Resenha Tecnica - Filme na Rota do Dinheiro Sujo
Por: Thalita Brizuela • 18/9/2019 • Resenha • 962 Palavras (4 Páginas) • 1.717 Visualizações
IFSP – INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO
THALITA PEREIRA BRIZUELA
PRONTUÁRIO: 1561502
RESENHA CRÍTICA DA SÉRIE “NA ROTA DO DINHEIRO SUJO”
Episódio Emissões Mortais
SÃO PAULO
2019
“HARD NOX”
Dirty Money 1x01: Hard NOx. Direção: Alex Gibney, Brian McGinn, Erin Lee, CarrFisher Stevens, Jesse Moss, Kristi Jacobson. Produção: Alex Gibney. Roteiro: Alex Gibney. Produzido por: Netflix. Estados Unidos, 2018.
INTRODUÇÃO
Em seis episódios e trazendo como produtor o vencedor do Oscar Alex Gibney, que também dirige o primeiro episódio, a série documental traz histórias modernas e reais, mostrando como a ganância, a corrupção e o crime contaminam a economia global, com enfoque nas grandes empresas.
Da fraude da Volkswagen em testes de emissão de poluentes a um inusitado roubo de xarope de bordo, passando pela lavagem de dinheiro dos traficantes de drogas do México realizada pelo banco HSBC, são revelados casos verídicos, e documentados, sobre como, por exemplo, a Volkswagen trapaceou e fez o mundo todo acreditar em seus carros a diesel limpos.
O episódio a ser analisado criticamente neste trabalho tem como título Emissões Mortais, e fala justamente do exemplo dado no parágrafo anterior: a confusão que custou bilhões de dólares à marca alemã (depois dela lucar muitos bilhões a mais). De maneira geral, o episódio conta como o caso em que a Volkswagen mentiu sobre a verdadeira quantidade de gases poluentes emitida por seus carros a diesel. O desenrolar do episódio torna-se extremamente interessante, onde não há o diretor não poupa nas “provocações” e faz referência até mesmo à criação da Volkswagen em pleno regime nazista para narrar o início de toda a história.
O episódio consegue explicar didaticamente como funcionou a fraude. Passo a passo, é possível ver como a descoberta totalmente acidental da inconsistência nas emissões clareou o alerta primeiro na VW dos EUA e, depois, na própria sede alemã. Diversos e-mails orientavam os técnicos da empresa como adiar as respostas às entidades de pesquisas, na expectativa de que a boa imagem da empresa fosse levada em consideração e assim, deixar o caso de lado.
DESENVOLVIMENTO
Emissões Mortais é um dos episódios da série que definitivamente causa extrema indignação. A artimanha utilizada pela Volkswagen para introduzir um modelo a diesel muito econômico e limpo é um claro exemplo de como as grandes empresas mascaram os danos que causam ao meio ambiente, e aos seres humanos, propondo tecnologias que aparentam ser rentáveis e sustentáveis.
Além da artimanha propriamente dita, relacionada ao próprio veículo, os executivos da Volkswagen negaram tudo até o último instante. Uma agência estadunidense de proteção ambiental descobriu que a empresa havia colocado um equipamento que fazia com que as taxas de emissão de CO2 parecessem mais baixas, um software que reduzia em 40% as emissões detectadas. Porém, o cinismo daquelas que se diziam líderes dessa grande empresa na Alemanha, disseram que isso era comum a todos os fabricantes, porque assim diziam defender a indústria do seu país.
Buscando mais a fundo sobre o caso, conhecido nas mídias como Dieselgate, foi possível entender realmente que o problema estava muito além das mentiras contadas pela empresa. Segundo o site Economia UOL:
“A indústria automobilística da Alemanha está sob suspeita de ter financiado experimentos nos quais fez macacos e seres humanos inalarem gases emitidos por motores a diesel, com o propósito de determinar os efeitos que estes têm sobre o sistema respiratório e sobre a circulação sanguínea, segundo informações de vários meios de comunicação alemães.” [Economia UOL, 2018].
Ainda segundo o site Economia UOL, o presidente do Conselho de Supervisão da Volkswagen (VW), Hans Dieter Pötsch criticou os supostos experimentos da montadora com macacos e com seres humanos:
“Em nome do conjunto do Conselho de Supervisão me distancio com total determinação deste tipo de prática. Farei tudo o que estiver em minhas mãos para que esses fatos sejam completamente examinados.” [Economia UOL, 2018].
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