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HISTÓRIA DO PRECONCEITO E RACISMO NO BRASIL

Por:   •  20/9/2019  •  Artigo  •  1.166 Palavras (5 Páginas)  •  432 Visualizações

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HISTÓRIA DO PRECONCEITO E RACISMO NO BRASIL

Do início ao fim

Ricardo de Sousa Lima

RESUMO

O trabalho pretende mostra pela história, como o Brasil foi forjado e moldado pela égide do preconceito e racismo. Como desde sua “descoberta” o país foi aperfeiçoado em um racismo e preconceito que não existe, quando, foi transferindo dos portugueses para os índios e depois para os negros.

Palavras chaves: Racismo, preconceito, portugueses, descoberta.

  1. INTRODUÇÃO

A história de preconceito e racismo no Brasil teve início com a colonização portuguesa. Os primeiros a sofrerem preconceito por conta de sua etnia foram os índios nativos que habitavam as terras brasileiras aquando da chegada dos portugueses. Esses índios, também utilizados como escravos, foram considerados inferiores e inclusive incapazes de desempenhar certas tarefas braçais das quais os portugueses necessitavam para cuidar, por exemplo, das lavouras de café e dos engenhos de açúcar. Foi então que em meados do século XVI, os colonizadores decidiram buscar negros africanos, considerados fisicamente mais fortes. Deu-se então o início ao tráfico de mão de obra.

Logo que chegaram ao Brasil, os negros africanos tornaram-se escravos e propriedade dos colonizadores portugueses. Na época a sociedade ficou dividida em duas partes: brancos e livres de um lado e de outros negros escravizados e sem qualquer tipo de direito. Começaram então a aparecer as primeiras demonstrações de preconceito racial. Os negros foram impedidos de frequentar certos locais onde só era admitida a presença de brancos. Levou-se muito tempo até que algo fosse realizado a favor dos negros. Em 13 de maio de 1888, deu-se a abolição dos escravos, o que teoricamente os deixaria livres e em condições de viverem livres, no entanto, não foi assim que aconteceu.

Após muitos anos e acostumados na dependência de seus colonizadores, os então ex-escravos viram-se perdidos em uma sociedade para a qual eles não estavam preparados. Não tinham onde viver e nem mesmo como se sustentar. Muitos escravos preferiram, inclusive, continuar trabalhando para seus antigos donos em troca de habitação e comida. Sem ter para onde ir, os escravos que não voltaram para seus donos começaram a povoar os subúrbios das cidades e formaram-se os então chamados bairros africanos, precursores das favelas. Essa população viveu sempre marginalizada, nos subúrbios e sem as mesmas condições de vida que as pessoas que viviam em regiões mais centrais. Desde então, a população das favelas é formada por uma maioria negra ou afrodescendente, que desde do início do com escravo e agora como livre, sofrem do mesmo mal, o preconceito e o racismo, pois o período de escravidão deixou mazelas que ainda são notórias hoje em dia. O preconceito sofrido pelos morados das favelas, por exemplo, tem teores sociais, mas sobretudo raciais.

  1. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Iniciaremos com a situação histórica mal resolvida que grande parte dos indivíduos negros sofre com a pobreza no século XXI. De acordo com o IBGE, entre as pessoas mais pobres do Brasil, 3 em cada 4 são negras, que mostra uma desigualdade social que torna-se, também, racial. Com esse cenário, há a manutenção contínua, pois, sem acesso a escolaridade, por exemplo, tal população se submete a empregos informais, abusivos ou que não são suficientes para a garantia de uma qualidade de vida digna. Então, a partir disso, é muito presente a ideia de que a figura negra se associa à criminalidade, desconsiderando-se o fator da pobreza como impulsionador de tal contexto e, ainda, generalizando o comportamento de toda uma etnia, caracterizando assim o preconceito e o racismo.

Alguns pontos podemos discutir pois historicamente o preconceito e o racismo tem mostrado números alarmantes, embora no discurso do Brasil, não existam. Um bom exemplo e a apropriação cultural quando elementos típicos de determinada cultura são adotados por pessoas que fazem parte de um grupo de cultura diferente. Constantemente é possível ter conhecimento de polêmicas que costumam originar várias manifestações nas redes sociais.

Um exemplo disso foi um caso ocorrido em 2017 em Curitiba, no Brasil, quando uma jovem branca foi repreendida por uma mulher negra pelo fato de ser branca e estar usando um turbante. A polêmica dividiu as redes sociais e na época, veio à tona o termo apropriação cultural. Trata-se de um conceito que nada mais é que a adoção de certos elementos de uma determinada cultura, por uma pessoa de cultura diferente. Esse conceito pode envolver não só o vestuário, mas também a música, o idioma, a culinária, etc.

Outro tema é o racismo institucional quando há qualquer tipo de preconceito e discriminação racial em uma instituição como empresas, universidades ou órgãos públicos ou privados. Esse tipo de racismo consiste na falha proposital em prestar os devidos serviços a uma pessoa por causa de sua cor, cultura ou origem étnica. Com disso, podemos falar de ações afirmativas aplicadas com o objetivo de garantir maior inclusão social, escolar e profissional aos negros, há resistência em aceitar figuras negras como merecedoras de reconhecimento. A discursão sobre as ações tem respaldo positivo pois segundo o IBGE, 54% da população brasileira se identifica como negra ou parda.

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