica como se protótipo brahmi, suas características gráficas essenciais são a abundância de ligaduras e a “potencia”, grande barra horizontal que reúne as sílabas e frequentemente as palavras acima da linha.

Na África do Norte as inscrições relevam a escrita líbia, que comporta apenas vinte e quatro sinais consonantais e é traçada tanto verticalmente como horizontalmente, da direita para a esquerda.
Os líbios tomaram emprestado dos cartagineses apenas a ideia do alfabeto consonantal. Para a forma dos sinais, eles recorreram tanto ao alfabeto fenício e aos alfabetos sul-arábicos como a um fundo local de sinais simbólicos, ou seja, um antigo silabário.
Na península Ibélica, foram utilizados para notar diversas línguas, o alfabeto feníncio, alfabeto grego jônico e principalmente uma escrita chamada tartesso-ibérica. Podem ser lidas da esquerda para a direita e a maioria de seus sinais tem formas geométricas. Mas esses sinais, em número de vinte e sete apenas, constituem um conjunto misto, meio silábico, meio alfabético, cujas origens ainda são um problema.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

81 - 85

Alfabeto

Grego

Manuscrito

Chancelaria

“A importância do alfabeto grego é capital na história da nossa escrita e civilização.”

“já não há duvida da origem fenícia do alfabeto gergo. A forma primitiva de quase todas as letras gregas, sua ordem e seu nome dão testemunho dessa origem.”

“O alfabeto clássico grego fdo século IV finalmente ficou compsto com vinte e quatro leras, vogais e consoantes”

‘Em grego a notaçãoo da frase não pode dispensar as vogais como na língua semítica”

“A escrita de chancelaria é atestada sobretudo pelos papiros emanados dos escritórios gregos “

“A escrita dos documentos privados é igualmens cursiva”

O Alfabeto grego foi o intermediário ocidental entre o alfabeto semítico e o alfabeto latino, intermediário não apenas histórico, geográfico e gráfico, mas estrutural, pois foram os gregos os primeiros a ter a ideia da notação integral e rigorosa das vogais.

O alfabeto grego teve origem fenícia, forma primitiva de quase todas as letras gregas, sua ordem e seu nome dão testemunho dessa origem.
A introdução do alfabeto a Cadmo, o fundador de Tebas, que teria trazido da Fenícia dezesseis letras; depois Palamedes acrescentado a elas quatro letras e o poeta Simônides de Céos, quando outro, mais tarde. Essa adaptação não foi feita de uma vez só, mas por uma série de tentativas regionais.
As primeiras inscrições geralmente são escritas da direita para a esquerda, às vezes bustrofédon; mas por volta de 500 a orientação é invariavelmente da esquerda para a direita. Com o desaparecimento de algumas letras e o surgimento de outras, o alfabeto grego clássico do século IV ficou composto com vinte e quatro letras, vogais e consoantes.

A escrita grega se diversificou em categorias, segundo o material e talvez a destinação do texto. A escrita monumental das inscrições gravadas em pedra conservou por muito tempo formas clássicas, o uso do papiro e evoluiu rapidamente para tipos mais ou menos diferenciados.

A escritas dos manuscritos: suas formas não se distanciam dos modelos clássicos; evita ligaduras; o módulo e a distância de seus caracteres são calculados de modo a produzir efeito ornamental.

A escrita de chancelaria com suas letras ligeiras e de módulo bem grande, tendem a ultrapassar em cima e em baixo as duas linhas da escrita.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

86 - 94

Copta,

Gótico

Eslavo

Rúnicas

“O alfabeto grego pro sua vez deu origem desde a Antiguidade, a numerosas outras escritas inicialmente em parte [...] a segunda onde de ramos foi constituída durante os primeira séculos da Idade Média”

“A escrita rúnica era a antiga escrita comum dos povos germânicos”

