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A Ditadura Militar No Brasil Foi Mesmo tão Ruim?

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Por:   •  16/12/2013  •  994 Palavras (4 Páginas)  •  825 Visualizações

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Partindo de um pressuposto ideológico de Direita, o golpe militar ocorrido no Brasil em 1964 é sim justificável e visto como algo moralmente bom. Uma vez que se vê a ameaça de um regime comunista como algo nocivo à sociedade brasileira como um todo. Assim, para sustentar tal tese, faz-se necessário, contudo, buscar fontes históricas que comprovem a real iminência de um possível regime comunista no Brasil durante o governo de João Goulart.

Segundo o filósofo Olavo de Carvalho, João Goulart não apenas apoiava o regime comunista de Cuba como apoiava a intervenção armada do mesmo no Brasil a fim de gerar uma guerra civil. Além de ter sido um responsável direto pelo aumento da inflação. O que motivou o governo e a própria opinião pública a querer depô-lo. A “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” é prova disso (CARVALHO, 2013). Desse modo, a retirada de Goulart do poder foi algo totalmente legítimo para a sociedade brasileira, contrariando assim a visão propagada pela historiografia tradicional e pela mídia de que o golpe feriu completamente a democracia.

O período que compreende os governos de Castelo Branco a Geisel é geralmente visto como um único regime militar, o qual foi marcado unicamente pela repressão política e falta de liberdade de expressão. Sendo esse um grave erro historiográfico e que dificulta bastante a compreensão dos benefícios que a chamada “ditadura” trouxe ao Brasil tanto em termos políticos quanto econômicos. É necessário ressaltar que cada presidente militar representou um projeto político diferente. Como Carvalho destaca:

“Castelo demoliu o esquema político comunista sem sufocar as liberdades públicas. Muito menos houve, nessa época, qualquer violência física, exceto da parte dos comunistas, que praticaram 82 atentados antes que, no período seguinte, viessem a ditadura em sentido pleno, as repressões sangrentas, o abuso generalizado da autoridade (CARVALHO, 2013)." Médice, por outro lado, liderou o Brasil em um grande crescimento econômico, tornando o país a 8º economia do mundo na época. Ao mesmo tempo em que Geisel adotou uma política econômica desastrosa e uma posição contrária aos Estados Unidos e até mesmo apoiou o genocídio patrocinado por Cuba na Angola.

Essa divisão do período militar em quatro regimes diferentes também é de grande importância não apenas para salientarmos os benefícios do período e assim justifica-lo. Mas é de grande importância para se ter uma melhor compreensão acerca da repressão e dos chamados presos políticos. Assunto que suscita inúmeros debates, sobretudo, nos dias atuais, devido à Comissão da Verdade.

Não se pode negar que houve repressão durante a ditadura militar no Brasil, mas não em todos os governos, tampouco nas proporções em que hoje é salientado pela esquerda. Segundo dados expostos pelo jornalista Reinaldo Azevedo, menos de 300 pessoas foram mortos por motivos políticos durante a ditadura, incluindo os que estavam envolvidos na guerra do Araguaia (AZEVEDO, 2006). O que muda completamente os rumos que o debate acerca dos presos políticos da ditadura deve tomar. É certo que o assassinato é considerado um crime pela Constituição Brasileira e por isso deve ser investigado e punido. Contudo, comparar as vítimas da ditadura do Brasil com as ditaduras da Argentina ou do Chile, a fim de defender uma revisão da Lei da Anistia, é no mínimo desonesto. Se consideramos as vítimas da ditadura do Brasil comparando-as com a de outras ditaduras de esquerda ao redor do mundo, a exemplo da URSS e até mesmo da Coréia do Norte, tais números são ínfimos.

Desse modo, é possível

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