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10 PRINCIPIOS DE ECONOMIA

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Por:   •  13/3/2015  •  1.356 Palavras (6 Páginas)  •  768 Visualizações

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OS 10 PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

A palavra economia vem do termo grego e significa “aquele que administra o lar”. Na verdade a economia tem muitas semelhanças com a administração do lar; famílias tomam decisões parecidas com uma sociedade. O que produzir? Quem faz o que? Como recompensar pelo trabalho? Como nos relacionarmos uns com os outros? A economia tem na escassez sua razão de existência. Os recursos são escassos, logo deve-se empregá-los da melhor forma possível. Da mesma forma que uma família não pode dar a cada membro tudo que eles desejem, uma sociedade não pode dar a cada membro um padrão de vida alto ao qual eles aspirem.

Como as pessoas tomam decisões:

A economia reflete o comportamento das pessoas que a compõe. Os quatro primeiros princípios da economia estão relacionados com as decisões individuais.

1.AS PESSOAS ENFRENTAM TRADEOFFS.

“Nada é de graça”. Para se conseguir algo é necessário tomar decisões. A tomada de decisão exige escolher algo em detrimento de outra opção. Um exemplo é a alocação do tempo, o recurso mais precioso de um estudante. Este pode usá-lo para estudar história. Ou pode usá-lo para estudar economia. Ou uma combinação de ambos. O mais importante é que ao fazer a opção por história, estará deixando de estudar economia. Usar o dinheiro agora ou poupá-lo? Usar um real agora significa que não terá este real no futuro. Guardá-lo significa que não poderá usá-lo agora. Quando os indivíduos agrupam-se em sociedade surgem outros tipos de tradeoffs. Alguns clássicos:

•“armas ou manteiga”. Quando se gasta com defesa nacional, obtém-se armas e uma sociedade mais protegida. No entanto, diminui-se a produção e menos se poderá gastar com os bens de consumo representados pela manteiga.

•poluição e alto nível de renda. Políticas de proteção ambiental custam caro e causam meu ip três efeitos: diminuição da margem de lucro do empreendedor, salários menores ou preços mais altos. Normalmente uma combinação dos três. Para proporcionar um meio ambiente menos poluído e com evidentes benefícios para a saúde é preciso encarar o custo de um menor padrão de renda para empresários, trabalhadores e clientes.

•eficiência e equidade. Eficiência refere-se ao melhor uso possível do recurso disponível. Equidade à distribuição do recurso pela sociedade. A primeira refere-se ao tamanho do bolo construído e a segunda à distribuição deste bolo. As políticas sociais, o imposto de renda, levam à uma maior equidade; no entanto, diminuem a recompensa pelo trabalho produtivo e com isso as pessoas trabalham menos e produzem menos. Quando um governo tenta dividir um bolo em fatias iguais, o bolo diminui de tamanho.

Reconhecer que as pessoas enfrentam tradeoffs são significa dizer como deverão proceder, apenas que devem considerar este fator ao tomar decisões pois terão uma melhor visão de suas opções.

2.O CUSTO DE ALGUMA COISA É AQUILO QUE VOCÊ DESISTE PARA OBTÊ-LA

Quanto custa para um estudante fazer uma universidade? Se pensar em mensalidade, moradia e alimentação estará ainda longe deste custo. Moradia e alimentação ela teria de

qualquer jeito, talvez até mais barato. Quando custo o fato desta pessoa não estar trabalhando? Para a maioria dos estudantes o salários que deixam de ganhar, enquanto estão na faculdade são o maior custo de sua educação. O custo de oportunidade de um item é o que se abre mão ao escolhê-lo.

3.AS PESSOAS RACIONAIS PENSAM NA MARGEM

As decisões que tomamos na vida raramente são “preto no branco”; elas geralmente envolvem diversos tons de cinza. A decisão não é de jejuar ou comer até estourar, a decisão é se comemos mais um bife ou não, mais uma colher de arroz ou não. São as mudanças marginais, vale a penas comer esta colher a mais? Qual será meu benefício marginal? Qual será meu custo marginal? Em muitos casos as pessoas tomam melhores decisões quando pensam na margem. Um tomador de decisão executa uma ação se, e somente se, o benefício marginal da ação ultrapassa o custo marginal.