O alfabeto grego por sua vez, deu origem desde a antiguidade, numerosas outras escritas.
Copta é o nome dado à população indígena do Egito depois da conquista árabe (641). Alfabeto Gótico, que não deve ser confundido com o tipo de escrita latina da Idade Média, também chamada gótica. Foi inventada no século IV pelo bispo Wulfila, possuí vinte e seis letras, vinte inspiradas no grego, as outras no latim ou na escrita rúnica.
O alfabeto Eslavo teve sua crianção atribuída por questões religiosas. O mais antigo é chamado de glagolítico. Formado por quarente caracteres parcialmente silábicos, de formas geométricas bizarras.
O alfabeto chamado cirílico seria uma elaboração um pouco mais recente. De seus quarenta e três caracteres, vinte e quatro reproduzem as letras gregas de bibliotecas; as outras, destinadas a notar os sons especiais das línguas eslavas, derivam ou dos caracteres glagolíticos ou da simples combinação de sinais.
A escrita rúnica era a antiga escrita comum dos povos germânicos. Possuía primitivamente vinte e quatro sinais de forma lineares e angulosas muito simples. Sua utilização desenvolveu-se sobretudo nos países escandinavos, onde o número se sinais foi reduzido a partir do século VIII a vinte e um, depois a dezesseis.
Esta escrita é sobretudo uma escrita de inscrições geralmente curtas.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

94 - 99

Alfabeto

Etrusco

Itálicos

Latino

Originalmente o alfabeto latino era um entre vários alfabetos locais que os estruscos e os povos da península itálica tomaram emprestado, mais ou menos diretamente , dos tipos gregos ocidentais”

“ Os etruscos, cuja origem permanece misteriosa e cuja língua não indo-europeia continua desconhecida [...] eles possuíam uma escrita alfabética cujos vínculos com o alfabeto grego eram incontestáveis”

“O mais antigos monumentos da escrita latina que chegaram até nos datam do fim do séculos VII ou do inicio do século VI a.C. São inscrições em de pedra negra do antigo fórum romano”

“O alfabeto latino é definitivamente um alfabeto grego transformado, por um forte influencia etrusca.”

“Com esse alfabeto do século I, termina a primeira e longuíssima fase da história de nossa escrita: sua gênese e suas constituição”

O alfabeto latino deriva do alfabeto grego. O povo etrusco e demais habitantes da península itálica adotaram o uso de um dos alfabetos gregos. Existem duas teses sobre a origem do alfabeto latino na Grécia: uma diz que o alfabeto latino deriva tanto do alfabeto grego utilizado na colônia de Cumes quanto dos alfabetos  gregos utilizados pelos habitantes da península itálica de maneira geral; já a outra, mais aceitam afirma que os romanos receberam o alfabeto dos etruscos, indiretamente.O alfabeto latino é um  alfabeto grego transformado. Enquanto os gregos tiveram sua escrita derivada de alfabetos ocidentais, como o fenício, o latino deriva diretamente de um alfabeto ocidental, sendo esta uma das mais relevantes diferenças entre estas escritas.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

100 - 105

Escrita

Romana

Papiros

Inscrições

Pré- Carolíngia

Uncial

“A escrita romana da época clássica é conhecida por dois grandes tipos de monumentos, as inscrições e os papiros”

“As incriçoes gravadas em cinzel carregam uma escrita monumental’

“O testemunho do papiro e das isncriçoes mostra que os romanso praticavam no século I duas escritas não especializadas: a “escrita comum clássica”[...]  a “maiúscula””

“Nos séculos II e III se manifesta na escrita romana uma metamorfose que se deu origem a duas novas grafias, a “nova escrita comum” e a “uncial”

“Essa metamorfose reside essencialmente no deslocamento da ordem dos “cheios” e se explica pela mudança do angulo da escrita”

“O tipo latino uncial corresponde bem a uma escrita nitidamente determinada, se não à forma das letras. Mas ele não imitou a uncial dos livros bíblicos gregos.”

