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Resenha Um Toque de Clássicos

Por:   •  15/5/2019  •  Resenha  •  1.168 Palavras (5 Páginas)  •  509 Visualizações

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UFPR - Curso de Ciências Econômicas

Matéria: xxxx

Aluno: Diana Nosol Guimarães

Resenha do Capítulo - Karl Marx, do livro “Um toque de clássicos”, escrito por Márcia Gardênia Monteiro de Oliveira e Tania Quintaneiro

 

O livro “Um Toque de Clássicos” se propõe a abordar autores fundamentais para a Sociologia, especificamente Marx, Durkheim e Weber, e é de autoria de Tania  Quintaneiro, professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMG, Maria Ligia de Oliveira Barbosa, socióloga, Doutora pela Universidade Federal de Campinas e Márcia Gardênia Monteiro de Oliveira, professorara da UFMG. O capítulo dedicado a Karl Marx é de autoria de Márcia Gardênia Monteiro de Oliveira e Tania Quintaneiro.

As autoras introduzem o capítulo lembrando do grande impacto das ideias de Marx não só nos meios intelectuais mas de ordem prática, também, reafirmando a dificuldade em sintetizar sua obra e propondo apresentar os fundamentos conceituais e metodológicos do pensador alemão. Para tanto, tratam inicialmente da dialética e materialismo. Hegel (1770-1831) retoma e reformula a dialética grega, denominando-a como a relação entre o particular e a totalidade. A óptica dialética busca as contradições “da vida social que resultam na negação e superação de uma determinada ordem”. Marx e Engels seriam os herdeiros do pensamento de Hegel, em sua vertente à esquerda, vendo o mundo como resultado da ação humana, opondo-se à visão do mundo como limitada apenas à contemplação. O materialismo histórico seria a abordagem da vida social, de modo que as relações materiais estabelecidas pelo homens e seus modos de produção, ao longo do tempo, é que formariam a base de todas as relações.

Em seguida tratam das necessidades de produção e reprodução, relacionadas com a manutenção e a reprodução da espécie humana que, diferentemente dos animais, atuam de forma consciente e que é, para Marx, a “atividade humana básica”. Para isso, é necessário o estabelecimento de relações sociais, e a própria produção irá definir o objeto e o modo de consumo. Segundo as autoras, as forças produtivas representam as formas de obtenção de um bem, em determinado momento histórico. Nas sociedades onde imperam sistemas de classes sociais, a divisão social do trabalho será diferenciada, no que se refere ao produto e aos meios para produzi-lo, podendo se dar em função de interesses particulares, expressando desigualdades sociais.

De acordo com Marx e Engels, as instituições políticas e sociais se fundamentam sobre a estrutura, ou base, da sociedade: o conjunto das forças produtivas e das relações sociais de produção. Ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais, conhecimentos científicos, comunicação, por exemplo, são produtos imateriais da produção humana, e formam a superestrutura da sociedade, resultados da base econômica e material da sociedade.

O surgimento dos excedentes de produção nas sociedades foi o que permitiu sua divisão em classes, segundo circunstâncias históricas específicas, via de regra representando a oposição entre os detentores dos meios de produção e os detentores apenas da mão de obra e, segundo Marx, no capitalismo, a separação entre trabalho e meios de produção será maior, aumentando e concentrando os meios de produção, transformando-os em capital. A classe que concentra os meios de produção será a classe que detém os comandos político e espiritual da cidade, explorando a mão de obra da classe trabalhadora.

Como resultado, a partir do desenvolvimento de uma consciência de classes, teremos uma luta de classes. Marx defende que: 1) que a existência das classes depende historicamente do desenvolvimento da produção; 2) que a luta de classes leva à ditadura do proletariado; 3) que acaba por ser a transição para uma sociedade sem classes.

As autoras apontam que o foco da obra de maturidade de Marx, “O Capital”, é a sociedade capitalista, que tem como unidade básica a mercadoria, seja no papel de produto ou no de força de trabalho, com valor de uso ou de troca. As relações de produção irão criar, nesta situação, o mercado. Aí surge o conceito marxista da “mais-valia”: o excedente de valor do produto, gerado pelo trabalhador, e apropriados pelos donos dos meios de produção. O excedente é o lucro da burguesia, e a mais-valia representa a exploração do trabalho do proletariado.

Para Marx, a burguesia surgida no final do feudalismo não cumpriu um papel revolucionário com o posterior desenvolvimento do capitalismo, que acabou por sedimentar uma divisão da sociedade entre burguesia e proletariado. Marx e Engels viam o proletariado como a classe revolucionária por excelência. Para os filósofos, essa revolução se daria eliminando a capacidade de apropriação e concentração, abrindo caminho para a refundação da sociedade, primeiramente em uma fase transitória, a ditadura do proletariado, que iria eliminar a propriedade privada dos meios de comunicação, e excluir as classes e seus antagonismos, levando a sociedade ao comunismo, caracterizado pela ausência de poder político, pois este é resultado justamente do antagonismo entre classes dentro da sociedade

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