Resumo de "Uma mente brilhante"
Por: Flávia Araújo • 29/12/2018 • Trabalho acadêmico • 975 Palavras (4 Páginas) • 277 Visualizações
Enquanto fazia festas a Spike, o meu labrador retriever com tendência para a estupidez, observava o mar de julho. O sol estáva a queimar-me a pele albina, apesar de eu tentar proteger-me, em vão, contra ele.
-Odeio o verão!-resmugo, lançando um pauzinho de gelado no lixo.-Ao menos tu divertes-te, não é?-sorri para Spike.
-Filipa!-gritou alguém, ao fundo da rua. Virei-me rapidamente, curiosa para saber quem tinha chamado por mim. Avisto uma rapariga a correr a alta velocidade, até que esbarra em mim, derrubando-nos no chão.
-Olá, Sofia...-cumprimentei a minha amiga com aparência de um elfo. Ao contrário dos seus cabelos quase brancos, das orelhas pontiagudas e dos olhos verdes, eu tenho cabelos castanhos quase pretos, e olhos castanhos. Parecemos uma antítese dos contos de fadas.
-Filipa, andava à tua procura!-comenta ela, enquanto cumprimentava Spike.
-Estou a ver que sim...o que foi?-questionei.
-Tens de vir ao museu, aconteceu uma coisa inimaginável!-respondeu ela, de olhos arregalados. Levantámo-nos do muro, e, ao chegar lá, descobrimos que nos aguardava um agente da polícia e o dono do museu, que se dirigiram logo para nós.
-O quê? A nossa ajuda preciosa é um par de miúdas de palmo e meio?-vociferou o polícia.
-Bom dia para si também!-respondi, sarcástica.
-Oh, elas não são o que parecem!-prometeu o dono do museu.
-Bem, vou fingir que acredito nisso tudo...venham por aqui, meninas...?
-Filipa e Sofia.-respondo eu.
-Muito bem, continuando, o roubo aconteceu aqui.-informou o dono do museu, apontando para um sarcófago majestoso, que era o centro da exposição.
-O quê, não me digam que a múmia ganhou vida e fugiu...-gozei eu, fazendo Sofia rir.
-Estás perto!-responde Sofia, rindo-se ainda mais.
-O QUÊ? Contem lá isso, por favor!-implorei eu, incrédula.
-Bem, ontem a exposição estava a correr perfeitamente, e hoje, ao abrir o museu, deparámo-nos com o sarcófago completamente vazio.
-Nenhuma prova, pegada, algum vestígio mínimo?-perguntou Sofia, analisando o perímetro em volta. O polícia abana a cabeça.
-Têm a certeza que ontem foi um dia PERFEITAMENTE normal? Não houve nada, por mais fútil que seja, que seja fora do enquadramento do "perfeito"?-questionei.
-Bem...-começa o dono do museu, corando subitamente.-Ontem, por volta das 17 horas, apareceu uma senhora, já idosa, vestida com umas roupas esquisitas, que começou a gritar que estávamos todos enganados em relação à aquela múmia, e que o Manuel ia voltar em breve, até que a expulsamos daqui para fora, pois estava a assustar os clientes.
Dirigímo-nos para uma sala escondida, e assistimos às gravações, que não aparentavam ter nada de mal, até que a do dia anterior mostra a tal idosa misteriosa, tal e qual como a tinham descrito, mas, durante a noite, não apareceu nada.
Pedimos as gravações e saímos dali em direção ao centro da vila tentando encontrar a tal idosa estranha.
Com uma foto da idoda, fomos de pessoa em pessoa, perguntando se conhecia a tal senhora.
Já havíamos perdido quase toda a esperança, quando uma senhora, provalavelmente na casa dos 40, confronta-nos, muito séria.
-Vocês andam a procura dessa senhora, certo?
-Sim, sabe onde ela está ou mora?-perguntei, esperançosa.
-Bem...eu sou a filha dela, porquê, o que se passou?-respondeu ela, submissa.
Contámos-lhe a história toda, desde o assalto até à aparição da mãe dela, e ela olha para nós, pouco convencida.
-Por favor, acredite em nós...Esta múmia foi requisitada ao maior museu do Egito, e se não a devolvermos a tempo, a multa vai ser fatal para o museu!-implorei eu, desesperada.
-Pensava que vocês me iriam falar de algo sério.-Critica ela, escarninha.-Com licença...
Sofia virou-se para mim.-E agora, o que vamos fazer?-questiona.
-Perseguição.-sorrio para ela. Atravessamos rapidamente as ruas pejadas de comerciantes, e seguimos pouco a pouco a mulher, até que ela entra numa casa antiga, com as paredes desgastadas e as janelas tapadas.
...