“A uncial, escrita sobretudo de livros, é representada por um numero importante de manuscritos do século IV ao século VIII”

Dois tipos de monumentos: as inscrições e os papiros . As inscrições eram feitas nos mais diversos meios, como metais, argilas, paredes, pedras e tabuletas de pedras, utilizando-se estilete, pincel ou cinzel, sendo que a escrita feita com este último possuía um caráter monumental .  Já os papiros evidenciam o uso de dois tipos de escritas não especializadas  pelos romanos na época em questão, e ambas derivadas de uma escrita original da qual nãos e tem registros: escrita comum clássica, cursiva, pequena e ágil. Seu uso era corrente tanto em atas quanto em livros da época. Seu uso era mais corriqueiro, por isso, haviam diferenças gráficas na escrita. Maiúscula, escrita pesada, de módulo maior, utilizada em edições luxuosas. Surgem duas novas grafias devido à metamorfose sofrida pela escrita romana:  a “nova escrita comum” e a uncial .A mudança no ângulo de escrita, juntamente com o reposicionamento da folha por parte dos escriba acarretaram a grande mudança ocorrida na escrita romana.Não se sabe ao certo as razões que empreenderam esta mudança no posicionamento da folha por parte dos escribas. A nova escrita comum : predominância de curvas, ligeira, possui ligaduras frequentes, era originalmente vertical e posteriormente passou a ser escrita com uma inclinação para a direita. – Uncial: grafia de luxo, imóvel, artificial. É uma tipografia sobretudo utilizada em livros. Devido ao esfriamento das atividades econômicas,  esgotou-se a produção de edições luxuosas de livros e ocorre também um esgotamento de papiros,  fazendo com que a atividade da escrita diminuísse drasticamente. Porém, o monarquismo e o cristianismo muito fortes durante os séculos VI e VII d.C deram uma nova vida para a escrita. O desenvolvimento de liturgias e demais escritos religiosos criam um novo mercado de produção de livros, sendo a preparação destes manuscritos a atividade desempenhada por muitos clérigos e monges.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

106 - 126

Carolíngia

Evolução

escriptoria

“Com a escrita carolíngia começa no século IX a escrita latina medieval e moderna”

“A escrita carolíngia é, portanto, de todas as escritas latinas, àquela que teve o futuro mais longo, o mais estável o mais universal, e o que tem para nós o interesse atual”

“Seu alfabeto merece que demos atenção a suas particularidades, pois nos introduz a história gráfica mais recente de nossa escrita’

“O numero de escriptoria cresceu no século IX, com o desenvolvimento do Renascimento carolíngio”

“Os primeiros diplomas carolíngios ainda são escritos com as mesmas letras alongadas, delgadas, de hastes bem altas”

“ A propagaçãoo da escrita carolíngia para além dos limites da Europa Franca do século X ao século XII é um fenômeno que também ultrapassa o estreito terreno da paleografia”

“Assim a herança carolíngia foi transmitida, quase inalterada, durante quatro séculos e deu a toda a Europa ocidental por volta do ano 1200 um mesmo tipo de escrita.”

 

Começa no século IX junto com a escrita latina medieval e moderna. A letra minúscula que usamos hoje em dia é uma reprodução do século XV da minúscula do século IX e por isso a escrita carolíngia é a considerada com o futuro mais longo.

A época clássica da escrita carolíngia é da metade do século IX até o século X onde se tornou a escrita corrente do mundo franco, com suas características de clareza.

Apesar das ligaduras estarem muito presentes na escrita carolíngia, as abreviações ainda não estão desenvolvidas, mas elas começarão a aparecer nos séculos X e XI. A maior parte dos scriptoria da Europa carolíngia foram estúdios de cópia de onde saíram obras decorativas e figurativas prestigiosas. A caligrafia dos livros carolíngios opôs-se à escrita das atas de chancelaria.

Na Inglaterra, a introdução da escrita vem com a reforma eclesiástica do rei Edgar, cujos principais artífices foram Dunstan de Cantuária e Oswaldo, bispo de Worcester e depois arcebispo de York.

