Sociologia a riqueza e a pobreza
Por: Tafarela • 2/10/2015 • Dissertação • 712 Palavras (3 Páginas) • 2.032 Visualizações
Sociologia a riqueza e a pobreza
Um dos maiores problemas vividos pela sociedade moderna é a chamada desigualdade social, é chamada de desigualdade social o fator de desequilíbrio de padrões, econômicos, escolares, profissionais, entre pessoas de um mesmo ou de diferentes lugares, estados, países e/ou nações. É notório que o maior fator de desigualdade social presente hoje em dia seja o econômico, onde o abismo entre ricos e pobres se torna cada vez maior.
Para entender melhor esse problema social é necessário entender suas origens. A começar pelo que chamamos de riqueza, riqueza é o estado de abundância de bens, capital, alimentos, serviços e benefícios que abrange um ou mais indivíduos. Em uma visão capitalista, a riqueza seria a retenção por um pequeno grupo ou somente um individuo sob um grande valor de capital, presente na sociedade, onde esse pequeno grupo ou individuo “fez por onde” conseguir essa condição social, usando de forma lucrativa de meios que são disponíveis a todos, usufruindo de ferramentas e tempo disponível a ele para multiplicar o próprio capital, seria a máxima capitalista dita por Benjamin Franklin e repetida por Max Weber que fala que “tempo é dinheiro”, cabe a cada um saber como vai usar o tempo disponível.
Em contrapartida segundo o economista e filosofo Karl Marx a riqueza na sociedade capitalista seria uma “grande coleção de mercadorias”, sendo o conceito “mercadoria” a definição do principal interesse econômico burguês. Dessa forma seria através dos ganhos obtidos na produção de mercadorias que ocorreria a divisão entre a burguesia e proletariado, onde a classe burguesa ficaria com a maior parte dos lucros, pouco trabalho manual e a mercadoria final produzida enquanto a classe proletária ficaria com a mão de obra e pequena parte dos lucros.
No outro lado dessa moeda encontra-se a parte oposta dessa historia, a pobreza, a pobreza seria a falta de acessibilidade aos insumos básicos de sobrevivência humana, seria a privação de serviços de alimentação, saúde moradia, estudo, trabalho, entre outros que são essenciais para a vida humana de qualidade. Trazendo de volta a visão do mundo capitalista, o estado de pobreza do individuo seria o resultado de uma ação do próprio individuo que por ventura não soube ou não quis usar das oportunidades disponíveis ao seu redor que poderiam modificar o seu status social.
No contesto socialista a pobreza deriva do fator social onde classes que foram sempre privilegiadas ao longo da historia se apropriam dos meios que seriam de uso comum, privando os menos favorecidos do consumo desses bens, fazendo com que os que tiveram as oportunidades usurpadas enfrentem meios desumanos para conseguir o que antes seria um bem de todos.
Analisando o contexto histórico e os fatos presentes na sociedade atual podemos notar que apesar das lutas de muitos governantes e de movimentos sociais que buscam acabar com essas condições, a pobreza e a miséria ainda são fatores muito comuns no nosso cotidiano, principalmente o da sociedade brasileira, onde vemos esse fator sempre à tona, principalmente em época de campanhas eleitorais e em tragédias ambientais que volta e meia aparecem no país.
Em meio a nossa sociedade capitalista atual notamos claramente a divisão que a classe privilegiada de riquezas e a classe assolada pela pobreza se encontram, observamos que mesmo com a luta e o esforço dos mais necessitados nada parece surtir efeito em meio a essa situação, seria como se o poder que detêm o capital não deixassem de forma alguma que essas pessoas desprivilegiadas financeiramente mudassem seus padrões de vida, como se a riqueza dependesse totalmente da pobreza para permanecer “viva”. No Brasil assim como em grande parte do mundo é possível notar que os mesmos privilegiados pelo capital são os mesmos privilegiados pelo poder, principalmente o poder público, fazendo que dessa forma a luta pelos menos favorecidos seja algo que sempre fica em segundo plano.
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