TRABALHO DE SERVIÇO SOCIAL
Por: Karina Lira Benevides • 15/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.529 Palavras (7 Páginas) • 206 Visualizações
INTRODUÇÃO
O presente trabalho objetiva expor a história da família, ressaltando que a mesma é o pilar de sustentação da sociedade. Além da formação tradicional da família, o surgimento de formas de união modernas, criando outros modelos familiares e formando novos arranjos modernos permitem diversas configurações. O desenvolvimento social e cultural, a origem, são peças que compõem o molde da família atual, incluindo a mulher nas transformações para a criação de uma nova sociedade.
As mudanças sofridas pela família, como consequência de uma sociedade capitalista, e o impacto disto para a estrutura da família e como estas mudanças sociais fizeram surgir o novo modelo de família com atribuições diferentes com diretos adquiridos e proteção que são divididas com o Estado gerando uma nova sociedade é a inserção da família nas Políticas Sociais.
Estas alterações fizeram com que o Estado intervisse com algumas ações. Logo, foram criadas Políticas Sociais, para dar tratativa a tais situações. Estas políticas são as ferramentas usadas pelo profissional do Serviço Social.
Com a intenção também de conhecer a ação do Assistente Social, nestas novas demandas da Sociedade Contemporânea.
Atualmente os processos de intervenção com as famílias são pensados apenas no âmbito do atendimento direto. Não são vislumbradas, no universo das ações profissionais, outras possibilidades de se trabalhar com famílias; não são considerados especialmente os espaços da proposição, articulação e avaliação das políticas sociais, nem a organização e articulação de serviços como campos fundamentais de intervenção na área da família.
Abordar a problemática familiar constitui-se em uma tarefa difícil e complexa, já que a família contemporânea pode ser vista como um desafio, que envolve problemas de ordem cultural, ética, econômica, política e social.
FAMILIA E SOCIEDADE E SERVIÇO SOCIAL CONTEMPORÂNEO
Tendo por princípio de que a família é o nosso primeiro grupo de convivência onde aprendemos conceitos sobre valores, respeito, companheirismo, solidariedade e também recebemos amor e carinho. A família no entanto, é considerada a primeira e a mais importante instituição, uma vez que é a base de todas as outras, a família é no entanto a principal unidade básica de desenvolvimento do ser humano, pois é ela a família que nos habilita a conviver com outras pessoas formando novos grupos de convívio na sociedade.
Ao longo da história a definição sobre família tem passado por transformações religiosas, econômicas e socioculturais, deixando de lado o conceito de que família é uma instituição que tem sua formação a partir do enlace matrimonial que por consequência geram três vínculos: o conjugal, o de parentesco e o de afinidade.
No entanto tendo seu conceito ampliado entendemos nos dias atuais que a definição sobre família vai muito além de um casamento estabelecido entre um homem e uma mulher. Família é comunhão de afeto elemento essencial de toda e qualquer forma de união, uma troca de amparo e responsabilidade. É notável as inúmeras transformações pelas quais as famílias vêm passando. No que se refere a sociedade contemporânea brasileira muitos são os fatores que contribuíram e ainda contribuem para essas transformações. A inclusão da mulher no mercado de trabalho, o controle da reprodução o avanço da tecnologia reprodutiva e os exames de DNA são aspectos importantes nas formações dos vínculos familiares atuais.
Antes formada então pelo casal e seus filhos, a família sofre alterações inevitáveis no seu cotidiano. Com a migração da mulher no mercado deixando assim de ser cuidadora passando então a dividir as tarefas domésticas e responsabilidades não somente financeiras mas também no que diz respeito à educação dos filhos .Pesquisas que essa nova condição feminina vêm sido apontada como principal fator das mudanças causadas na família,( Bilac apud Carvalho, 1997. Afirma que o trabalho feminino causou uma mudança significativa na vida doméstica e na dinâmica familiar)
A definição sobre família vem sendo redefinida de acordo com cada época do ano e a condição social também tem sido um fator de fundamental importância.
A centralização da família é o objetivo principal da Matricialidade Sociofamiliar, que é destaque na Política Nacional de Assistência Social – PNAS, pois garanti a sobrevivência, o acolhimento de suas necessidades e interesses no convívio familiar e comunitário, partindo desse principio, garantindo a proteção social.
A Matricialidade Sociofamiliar se refere à centralização da família como núcleo social fundamental para a efetividade de todas as ações e serviços da política de assistência social. A família é o conjunto de pessoas unidas por laços afetivos, sanguíneos ou de solidariedade, cuja sobrevivência e reprodução social pressupõem obrigações recíprocas e o compartilhamento de renda ou dependência econômica.
A partir da Política Nacional de Assistência Social- PNAS surgiu debates a fim de compreender a família, pois esta deixa de ser sujeito das ações assistencialista e passa a ser o foco.
O trabalho assistencial com as famílias exige diariamente uma nova estratégia de enfrentamento da questão social, de forma integrada aos serviços socioassistenciais garantindo sujeitos direitos, agentes sociais, bem como revendo as metodologias de modo a ultrapassar o forte caráter moralista e disciplinador que intervém nas formas de pensar a família.
Um problema enfrentado por as famílias é a economia, pois distância na inserção no mercado formal de trabalho, pois a mesma não tem condições de fazer frente às vulnerabilidades sociais. Portanto, a situação econômica atual forja uma família que, é frágil socioeconomicamente, o que torna difícil cumprir o papel protetor que lhe é imposto.
É de fundamental importância, um olhar para a família como sujeito de direitos, devendo os profissionais das políticas públicas assumir um planejamento de estratégias ao enfrentamento das expressões da questão social a partir de suas realidades, com ênfase no reconhecimento de suas possibilidades e fragilidades e na contextualização socioeconômica e cultural dos conflitos que cercam o mundo familiar, uma vez que para a família proteger e cuidar, ela deve ser amparada, pois não podemos exigir algo de quem não tem condições objetivas para tanto.
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