Em Roma, a chancelaria só viria a abandonar sua escrita “curial” no início do século XII. Durante todo o século anterior houve conflito entre as duas escritas, mas com a chegada de clérigos alemães, italianos e franceses no circulo pontifício, a partir do século XI, introduziu-se a escrita carolíngia na chancelaria.

Quando a Itália adotou, no final do século XIII, a escrita que já estava sendo utilizada por toda a Europa, pode-se afirmar que a escrita carolíngia já havia evoluindo notavelmente desde o século IX e X.

Agora as palavras são bem separadas e já começa o uso de um pequeno traço no fim da linha para indicar um corte na palavra.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

127 - 137

Gótica

Humanística

“A escrita tradicionalmente chamada de gótica e que substituiu, entre os séculos XII e XIII, a escrita carolíngia ou “francesa”

“ a escrita gótica se tornou uma escrita cursiva, caracterizada não apenas por seus trácos anguloso, mas também pela ligaduras das letras em si”

“Foi a Itália que melhor soube reagir contra esse peso gótico, conservando em suas letras proporções elegantes e formas arredondadas.”

“A renovação da tradição carolíngia foi obra dos humanistas italianos do Renascimento.”

“A escrita chamada pelos paleógrafos de humanista é,pois uma escrita erudita, refeita a partir do modelo de escrita carolíngia. Por sua origem, foi desde o inicio uma escrita para livros”

A escrita gótica, que surge entro os séculos XII e XIII, não é uma nova escrita, pois guardou da escrita carolíngia as formas e o ducto. Entretanto hã uma diferença bem clara: as ligaduras retornam na escrita gótica e os traços verticais e horizontais são bem mais densos. No século XII e século XIII, a artes de escrever se difundiu amplamente no mundo leigo. A criação de universidades provocou uma grande necessidade de livros, fazendo com que a produção e venda de manuscritos seja organizada em corporações.

Nos séculos XIV e XV, cada palavra vai sendo traçada sem que se levante a pena desenvolvendo as hastes arqueadas e as grandes curvas que as abreviações trazem. A generalização de seu uso fragmentou a escrita gótica corrente em uma grande variedade de tipos.

Para as edições de luxo a escrita gótica produziu uma escrita pesada, conhecida como letras de forma ou formada e tinha variedades nacionais e universitárias. E foi na Itália que se reagiu contra esse peso gótico, conservando proporções elegantes e formas bem arredondadas. Na França, as edições de luxo apresentam uma escrita alta e aguda, já na Inglaterra e na Alemanha encontrava-se mais escritas espessas e angulosas.

Eis que surge uma renovação da escrita carolíngia, obra dos humanistas italianos. A escrita chamada pelos paleógrafos de humanista é uma escrita erudita, refeita a partir do modelo da carolíngia. Por sua origem, ela foi uma escrita para livros.

Um tratamento cursivo deu à essa escrita uma grande utilização documental. Seu criador foi Niccolò Niccoli, cujos seus primeis manuscritos desse tipo são de 1423. Ela é uma escrita suave, feita com penas pontudas, fortemente inclinadas para a direita, como todas as letras da palavra unidas. Os breves da chancelaria pontifícia do fim do século XV e do início do século XVI oferecem o melhor exemplo dessa escrita.

        A Idade Média, então, termina com cinco tipos principais de escrita latina e todos surgidos a partir da escrita carolíngia. Foi entre esses tipos de escrita que os primeiros fundidores de tipos gráficos escolheram seus modelos e deles provêm nossas escritas atuais.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

137 – 145

Abreviações

Medievais

Números

Sinais

“O uso de abreviações e de sistema de notação abreviada, em vista de uma maior rapidez de registro da palavra, remonta à Antiguidade grega romana”

“As notações tiraniana são frequentemente encontráveis no manuscrito carolíngio.”

