A RELAÇÃO ENTRE PANDEMIA, CAPITALISMO E CIÊNCIA
Por: Marina Gonçalves • 30/8/2022 • Dissertação • 630 Palavras (3 Páginas) • 235 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CCA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: SOCIOLOGAIA
PROFESSOR: ERIOSVALDO BARBOSA
ALUNA: MARINA CAVALCANTE GONÇALVES
RELAÇÃO ENTRE PANDEMIA, CAPITALISMO E CIÊNCIA
TERSINA-PI
2022
Relação entre o Capitalismo, Ciência e Pandemia
O filme “Os 12 Macacos”, lançado em 1996, retrata um futuro em que as pessoas são obrigadas a viver em abrigos subterrâneos por conta de um vírus que se espalhou pelo planeta, matando grande parte da humanidade. Nesse longa, equipe de cientistas escolhe um detento para a missão de viajar no tempo e descobrir informações que levem ao desenvolvimento de uma cura. Analogamente à ficção, no ano de 2020, surgiu o Corona vírus, responsável pela pandemia da Covid-19, levando também a população a tomar mudanças drásticas no estilo de vida da sociedade, influenciando bastante em diversos aspectos do capitalismo e da ciência, principal fonte de esperança para a resolução do novo imbróglio.
Sob esse prisma, é notório os efeitos drásticos da pandemia em todo o sistema capitalista, incluindo as simultâneas crises econômicas, de saúde, políticas e educacionais. Entre essas alterações, durante a pandemia, a mais prejudicial é a do crescimento do abismo social entre a parte populacional mais abastarda e a mais pobre, haja vista a principal medida de combate ao vírus, implementação do isolamento social. Essa providência gerou um efeito problemático para aqueles cidadãos com menos condições monetárias por conta dos obstáculos da educação pública, além das divergências das condições de trabalho, acerca de proteção contra a doença e disponibilidade do desenvolvimento das atividades de trabalho em isolamento. Isso pode ser exemplificado na educação privada, desfrutadas pelas classes sociais mais altas, sobretudo, pela disponibilidade de tecnologia e recursos para continuação do ensino. Porém, nas classes mais baixas, houve estagnação na educação, dado a discrepância das oportunidades de isolamento social e prevenções. Além disso, a classe desprovida financeiramente foi bastante prejudicada pelos entraves do Sistema Público de Saúde e, consequentemente, crise nos hospitais com a escassez de aparelhos fundamentais e uma concentração maior de números de doentes, explicadas pela maior vulnerabilidade dessa parcela populacional e a impossibilidade de atendimento adequado das vítimas do novo vírus. Portanto, é evidente a ocorrência da acentuação do recorte de classes e das desigualdades no período conturbado discutido anteriormente.
Outrossim, na perspectiva pandemia e ciência, o controle da primeira depende totalmente do desenvolvimento da segunda, visto a primazia dos estudos para qualquer orientação e decisão imediata em uma crise pandêmica. Todas essas medidas, visando a redução da propagação da doença, são formadas e fundamentadas no acumulo de conhecimento científico da sociedade. Além disso, a disseminação de informações é uma questão considerável, já que o controle do contágio depende, em grande parte, da população e suas atitudes. Uma população com falta de orientação e conhecimento correto impede o sucesso das medidas preventivas tomadas pelo Estado e Organizações de Saúde. As vacinas são meios importantíssimos de cautela e para serem criadas, é necessário um avanço científico e um investimento estatal nessa área favorável. No Brasil, durante a pandemia do Covid-19, houveram diversos surtos exacerbados, provenientes da mal administração da problemática, principalmente nas várias trocas de Ministro da Saúde em plena crise e a demora para providência de vacinas. Logo, o meio científico e de estudos se fragilizou, ao invés de fortalecer, prejudicando mais ainda o país e sua condição.
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