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As “novas economias“ e os “novos modelos“ de organizações no contexto dos arranjos produtivos locais

Por:   •  26/4/2023  •  Projeto de pesquisa  •  1.357 Palavras (6 Páginas)  •  278 Visualizações

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Gustavo Casagrande RA: 0200642227018

As “novas economias“ e os “novos modelos“ de organizações no contexto dos arranjos produtivos locais

  1. Introdução

O termo “novas economias” tem o início de sua utilização em meados de 1990, caracterizando empresas que detinham a capacidade do uso da expansão tecnológica e o alto poder de escalabilidade baseando-se em soluções benéficas entre as marcas e os consumidores na oferta de solução produto-serviço, conhecida como serviçalização, havendo uma disrupção dos modelos de economias tradicionais na indústria, onde então há a cultura centrada em pessoas e na valorização do indivíduo (DISTRITO, 2021)

Dentre as novas formas de economia nos novos modelos organizacionais, o cenário é marcado pelo modelo de economia criativa vista como a busca e ampliação de inovações nas áreas cientificas, tecnológicas, culturais e no ramo de entretenimento. Países emergentes como o Brasil estudam e buscam implementar tais modelos, como forma de gerar potencial de desenvolvimento econômico para o país.

Cabe salientar as empresas que tem como características a colaboração de pessoas e empresas de pequeno e médio porte com interesses comuns entre si, as quais são as atribuições que caracterizam as cooperativas empresariais. Nelas há a vantagem de acesso à recursos e suporte facilitados que não seriam tão simplificados caso elas viessem a optar por seguir e permanecerem sozinhas, esse tipo de união garante a sobrevivência e acesso ao mercado competitivo (SEBRAE,2017). Os chamados APL (Arranjos Produtivos Locais), se caracterizam pela presença de uma empresa em um local específico ou áreas com certa especialização de produção, mantendo contatos de suporte, articulação e cooperação entre si, destaca-se principalmente o governo, associações, cooperativas, instituições de crédito, bancos públicos e privados e faculdades e instituições educacionais (CARDOSO; CARNEIRO; RODRIGUES, 2014).

O recente trabalho visa o estudo e análise dos conceitos da economia criativa e as APLs, como o Calçados de Jaú, presente em Jaú – SP, avaliando o seu impacto no cenário econômico regional e sua relação com o investimento de instituições educacionais.

A metodologia adotada para o desenvolvimento do trabalho foi a pesquisa de cunho bibliográfico, que segundo Marconi e Lakatos (2003), trata-se de levantamento de toda bibliografia já publicada em forma de livros, artigos científicos, revistas, publicações avulsas, entre outras.

2.Desenvolvimento

2.1 A economia criativa

A economia criativa baseia-se no capital intelectual e cultural e na criatividade que geram valor econômico, estimulam a geração de renda e a geração de empregos, ao mesmo tempo em que promovem a diversidade cultural e o desenvolvimento humano. A economia criativa inclui o ciclo de criação, produção e distribuição de bens e serviços tendo como

principais insumos o capital criativo, cultural e intelectual, ganhando uma parcela significativa da economia em crescimento (HOWKINS, 2012).

O mapeamento das indústrias criativas realizado pela FIRJAN apresentou em 2020 uma fatia de aproximadamente 2,91%  no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, totalizando o valor de  R$ 217,4 bilhões para a economia interna do país (FIRJAN, 2022).

A economia criativa é amplamente debatida, mesmo que o conceito ainda seja recente, mostrada como um novo paradigma econômico, onde a maneira de pensar e agir são moldadas ao mundo ao qual todos estão submetidos, devido sua atuação em comunidades. Surge também nos meios de organização de trabalho devido a necessidade de enfrentar novas situações para o aprimoramento de produtos ou de determinada demanda.

2.2 Arranjos Produtivos Locais no Brasil

Os arranjos produtivos locais são caracterizados pelas aglomerações de empresa e empreendimentos, que se localizam em um determinado território e apresentam um especialidade produtiva, havendo entre si a sinergia de vínculos de cooperação, interação, trocas de experiencia e aprendizagem entre as empresas e a participação de atores locais, como exemplo: associações, cooperativas, instituições de ensino e entre outros (BRASIL, 2021).

Tal modelo de organização territorial traz consigo diversos benefícios as empresas e as regiões como o desenvolvimento da local da economia, geração de empregos, renda, acesso ao mercado, promovendo o crescimento, facilitando o acesso a recursos de aspectos financeiros, humanos e tecnológicos em aspectos estruturais e na geração de novos vínculos e ideias entre os colaboradores (SEDEC, 2012).

2.3 Calçados de Jaú

A cidade de Jaú, localizada no interior de São Paulo, abriga geograficamente um número considerável de pequenas e médias empresas que produzem e comercializam calçados, contando em seu entorno fornecedores, empresa e instituições locais que contribuem para a o fornecimento recursos materiais, financeiros e humanos para o estabelecimento de uma APL (Arranjo Produtivo Local). Constituído de 650 estabelecimentos informais aos quais 150 se enquadram como fabricante de calçados femininos, possui ainda 2 shoppings e 180 lojas de calçados. A produção estimada é de 130 mil pares de calçados diários.

O APL conta com o Sindicato da Indústria de Calçados de Jaú – SINDICALÇADOS juntamente ao SEBRAE-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e em parceria com diferentes instituições e associações como a Prefeitura do Município de Jaú, Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos; FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo; CIESP-Jaú – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo; MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; instituições de aprendizagem e educação: SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial; SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial; FATEC – Faculdade de Tecnologia de Jaú; IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo; UFSCar – Universidade Federal de São Carlos; UNESP – Universidade Estadual Paulista e entre outras(FIESP,2022).

2.4  Impacto da APL Calçados de Jau nas instituições educacionais

A Economia criativa sem dúvidas é de suma importância para países emergentes como o Brasil, pois vem a impactar diretamente e indiretamente em diversos fatores como a geração de emprego e de renda, contribuindo também para o bom desenvolvimento da empresa que utiliza desse modelo. Estimula de forma positiva os micros e macros ambientes aos quais está inserida.

Como exemplo cita-se as instituições de ensino na região que se moldam de acordo com a demanda da mão de obra local, oferecendo cursos emergentes das atividades industriais e dos setores de serviços. Com o avanço das APLs puderam ser implementados curso elaborados especificamente para o perfil e consequentemente a elaboração de suas grades curriculares.

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