 “As abreviações medievais encontram pare de suas fontes na siglas e abreviações epigráficas romanas e nos sistemas tironianos.“

“Os romanos utilizavam sete sinais de numeração semelhantes a letras:I, V, X, L , C , D E M. “

“Esses números romanos nunca deixaram de ser utilizados na Idade Média, porém, com algumas particularidades. “

“A ideia de numeração de posição, que substituiu o sistema romano pela justaposição veio da índia”

“Além da maioria desses sinais auxiliares e das abreviações que decorrem de condições materiais particulares a sua época, a Idade Média nos deixou a herança gráfica pela qual nossa civilização ainda hoje se exprime. “

Os indianos já conheciam a numeração decimal de posição desde o século VI. Os números nagari do século IX são praticamente os mesmos números arábicos. Quanto à origem gráfica dos próprios números indianos, ficamos entre as iniciais dos nomes de número sânscritos e os velhos sinais brahmi das inscrições da Açoka.

O uso do zero, utilizado pelos indianos desde o começo, só aparece no Ocidente no século XII, depois da tradução de tratados matemáticos árabes, especialmente o de Ibn-Musa al-Kharizmi.

Atual pratica dos números novos só se implantou muito lentamente e era proibida até mesmo nos livros de contabilidade oficial. Os acentos e pontos por sua vez vieram mais rápidos. A partir do século VIII, a Idade Média empregou regularmente o ponto de interrogação. E o único acento conhecido na Idade Média é o acento sobre o I, surgido no século XI foi substituído pelo ponto no século XV.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

145 - 158

Escritas mecânicas

manuscritas Modernas

 “A invenção da imprensa, ou, para ser mais exato  da impressão com “tipos” móveis de metal inicialmente gravados, depois fundidos”

“Contudo, o rápido desenvolvimento da tipografia a serviço não apensa do livro, mas também do jornal, da revista e do cartaz, a influência do design e as exigências da publicidade levaram, depois de algumas década, a pesquisar tipos desligados da tradição”

“O recente impulso das técnicas da composição, da impressão e da reprodução também não chegou a provocar inovações nesse campo”

‘A escrita mecânica, por maior que seja sua importância, não mataram as escritas manuscritas”

Os problemas atuais da escrita são de duas ordens: os que derivam (uma consequência da nossa história gráfica mais recente), e tem os que derivam das relações fundamentais da escrita com as línguas do mundo, que são mais amplas.

Após a invenção da impressão com tipos de metal inicialmente gravados e depois fundidos, marcou o que seria o nascimento da grafia mecânica. As primeiras tentativas de impressão tipográfica ocorreram cerca de 1440, uns dizem na Holanda, depois Estrasburgo, e a invenção foi levada a cabo por João Gutenberg, por volta de 1450, em Mainz. Os operários de Mainz levaram o procedimento para outras cidades do Império e da Itália. Passou-se por Roma, Veneza, até chegar em Paris, onde Guillaume Fichet e Jean Heynlin, gravaram e tiraram das prensas da Sorbonne, em 1470, o primeiro livro francês. O alfabeto parisiense de Sorbonne, foi igualmente, a partir do modelo de Subiaco e de Roma, um alfabeto "romano".

Ao adotar as formas contemporâneas  de sua invenção, a tipografia as perpetuou em duas grandes categorias: gótico e antiqua, a última com sua variedade cursiva que, gravada em Veneza em 1501, deu o itálico. O francês, Geoffroy Tory, deu grande contribuição ao perfeiçoamento das formas, mas o trabalho de apuração da antiqua e as criações de Claude Garamond, no século XVI, e de Baskerville, de Bodoni e dos Didot, no século XVIII, deram a nossa escrita tipográfica seus clássicos. A necessidade de legibilidade, deram crédito ao uso do alfabeto maiúsculo e minúsculo. Outros pesquisadores acham inúteis as duas formas da letra, maiúscula e minúscula, e preconizam o retorno a uma ou a outra apenas. A Futura e seus sucedâneos, apesar de sua uniformidade de tamanho e de sua precisão linear, entram na família das antiqua.

O livro mais antigo inteiramente impresso em grego saiu de uma oficina de Milão em 1476, e no fim do século foi Florença que tomou a dianteira da tipografia grega. As impressões das escritas orientais se desenvolveu no início do século XVII na Itália, na França e nos Países Baixos.

