José Carlos Mariátegui / Por um socialismo indo-americano (parteII)

O texto de Mariátegui inicialmente refuta o modo como a América Latina é visto, pois para ele, a américa deve ser pensada como um conjunto e não como países separados. A américa Latina tem uma história que se liga em larga escala, logo não faz sentido, segundo o autor, pensar em países deslocados historicamente.

Outro ponto importante abordado pelo autor é a utilização do método marxista para a análise da realidade latino-americana. De acordo com Mariátegui, o marxismo não pode ser interpretado de forma dogmática para compreender o povo latino, pois esta se concedeu em um modelo de sociedade totalmente diferente da sociedade latina, ou seja, para se falar de marxismo na américa latina, tem que reconhecer que o contexto europeu não se adequa a esse caso, o que torna necessário uma interpretação do marxismo para a realidade latino-americana.

A américa latina era um projeto colonial espanhol que tinha por objetivo fortalecer o poder do Estado através do mercantilismo, isto é, o rei da Espanha queria poder controlar os meios de comércio para taxálos a sua vontade. A medida que o imposto crescia, seu poder também aumentava, podendo eventualmente até romper com a igreja. Com esse processo em andamento, a Espanha  incorporou a américa espanhola em um processo capitalista.

Com o intuito de se desvincular do domínio espanhol, a geração libertadora (Bolívar, San Martim e Artigas) formam um bloco americano contra o domínio espanhol. Sendo este pensamento diferente do socialista. Porém, somente com a geração de crioulos que esta reação ganha força contra os espanhóis.