Metodo biográfico
Por: HHMG • 2/6/2016 • Projeto de pesquisa • 12.342 Palavras (50 Páginas) • 1.386 Visualizações
Índice
Introdução 1
Objeto de estudo 2
Evolução dos Métodos Biográficos 2
Das Instituições Totais à Construção Social da Realidade 3
A importância teórica do método biográfico 3
A importância pedagógica do método biográfico 4
Utilização do método biográfico 4
Do ponto de vista técnico 4
O uso científico do método biográfico e as mudanças no uso de documentos pessoais 5
O método biográfico como um estudo de caso 6
Biograma 6
As vantagens e desvantagens 6
Etapas do método biográfico 7
Epistemologia 7
Paradigmas epistemológicas no campo de investigação 7
O Método Biográfico em Ciências Sociais 8
Da biografia à história de vida – Percurso de uma Jovem 9
Conclusão 15
Bibliografia 16
Introdução
Este trabalho foi - me pedido no âmbito da Cadeira de Pensamento Contemporâneo, tem como objetivo, apresentar o tema Método Biográfico. O tema será tratado de forma geral, de forma a proporcionar uma visão abrangente sobre o mesmo.
O método biográfico é usado pela primeira vez uma técnica conhecida como ciências sociais, principalmente a partir de 1900 e 1920 com a obra de Thomas e Znaniecki sobre os camponeses poloneses. A partir daí usaram o termo história de vida: história de vida, que designava tanto a história coletados pelo pesquisador, complementando os documentos e entrevistas que a vida com o trabalho feito a partir dele.
Neste sentido, as histórias de vida são uma metodologia de pesquisa qualitativa referentes a pesquisa narrativa, ou seja, este tipo de discurso em que os eventos e acontecimentos de pessoas estão relacionados por um argumento.
Na longa história das ciências sociais, a abordagem biográfica tem sido uma das constantes que, sob perspectiva epistemológica e intenções, vários teóricos, chegaram com vigor incomum e de diferentes origens disciplinares. Embora o lançamento da metodologia da histórias de vida coincide com o pico da Escola de Chicago nos anos vinte.
O método biográfico é o uso sistemático de documentos que refletem a vida de uma pessoa, momentos especiais ou destaca ele. As experiências pessoais de cientistas, artistas, executivos e outras pessoas de destaque, muitas vezes refletem tanto a vida e o contexto social e histórico em que o trabalho dessa pessoa faz sentido.
A partir de uma perspectiva interpretativa, o método biográfico permite, através das narrativas dos protagonistas de estudiosos contemporâneos ou a reconstrução de uma época, de um momento histórico de informação científica, tecnológica ou artística.
Objeto de estudo
No método biográfico, o objeto de estudo é o indivíduo, na sua singularidade. Este é o aspecto incontornável e marcante desta metodologia. O levantamento de histórias da vida pode fazer-se com base em biografias, autobiografias, mas igualmente em diários, portfólios e outras fontes de informação similares. É enorme a riqueza e complexidade da informação recolhida. Esta é a razão pela qual estes tipos de estudos são também designados de intensivos, em oposição, aos de natureza extensiva, que recorrem a técnicas como os questionários estandardizados destinados a grupos mais ou menos extensos.
É um trabalho que serve para oferecer em testemunho subjectivo de uma pessoa em algo, este permite conhecer a pessoa integralmente exclusivo. Com a aplicação deste método pode obter valorações que a pessoa tem de si mesmo.
É o método por excelência para ser uma história de vida (é um relato autobiográfico, que o investigador obtem mediante sucessivas entrevistas).
Um relato de vida também é um estudo de caso referido a uma determinada pessoa. Na história de vida não só inclui o relato do paciente, também deve introduzir – se qualquer outro tipo de informação ou documentação adicional, para que permita ao investigador reconstruir de forma exaustiva e objectiva a realidade contada.
Evolução dos Métodos Biográficos
A Escola de Chicago
As histórias de vida como objeto de pesquisa científica, deram origem a um notável conjunto de estudos logo a seguir à Iª. Guerra Mundial. A forma de encarar as histórias de vida, muda então radicalmente. O relato de um percurso singular, torna-se numa janela aberta para entender o Outro. O primeiro estudo de referência foi o de W.I.Thomas e F. Znaniecki, intitulado “The Polish Peasant in Europe and América (1918-1920). Mas as contribuições mais significativas para esta nova perspectiva ficaram a dever-se à Escola de Chicago que influenciada por Robert Park, produziu um notável conjunto de estudos, onde é patente o interaccionismo simbólico de George Herbert Mead (1863-1931). Mead trouxe para as ciências sociais uma nova maneira de pensar o comportamento social dos indivíduos. O individuo deixa de ser visto como algo unitário, uma “pessoa” que existe como se fosse completamente independente dos outros, mas sim como um ser complexo com várias dimensões diferentes, construído a partir das suas relações com aquilo que ele designa por “outros significantes”, cujo comportamento têm importância social ou consequências para nós. As ações humanas inserem-se assim, no interior de um processo comunicativo. Para que se dê comunicação, cada indivíduo deve conhecer a maneira de reagir do outro perante os seus atos.
É muito significativo que a maioria dos trabalhos da Escola de Chicago se tenha orientado para a compreensão dos comportamentos desviantes em meios urbanos. As representações destes indivíduos espelham percursos fortemente marcados por estigmas sociais, facilmente apreensíveis.
Das Instituições Totais à Construção Social da Realidade
Entre meados dos anos trinta e os anos cinquenta, os métodos biográficos é secundarizada na pesquisa social, em favor
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