Mapeamento de relações lógicas e ontológicas no campo da Ciência da Informação
Por: Shana Santos Ferreira • 8/2/2016 • Trabalho acadêmico • 2.678 Palavras (11 Páginas) • 336 Visualizações
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE)
Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC)
Curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação (CBG)
Brisa Alves, Lizandra Oliveira, Márcia Barcelos, Mariana Coutinho, Shana Santos
Mapeamento de relações lógicas e ontológicas no campo da Ciência da Informação
Rio de Janeiro
2015
Brisa Rodrigues
Lizandra Oliveira
Márcia Barcelos
Mariana Coutinho
Shana Santos
Mapeamento de relações lógicas e ontológicas no campo da Ciência da Informação
Trabalho final apresentado à disciplina “Análise da Informação”, como requisito parcial de avaliação. Professora Vânia Guedes
Rio de Janeiro
2015
RESUMO
A Biblioteconomia e Ciência da Informação atuam com o objetivo de disseminar a informação e auxiliar na produção e construção do conhecimento. Para isso, contam com os sistemas de recuperação da informação para ajudar no processo de organização. Tal organização é feita através de esquemas de classificação, gerais ou especializados, chamados tesauros que utilizam intrincados elementos de linguística e de análise do conceito para realizar as relações lógicas e ontológicas necessárias para a sua confecção. Os tesauros surgem como meios de organizar acervos e de realizar a representação temática do conteúdo intelectual dos documentos, facilitando a recuperação da informação. Este trabalho tem como objetivo demonstrar como o mapeamento das relações semânticas entre termos de uma área do conhecimento é utilizado para desenvolver uma proposta de tesauro em Ciência da Informação. Para isso, foram coletados os termos mais frequentes em revistas selecionadas de Ciência da Informação e organizados de acordo com suas relações lógicas e ontológicas, de forma a construir um tesauro de Ciência da Informação.
PALAVRAS-CHAVE: Biblioteconomia. Ciência da Informação. Tesauro. Análise da Informação. Bibliometria.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
A organização da informação é parte intrínseca da Biblioteconomia e da Ciência da Informação, podendo ser definida como “[...] o ramo do conhecimento da construção de ferramentas para o armazenamento e recuperação de entidades documentárias” (SMIRAGLIA, 2002 apud SOUZA, 2013). A importância dessa organização está relacionada aos sistemas de recuperação da informação, já que estes dependem do tratamento técnico da massa crescente de informações registradas, fornecendo aos seus usuários a informação relevante que necessitam, da forma mais eficaz e minimizando a possibilidade de duplicação de esforços (GUEDES, 1992). Para realizar tal organização são usados esquemas de classificação, gerais ou especializados, chamados tesauros que utilizam intrincados elementos de linguística e de análise do conceito para realizar as relações lógicas e ontológicas necessárias para a sua construção. Mais especificamente, é possível definir um tesauro como
[...] uma lista estruturada de termos associada empregada por analistas de informação e indexadores, para descrever um documento com a desejada especificidade, em nível de entrada, e para permitir aos pesquisadores a recuperação da informação que procura. (CAVALCANTI, 1978 apud JESUS, 2002).
Nesse sentido, é possível perceber que os tesauros possuem uma importância significativa na construção do conhecimento e na manutenção de sistemas de informação, já que permitem uma acurácia maior na recuperação da informação, resultando em buscas mais eficazes e a entrega da informação correta aos usuários. Este trabalho tem por objetivo demonstrar como é feito o mapeamento das relações semânticas entre os termos de uma área do conhecimento, no caso a Ciência da Informação, e desenvolver uma proposta de tesauro a partir desse mapeamento. Além disso, esse trabalho busca ressaltar a importância do desenvolvimento e aplicação de métodos de Organização do Conhecimento, visando o auxílio de pesquisadores e usuários e mostrar na prática como seria o desenvolvimento de um vocabulário controlado da área proposta.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Assim que o homem foi capaz de pensar e de falar, passou a utilizar um conjunto de símbolos, também conhecido como palavras, para designar objetos ao seu redor, assim como para traduzir os pensamentos formulados eles. Além disso, foi também através das palavras que se fez entender pelos seus semelhantes. Esse modo ocorreu de uma forma muito semelhante a como as crianças aprendem a língua atualmente, com a diferença de que os elementos da linguagem (vocabulário e sintaxe) não estavam de antemão preparados e fixados (DAHLBERG, 1978). É possível definir a linguagem, portanto, como a capacidade do homem de designar objetos que estão ao seu redor e de comunicar-se com seus semelhantes.
De acordo com Dahlberg (1978), o conhecimento fixou-se através dos elementos da linguagem e a partir disso, novos conhecimentos apareceram com novos elementos linguísticos e através destes tornaram-se mais claros e distintos. O autor também explica que a partir da linguagem, foram designados significados a objetos individuais (Que estão no aqui e agora) e objetos gerais (Que se situam fora do tempo e espaço), que resultou na formação de conceitos individuais e gerais. O conceito pode ser definido como a compilação de enunciados verdadeiros sobre determinado objeto, fixada por um símbolo linguístico (verbal ou não-verbal). Percebe-se, então, que o homem se viu necessitado de que as palavras tivessem um significado, ou seja, que cada palavra representasse um conceito. A combinação do conceito com uma palavra resulta no que é chamado de signo. O signo linguístico, portanto, une um elemento concreto (imagem, som ou palavra) chamado significante, a um elemento inteligível (conceito) ou imagem mental, chamado significado.
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