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VOLVISMO: O AVANÇO DOS MODELOS PRODUTIVOS AINDA POSSUI LIMITAÇÕES

Por:   •  18/8/2018  •  Dissertação  •  549 Palavras (3 Páginas)  •  422 Visualizações

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VOLVISMO: O AVANÇO DOS MODELOS PRODUTIVOS AINDA POSSUI LIMITAÇÕES

        

        O modelo de produção conhecido como volvismo surgiu na fábrica da Volvo, na Suécia, resultado do processo de produção característico das indústrias automotoras combinado com fatores socioculturais do país. Nesse modelo produtivo o papel do operário é mais importante do que o desempenhado no fordismo e no toyotismo. Entretanto, os moldes desse sistema ainda não são tão fáceis de serem inseridos em todo tipo de indústria.

        Durante os anos 50 e 60, a Suécia já mostrava uma industrialização forte. O fato de ser um país desenvolvido, conhecido por não aderir a hierarquias sociais e com uma educação pública de qualidade, forneceu os principais pontos para a criação do Volvismo. A potencial mão de obra jovem não aceitava a ideia de trabalhar nas fábricas como no modelo Fordista, em que cada trabalhador realizava uma tarefa da linha de produção, o que era visto como "máquinas operando máquinas".

        O volvismo aplica diversos conceitos do toyotismo como a produção enxuta e de acordo com a demanda, além do investimento na motivação e capacitação do operário. Entretanto, no modelo Volvista, o funcionário não participa apenas do processo de produção. Além de conhecer cada etapa, o operário pode fazer contribuições com o objetivo de tornar o processo cada vez melhor. O funcionário está constantemente recebendo novos treinamentos e participa da gestão da fábrica através dos sindicatos.

        Devido a capacitação dos operários, o produto pode ser montado em grupos ao invés da repetição de apenas uma tarefa por indivíduo. Assim, cada grupo pode usar uma opção diferente para solução de determinados problemas que surgem, de modo que no final o processo é aprimorado. Por conta dessa característica, esse modelo é comumente analisado através da comparação com um cérebro: diversos neurônios conectados entre si, em que os componentes tem funções específicas, mas ao mesmo tempo existe a possibilidade de intercambialidade.

        Contudo, o sistema da Volvo ainda possui limitações. A principal delas é a dependência de uma infraestrutura formada e de uma tecnologia avançada, devido condições do processo produtivo. Além disso, depende de pessoal altamente qualificado e com grande entrosamento, o que nem sempre é possível a depender do local em que o modelo pretende ser inserido.

        Vê-se, portanto, que o modelo Volvista conseguiu trazer diversos aspectos, antes inexistentes em outros modelos de produção, aliando o operário como parte fundamental do processo com um sistema produtivo desenvolvido e tecnológico. Entretanto, ainda possui certa limitação sobre a sua aplicação, principalmente em indústrias de pequeno porte e com baixo grau de tecnologia. Possivelmente, outro modelo ainda pode surgir de modo que atenda o que o sistema sueco ainda não conseguiu resolver.

Referências  

RUIN, Olof. O desenvolvimento do modelo sueco. Lua Nova: Revista de Cultura e Política. Disponível em: . Acesso em 24 mar. 2018.

Jr, Thomaz Wood. Fordismo, toyotismo e volvismo: Os caminhos da industria em busca do tempo perdido. Revista de Administração de Empresas / EAESP / FGV, São Paulo, Brasil, 1992. Disponível em: . Acesso em 24 mar. 2018.

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