A EDUCAÇÃO, A SOCIALIZAÇÃO E A CULTURA COMO PROCESSOS SOCIAIS.
Trabalho Escolar: A EDUCAÇÃO, A SOCIALIZAÇÃO E A CULTURA COMO PROCESSOS SOCIAIS.. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: melryoliveira • 24/10/2013 • 1.514 Palavras (7 Páginas) • 896 Visualizações
A Educação, A Socialização E A Cultura Como Processos Sociais.
A EDUCAÇÃO, A SOCIALIZAÇÃO E A CULTURA COMO PROCESSOS SOCIAIS.
Introdução.
O objetivo desse trabalho é a analisar a educação, a socialização e a cultura como processos sociais exemplificando seus conceitos e funções na obra dirigida por David Fincher denominada “O curioso caso de Benjamin Button”. Tendo como base as leituras indicadas na referência bibliográfica.
A relação entre sociedade e educação observada a partir do filme “O misterioso caso de Benjamin Button”.
Primeiramente, antes de ser estabelecida a relação que existe entre sociedade e educação, é necessário compreender o significado de tais termos. Segundo o minidicionário da língua portuguesa Aurélio (2000), por sociedade entende-se como sendo um “grupo de indivíduos que vivem por vontade própria sob normas comuns”, ou seja, comunidade. Também podendo ser explicado como “grupo de pessoas que, submetidas a um regulamento, exercem atividades comuns ou defendem interesses comuns”. No filme “O misterioso caso de Benjamin Button”, um exemplo de sociedade é a casa de assistência ao idoso onde a personagem Benjamin, interpretado por Brad Pitt, é abandonado ainda bebê. Que, por sua vez, também está inserida em outro exemplo de sociedade. A América pós-primeira guerra mundial. Já por educação, de acordo com o mesmo dicionário, compreende-se “processo de desenvolvimento de capacidade física, intelectual e moral do ser humano”. Porém, conforme apresentado por Carlos Rodrigues Brandão (2007), é notável reconhecer que a educação não é algo que possua um forma única e exclusiva nem um local único para onde possa ocorrer.
“Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a sua única prática e o professor profissional não é o seu único praticante.
Em mundos diversos a educação existe diferente: em pequenas sociedades tribais de povos caçadores, agricultores ou pastores nômades; em sociedades camponesas, em países desenvolvidos e industrializados; em mundos sociais sem classes, de classes, com este ou aquele tipo de conflito entre as suas classes; em tipos de sociedades e culturas sem Estado, com um Estado em formação ou com ele consolidado entre e sobre as pessoas”. (BRANDÃO, 2007).
No filme, algo que evidencia tal fato é que como Benjamin Button nasceu em circunstâncias incomuns à sociedade – sua aparência, ao invés de ser a de um recém-nascido, se assemelha a um idoso que tem por volta dos 50 anos de idade – e por isso foi educado em casa. Aos poucos aprende a ler com os moradores e funcionários da casa, sua mãe adotiva ensina sobre os comportamentos que alguém deve ter em relação a determinados lugares, entre outras coisas. Diferentemente, seus estágios biológicos de crescimento não seguem o padrão de qualquer outro ser humano (infância, adolescência, maturidade e velhice), porém, sua formação intelectual se dá de forma igual, necessitando da influência de outros indivíduos. E, portanto, pode-se entender tal fato como sendo a socialização primária. Ou seja, “onde a criança aprende e interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos comportamentais do grupo a que se pertence”. (Wikipédia).
De acordo com Peter Ludwig Berger e Brigitte Berger:
“Quase todas as facetas do mundo da criança estão ligadas a outros seres humanos. Sua experiência relativa aos outros indivíduos constitui o ponto crucial de toda experiência. São os outros que criam os padrões por meio dos quais se realizam as experiências. É só através desses padrões que o organismo consegue estabelecer relações estáveis com o mundo exterior – e não apenas com o mundo social, mas também com o da ambiência física”. (BERGER E BERGER, 2002).
Assim, socialização pode ser definida como “o processo por meio do qual o indivíduo aprende a ser um membro da sociedade[...]”, segundo os autores Peter Ludwig Berger e Brigitte Berger(2002).
Complementando, Alberto Noé afirma que são “os próprios pais através da internalização de normas, inicia o processo de socialização primária. A criança não percebe que as necessidades do sistema social estão se tornando suas próprias necessidades”. (NOÉ).
Todavia, como analisado anteriormente, a educação não ocorre somente na instituição escolar. Dessa maneira, pode-se atestar que ela é formada pela cultura que determinada sociedade possui. Cabe, assim, enfatizar as palavras de Carlos Rodrigues Brandão (2007) que afirma que “tudo o que existe transformado da natureza pelo trabalho do homem e significado pela sua consciência é uma parte de sua cultura”( BRANDÃO, 2007).
Na obra cinematográfica em questão é possível observar que a cultura que vigorava na época em que se passa a história em seus primeiros momentos era marcada pela divisão entre raças (brancos e negros), a América estava diante de seus primeiros passos para a industrialização, somente os ricos conseguiam ir às escolas e a medicina não possuía ainda grandes avanços fazendo com que a crença religiosa predominasse. Após o período pós-segunda guerra mundial, o país se encontra diferente. E sua cultura também está modificada. Homens e mulheres experimentam as relações sem compromisso, às oportunidades de emprego aumentam, a arte tem forte expressão na sociedade e as máquinas impulsionam a vida de todos.
Assim, a educação tem como objetivo a conservação e o funcionamento do sistema social. E, segundo Carlos Rodrigues Brandão (2007):
“Assim, tudo o que é importante para a comunidade, e existe como algum tipo de saber existe também como algum modo de ensinar. Mesmo onde ainda não criaram a escola, ou nos intervalos os lugares onde ela existe, cada tipo de grupo humano cria e desenvolve situações, recursos
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