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A Eva Lopes da Cruz Arndt

Por:   •  29/8/2020  •  Artigo  •  1.228 Palavras (5 Páginas)  •  114 Visualizações

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Eva Lopes da Cruz Arndt

INTRODUÇÃO

Cartografia é área de conhecimento, responsável pela representação e estudo da realidade por meio de mapas, cartas, croquis, plantas dentre outras, está presente no dia a dia, de toda população, e grande maioria, nem, mesmo sabe o significado e contribuição, desta na formação de indivíduos capazes de ler, reconhecer e compreender de forma crítica e reflexiva a realidade vivida, em contexto locais e globais.

Essa forma de pensamento pauta-se nos conceitos geográficos, denominados de pensamento espacial, voltado para as representações espaciais e nas habilidades do pensamento.

Conforme Castellar (2017), consiste na mobilização do raciocínio sobre o espaço e a representação espacial, promovendo a alfabetização cartográfica e a educação geográfica, pois possibilita o estudo da relação do homem com a natureza, sobre uma perspectiva crítica, a partir das inúmeras relações e situações, ocorridas dentro de espaço, bem como realizar conexões, compreendendo que um lugar está ligado a outros lugares, ou seja, a partir pensamento espacial promove a leitura de mundo, bem como a formação de cidadãos críticos.

Poderia a cartografia servir de ferramenta para manipulação de dados e fatos?

Também já não se crê que os mapas modernos, inclusive os objetivos mediante o concurso do satélite Landstat e dos computadores, estejam à margem das maquinações do poder. Tal como o mapa de uma cosmografia indiana ou qualquer representação

asteca do Universo, as cartas geográficas por satélite não deixam de ser construções sociais. Começamos a compreender que a cartografia moderna é fruto de uma empresa global, uma forma de poder/saber mesclada às principais transformações produzidas na história do mundo, criada e recebida por agentes humanos, explorada pelas elites para exprimir uma visão ideológica do mundo (HARLEY, 2010, p. 168).

Fator este, que pode ser visto, na atual conjuntura da pandemia do novo coronavírus, onde a mídia dissemina uma enxurrada de informações, muitas vezes descontextualizadas da realidade, como forma de plantar na população, informações que são convenientes para os interesses políticos, e que vão ao encontro dos interesses de um grupo seleto, da elite dominante.

No contexto da pandemia é recorrente a divulgação de dados fictícios, plantados de forma maliciosa, fato este, que se aproveita da facilidade de propagação por meio das mídias sociais, são as famosas Fake News que se propaga de forma avassaladora e intencional que é manipular, influências as opiniões das pessoas, manipula o contexto real, ou seja, compromete uma leitura social, e o pior é, que além da propagação meteórica, consegue adesão e multiplicação desta, pela sociedade, pois atualmente 63% dos brasileiros tem acesso à internet.

No dia 15 de março de 2020, no canal do Youtube, da geógrafa e professora titular da Universidade de São Paulo-USP - Maria Adélia de Souza, apresentou a fórmula do esboço de uma interpretação geográfica da pandemia que semeia o pânico no mundo, de acordo com a mesma a mídia produziu o corona vírus para semear o terror, e que a grande ferramenta da política, que é a informação o dissemina.

Percebe-se que umas das formas mais utilizadas, para tal fim são: fotos, mapas, vídeos, reportagens, posts nas mídias sociais, jornais, entre outros nos quais ilustram situações comparativas, tais como: número de óbitos comparando Brasil e Itália, por exemplo, Estado do Tocantins e São Paulo, porém sem realizar os estudos de casos, para cada situação local.

Fatores, estes que compromete a real interpretação dos fatos, distorcendo o fim da ciência cartográfica, que é o de levar os indivíduos, a realizarem leitura do espaço geográfico e compreensão dos fenômenos espacializados, de forma crítica e reflexiva.

De acordo com Castellar, (2017) cartografia enquanto linguagem permite desenvolver relações espaciais e temporais e as noções de orientação, distância e localização, construindo os conceitos da ciência geográfica.

Atualmente no cenário da atual pandemia, a população está exposta a um número excessivo de informações, dotados de fragilidade teórico conceitual sobre a COVID-19, e diariamente, através, das mídias sociais, jornais é divulgado boletins epidemiológicos, gráficos, mapas, ferramentas estas, que grande maioria da população, não consegue ler e interpretar, pois estes preceitos, são apreendidos na disciplina de geografia, que nunca foi tida, com muita relevância na formação dos indivíduos.

Como a Geografia pode paramentar dos indivíduos para enfrentar catástrofes, pandemias, desastres ambientais, dentre outros adventos provenientes da ação antrópica do homem com o meio ambiente?

Espera-se que o estudante tenha condição de desenvolver as habilidades de pensamento espacial relacionadas com as capacidades de: observar, organizar informações, compreender, relacionar, interpretar, explicar e, ainda, aplicar dados e conceitos para fazer perguntas, dessa maneira o aluno processará as informações e ainda elaborar uma representação cartográfica para sistematizar o conhecimento geográfico adquirido (CASTELLAR, 2010, p. 04)

Nesta perspectiva, Castellar (2010), acredita que a cartografia escolar, contribuirá na formação de indivíduos capazes de ler a realidade social, onde vivem, no contexto local e global, porém é importante

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