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A Dependência Familiar

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Por:   •  12/3/2015  •  2.111 Palavras (9 Páginas)  •  194 Visualizações

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RESUMO

Pretende-se discutir a participação dos familiares no programa de tratamento para dependentes químicos, evidenciando que papéis desempenham no grupo familiar e a adesão dos usuários ao tratamento. Discutir sobre a eficácia dos instrumentos grupais (Grupo de Acolhimento Familiar &– GAF, Encontros Multifamiliares e Reuniões Nucleares) para intervenção no grupo familiar, bem como a inclusão da equipe terapêutica e o trabalho em rede das instituições de saúde. A concepção de dependência parece não se restringir às substâncias psicoativas, mas exprime os padrões de relacionamento da família do adicto.

Palavras-chave: Família; Toxicomania; Grupo multifamiliar; Acolhimento.

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ABSTRACT

This study aims at discussing the participation of family members in the Treatment Program of Chemical Dependents, evidencing the roles performed within a family group as well the users’ adherence to treatment. The author discussed the efficacy of groups instruments (Family Reception Group, Multifamily Meetings and Nuclear Meetings), the inclusion of a therapeutic team and the organization of health services in a network. The conception of dependency is not restricted to psychoactive substances, but approaches patterns of relationships with the dependent’s family.

Keywords: Family; Toxicomany; Multifamily group; Reception.

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RESUMEN

Este estudio busca discutir la participación de los familiares en el programa de tratamiento para dependientes químicos, evidenciando los roles que desempeñan en el grupo familiar y la adhesión de los usuarios al tratamiento. Discutir sobre la eficacia de los instrumentos grupales (Grupo de Acogida Familiar &– GAF, Encuentros Multifamiliares y Reuniones Nucleares) para intervención en el grupo familiar, bien como la inclusión del equipo terapéutico y el trabajo en red de las instituciones de salud. La concepción de dependencia parece no se restringir a las substancias psicoactivas, pero exprime padrones de relación de la familia del dependiente.

Palabras clave: Familia; Toxicomanía; Grupo multifamiliar; Acogida.

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INTRODUÇÃO

A família está sendo focalizada em diversas modalidades de tratamento de saúde. A importância da sua colaboração, para adesão dos usuários aos programas oferecidos, já foi mencionada em inúmeros trabalhos científicos, principalmente quando se refere ao serviço de saúde mental (Sternschuss, 1980; Kalina, 1999; Moreira, 2000).

Desde a implantação do Núcleo de Atenção Psicossocial para Farmacodependentes (NAPS-F), em agosto de 1996, a família é motivada a participar dos Grupos de Acolhimento Familiar (GAFs), que são realizados em três horários na semana (Segunda-feira às 09 horas, Quarta-feira às 19 horas e Sexta-feira às 14 horas), oferecendo oportunidades de participação em quaisquer dos três períodos. A coordenação do GAF é realizada por duplas de profissionais, sendo um deles Assistente Social com formação em Terapia Familiar e de Casal e experiência e/ou formação em Psicoterapia de Grupo, seguindo a teoria de Pichon-Rivière.

O GAF foi discutido, em suas bases teóricas, por Barbosa (2002), que observou tratar-se de grupo terapêutico com enfoque psicodinâmico, requerendo constantes estudos, dada a sua complexidade. Citou que há presença majoritária de mães e esposas e em menor número pais e irmãos.

Outra modalidade de grupo oferecida foram os encontros multifamiliares que, utilizando o referencial de abordagem sistêmica na Terapia Familiar (Laqueur, 1983), refletiram sobre os ciclos de vida e padrões de relacionamento intrafamiliar (Carter & McGoldricH, 1995).

Um terceiro instrumento para intervenção na família é a reunião nuclear, que integra o marido e esposa (sub-sistema conjugal) e filhos que nasceram desse relacionamento (sub-sistema fraternal). O sistema social é organizado mediante a diferenciação de idades e por sua vez de diferenciação de papéis, atribuindo à pessoa de sexo masculino o desempenho do papel instrumental (dedicação à tarefa) e ao adulto do sexo feminino o papel de líder expressivo nas relações familiares (principalmente da mãe com a criança), referindo-se ao calor afetivo e à estabilidade (Zeldytch, apud Berenstein, 1988).

A família se modifica e nem sempre apresenta esse modelo nuclear (pai, mãe e filhos). Observam-se muitas famílias monoparentais, com freqüente ausência da figura do pai.

A discussão sobre a participação dos familiares nas modalidades terapêuticas oferecidas é de grande importância, pois possibilita tentativas de intervenção na família dependente.

Este trabalho tem os seguintes objetivos:

1. Refletir sobre a concepção de dependência que atinge todo o sistema familiar, no qual há usuários de substâncias psicoativas;

2. Discutir sobre instrumentais mais eficazes para inclusão do grupo familiar no tratamento dos dependentes químicos;

3. Questionar sobre a importância da participação da equipe multiprofissional nas intervenções terapêuticas com os familiares;

4. Impulsionar o trabalho em rede de serviços de saúde, para assistência a todo o grupo familiar dependente.

DESENVOLVIMENTO

Foi realizado levantamento de dados, por amostragem, sobre os familiares que participaram dos GAFs, no período de junho a dezembro de 2003, perfazendo 72 famílias de usuários, totalizando 409 pessoas, bem como os usuários e familiares que participaram dos 05 encontros multifamiliares realizados naquele ano, totalizando 112 pessoas.

Esses usuários participam do tratamento em tempo integral (8 horas/dia) ou em tempo parcial, ou apenas freqüentam um dos seguintes grupos: acolhimento geral para adultos de ambos os sexos (GAG); acolhimento para adolescentes de ambos sexos (GAA); acolhimento para mulheres adultas (GAM). Foram também incluídos os familiares que vieram aos encontros., mas cujos usuários não freqüentam o NAPS-F.

Houve agrupamento dos familiares conforme sexo do “usuário identificado” e faixa etária (adulto ou adolescente), mostrando o grau de parentesco ou vínculo com

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