As escritas mecânicas, por mais que seja sua importância, não mataram as escritas manuscritas. Contudo, fizeram-nas retroceder: a tipografia,de início eliminando-as do livro, e dos documentos oficiais; a máquina de escrever, disputando mais o espaço administrativo, econômico e privado. O que caracteriza nossa época, depois que a arte de escrever quase se estendeu a todos, pelo menos no mundo ocidental, é que no módulo geral da escrita latina corrente se inscrevem, sem destruir suas formas fundamentais, estilos nacionais, modos de gerações e de milhares de grafismos pessoais ou artificiais.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

159 – 169

abreviações contemporâneas estenografia

“Em seu inicio, as oficinas tipográficas continuaram fazendo uso do repertorio clássico de abreviações medievais, e a escrita gótica corrente se abreviou no século XVI com maior ou menor regularidade”

“O imenso passado das escritas, mesmo quando se consideram apenas ultimas etapas da evolução das escritas que ainda estão vivas, ainda não foi todo explorado.”

O uso de abreviações na escrita corrente, seja em notas pessoais, seja na correspondência, não corresponde mais as regras gerais. Os dois modos mais utilizados são o de suspensão e contração. O abuso de siglas para designar Estados, agremiações, associações, sociedades ou organismos de todas as ordens provém, parece, dos costumes orais, práticos ou preguiçosos, e não de razões próprias à escrita.

O desenvolvimento da matemática e das ciÊncias exatas provocou a floração de séries de sinais convencionais muito especializados, que se tornam um verdadeiro cantão de escrita simbólica no interior de nosso sistema alfabético.

Consideramos apenas uma a tendência, nos países de escrita latina, de empregar um tipo novo chamado script. Trata-se de uma escrita não ligada, composta em grande parte "de linhas retas, de círculos e de porções de círculos", muito próxima dos caracteres tipográficos. Seu aprendizado, tanto para crianças quanto para adultos, seria mais fácil.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

169 - 176

Evolução

Alfabeto Latino

Geografia

Futuro

escrita

“ Se, da forma material dos caracteres, passamos aos problemas de suas relações com a notação das línguas, o fato mais importante dos tempos modernos é a difusão do alfabeto latino fora da Europa ocidental e dos grupos linguísticos “

“Essa “romanização” foi a menos árdua para as línguas não escritas.”

“Também foram consideráveis os progressos do alfabeto latino na Europa Oriental”

“A rápida geografia das escritas traduzirá materialmente, para, concluir os progressos modernos do alfabeto latino e a situação atual de cada grande sistema na superfície do globo”

“ A maquina seja qual for não pode criar novos sinais, domino da invenção humana para sempre”

O fato mais importante dos tempos modernos é a difusão do alfabeto latino fora da Europa ocidental e dos grupos linguísticos aos quais ele foi primitivamente dado por Roma e pela Igreja católica. Essa "romatização" foi menos árdua para as línguas não escritas. Dessa forma, as línguas africanas, que só eram escritas em caracteres árabes, já estavam notadas por meio do alfabeto latino, no século XIX.

 Os linguístas utilizaram os caracteres latinos para registrar os dialetos árabes falados e, no Irã, país muçulmano, mas de língua indo-europeia, manifestou uma corrente favorável a uma reforma.

Os países e as populações que utilizam a escrita latina formam um total que pode ser estimado em cerca de 2 bilhões de indivíduos. O alfabeto grego e seus derivados eslavos agrupavam, em meados do século XX na Europa central e na Europa oriental sobretudo, mais de 200 milhões de adeptos.

Muitas razões exercerão influência ainda por muito tempo na contracorrente: a rotina, a tradição religiosa ou nacional, o temor de fechar o acesso à literatura antiga. Na perspectiva da adoção geral do alfabeto latino, as vantagens educativas, práticas, materiais e culturais deveriam contudo acabar por vencer todas as resistências.

HIGOUNET, Charles. História concisa da escrita. São Paulo: Editora Parábola, 2003.

176 - 183

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