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Resenha Crítica Sobre o Filme "um dia de fúria" - psicologia jurídica

Por:   •  1/2/2023  •  Trabalho acadêmico  •  518 Palavras (3 Páginas)  •  136 Visualizações

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Análise crítica sobre o filme “Um dia de fúria”:

No filme “Um dia de fúria”, na cena inicial, é retratado um ambiente urbano totalmente caótico, onde o personagem principal, William Foster, se encontra praticamente enclausurado no trânsito devido ao congestionamento de veículos. Além disso, outros acontecimentos também marcam essa primeira parte da trama, como a poluição sonora fruto de buzinas e contínuos burburinhos desordenados que, até a mais sã pessoa se incomodaria, estando sujeita àquela situação tão agonizante.

O objetivo da feitura dessa obra é unicamente satírico; pois ela mostra justamente as atribulações cotidianas as quais os trabalhadores enfrentam no mundo contemporâneo. William se vê sufocado, não só com aqueles meros fenômenos do certo dia, mas pela acumulação destes. Já sendo um indivíduo de meia-idade, as preocupações de cuidar da família, dos pais idosos e de se adaptar ao trabalho vem à tona – e, não acontecendo êxito nas funções, o resultado certamente será o iminente estresse em não conseguir lidar com todos esses percalços a sua volta. E foi o que aconteceu com William.

Diante do colossal e sufocante engarrafamento, e com o desejo incessante de chegar em casa a tempo do aniversário de sua filha, ele sai do carro e o deixa lá, como num ato de desespero e explosão emocional, começando ali o seu trajeto mortífero no ápice de seu estresse mental. Ao longo do percurso, se depara com variados cenários citadinos que só fazem aumentar, ainda mais, a raiva dele, o qual passa a agir de forma extremamente violenta e desregrada com aqueles que o contrariasse.

Além do estresse, advindo da não aceitação do divórcio entre sua esposa e o fardo de ter que conviver com sua mãe, já muito debilitada em decorrência da elevada idade, e que, aparentemente, possui alguma doença psicológica, há ainda, a inconformidade com a demissão de seu emprego. Dado o contexto histórico da época (década de 90), os EUA estavam no auge do desenvolvimento econômico, e como resultado, requisitava-se de funcionários cada vez mais bem instruídos e qualificados para a execução dos cargos. Ao se deparar com tal demanda laboral, a pressão do chefe em se aperfeiçoar e ser multifuncional, no panorama gradativamente mais capitalista, além dos fatores externos – família e mãe – seu estresse aumentou em tão alto nível, que evoluiu para uma Síndrome de Burnout. Ao final do processo de desligamento da empresa, ele foi enquadrado como “não economicamente viável”.

Essa síndrome traduz a sensação de estar “se queimando pelo trabalho”. Pode ser entendida como uma “exaustão” decorrente da queimação física e emocional, que acomete trabalhadores submetidos a conjuntas de permanente estresse ou exigências radicais, originando um grande descontrole emocional nas relações interindividuais. O que é o caso do nosso infame protagonista.

Portanto, pautados os aspectos pertinentes à psicologia, ao personagem William Foster, percebe-se que ele é apenas um dos muitos afetados pelo estresse excessivo e pela estafa profissional – elementos paulatinamente mais presentes na sociedade hodierna. E, infelizmente, desequilíbrios como esses só tendem a alargar, em virtude da extrema necessidade da concepção de velocidade informacional na contemporaneidade,

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