UMA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DO DESIGN
Por: Lucas Barros • 8/12/2020 • Resenha • 853 Palavras (4 Páginas) • 281 Visualizações
CARDOSO, Rafael. Uma introdução à história do design.
Denis inicia a obra discutindo que a história é construída a partir de fatos importante que
afetam a vida de muitas pessoas, mas questiona como decidir o que é relevante. Então, é
chamada atenção para os historicismo, que consistem nos erros de explicar o passado
apenas em termos do presente e revela que este equivoco tem sido um dos grandes
obstáculos para uma compreensão adequada da historia do design.
Desta forma, os primeiros historiadores do design tiveram como foco estudar a consagração
das praticas e dos praticantes de cada época a partir da riqueza de exemplos e formas
criativas do passado.
No que tange a etimologia da palavra design sua origem imediata é inglesa, no qual se
refere a ideia de plano, intenção, estrutura. Enquanto à origem mais remota está no latim
“designare”, verbo que abrange ambos os sentidos o de designar e o de desenhar. Então, é
perceptível que o termo já contém nas suas origens uma ambiguidade entre o criar e o
executar.
Outra questão levantada por Denis é a diferença entre design e artesanato que muitos
consideram residir no fato de que o designer se limita a projetar enquanto que o artesão
realiza todas as etapas do processo. Entretanto, o autor discute as complicações de utilizar
este conceito uma vez que é difícil realizar a determinação da data em que se teve inicio a
separação entre projeto e execução, uma vez que a transição para a produção em série de
objetos por meios mecânicos não ocorreu de forma simples ou uniforme. Por fim, Denis
mostra que o design é fruto de três grandes processos históricos: (1) industrialização, (2)
urbanização moderna (3) globalização.
Em relação a industrialização é importante ressaltar que durante a revolução industrial, o
sistema de fabricação passou a produzir quantidades tão grandes e a um custo tão baixo
que passou a não depender mais de demanda existente mas a gerar o seu próprio
mercado. Neste contexto, o autor discute o papel do estado no sistema mercantilista e
reforça a ideia de que cada nação passou a investir na produção de bens de consumo,
procurando defender os seus interesses comerciais pelo domínio de mercados estrangeiros.
Dentre essa nações, a França se destacou por seu completo sistema de manufatura de
moveis da coroa. Então, para racionar a produção e fortalecer a hegemonia francesa na
área a estratégia foi centralizar as oficinais e fazer com que elas produzissem artigos para
mobiliar os edifícios reais. Nesta época já existia portanto uma separação entre projeto e
execução, como é o caso do inventor Le Brun, que concebia o projeto e gerava seu
desenho que servia de base para as peças a serem fabricadas.
Posteriormente, depois do século XVIII começaram a surgir na Europa industrias de
inciativa privada. Um exemplo, foi a fabrica de Wedgwood que percebeu um mercado
potencial na classe média, que desejava possuir louças de qualidade. Então, ele
aperfeiçoou uma técnica de cerâmica esmaltada que era possível ser fabricada em grande
escala com boa qualidade e baixos custos. Além disso, Wedgwood inovou nas questões
mercadológicas também e começou a vender por catálogo. Nos anos seguintes, Wedgwood
aperfeiçoou ainda mais a técnica de forma a permitir a fabricação de louças de diversas
cores utilizando-se do estilo neoclássico vigente na época. Então, ele se juntou ao
desenhista Flaxman que produzia desenhos para as peças. Neste momento, Wedgwood
percebeu
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