4.AS PESSOAS REAGEM A INCENTIVOS

Como as pessoas tomam decisões por meio de comparação de custos e benefícios, seu comportamento pode mudar quando os custos e benéficos mudam. Quando o preço da maçã sobe, as pessoas passam a comer mais pêra. Ao mesmo tempo, os produtores contratam mais pessoas e passam a produzir mais maçãs. O resultado é uma pressão para diminuição do preço pelo aumento da oferta e diminuição da procura. Muitas políticas afetam os benefícios e os custos para as pessoas, muitas vezes de maneira indireta. Ao analisarmos qualquer política, precisamos considerar não apenas seus efeitos diretos, mas também aos efeitos indiretos que operam por meios de incentivos.

Como as pessoas interagem:

5.O COMÉRCIO PODE SER BOM PARA TODOS

O comércio não é uma prática esportiva; a vitória de um não significa a derrota do outro. Empresas concorrem umas com as outras, países concorrem uns com os outros, indivíduos concorrem um com os outros. No entanto, ao mesmo tempo em que são concorrentes, conseguem se beneficiar do comércio entre eles. O comércio pode ser um jogo em que os dois jogadores ganham. O comércio permite que as pessoas se especializem nas atividades em que são melhores, permitindo que desfrutem de uma maior variedade de bens e serviços.

6.OS MERCADOS SÃO GERALMENTE UMA BOA MANEIRA DE ORGANIZAR A ATIVIDADE ECONÔMICA

Este insight deve-se principalmente à Adam Smith. Por mais que indivíduos e empresas busquem o lucro pessoal e pensem individualmente, o resultado final é favorável à sociedade como um todo. Smith usou o termo mão invisível do mercado para descrever este paradoxo. Para que este efeito aconteça, a competição é fundamental pois gera preços menores e maior eficiência na produção. Em contraste, a teoria do planejamento central era de que apenas o governo poderia organizar a atividade econômica de uma maneira que promovesse o bem-estar econômico de todo o país. O principal mecanismo para organizar a atividade econômica é o preço. Quando ele pode flutuar livremente, permite os ajustes automáticos do sistema. No planejamento centralizado, os preços eram fixados por agentes do estado que impedia o

ajuste automático dos preços e, em consequência, que a mão invisível atuasse coordenando as milhões de famílias e empresas que compõe a economia.

7.ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS DO MERCADO

Para que a mão invisível funcione, é preciso que o governo a proteja. Os mercados só funcionam bem se o direito à propriedade é respeitado. Ninguém investe na produção se não tiver garantias que este investimento estará protegido. Além disso, existem dois motivos genéricos para que o governo intervenha na economia:

1.Externalidade. São os impactos das ações de uma pessoa ou empresa no bem-estar do próximo. Um exemplo é a poluição. O governo precisa agir para conter as externalidades. 2.Poder de Mercado. É a capacidade de algumas pessoas ou empresas de influírem indevidamente nos preços. O poder de mercado é nocivo à concorrência. Quanto há externalidades ou poder de mercado, políticas públicas bem concebidas podem aumentar a eficiência econômica.

Como a economia funciona:

8.O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇOS

Quase todas as variações de padrão de vida podem ser atribuídas a diferenças de produtividade entre os países _ ou seja, a quantidade de bens e serviços produzidos em uma hora de trabalho. A taxa de crescimento da produtividade de um país determina a taxa de crescimento de sua renda média. Para elevarem os padrões de vida, é preciso elevar a produtividade garantindo:

•melhor nível de educação

•ferramentas adequadas

•tecnologia

9.OS PREÇOS SOBEM QUANDO O GOVERNO EMITE MOEDA DEMAIS

Trata-se da inflação, a elevação de preços que ocorre na sociedade de forma geral. Ela é causada principalmente pela elevação da quantidade de moeda em circulação. Um dos vilões é o governo que muitas vezes precisar emitir dinheiro para saudar seus próprios compromissos. Seu efeito é nocivo para a sociedade. Manter a inflação em níveis baixos é um objetivo permanente das autoridades econômicas.

10.A SOCIEDADE ENFRENTA UM TRADEOFF DE CURTO PRAZO ENTRE INFLAÇÃO E DESEMPREGO: Por uma série de motivos, pelo menos no curto prazo, a diminuição da inflação leva ao aumento do desemprego e vice-versa. Este efeito é medido por um gráfico chamado curva de Philips. A escolha entre desemprego e inflação é apenas temporária, mas pode levar alguns anos. Por causa disso, reduzir a inflação torna-se ainda mais difícil para os governos pois pode gerar um recessão temporária.

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